Medo Drummond
Não é da morte que a maioria das pessoas tem medo. Mas de chegar ao fim da vida para só então perceber que nunca viveu de verdade.
“Pobres das flores dos canteiros dos jardins regulares.
Parecem ter medo da polícia...
Mas tão boas que florescem do mesmo modo”...
(trecho extraído do livro em PDF: Poemas de Alberto Caeiro)
Dizem que é o medo da morte, e do que vem depois da morte, que leva os homens a voltar-se para a religião à medida que os anos se acumulam. (...) Sim, voltamo-nos inevitavelmente para Deus, pois esse sentimento religioso é por natureza tão puro, tão delicado para a alma que o experimenta, que compensa todas as nossas outras perdas.
MEDO
Só tenho medo
Medo do desconhecido
Medo do escuro
Medo do amor
Medo da dor
Medo das árvores que na floresta se encontra
Só tenho medo , medo de meu coração ser seu e você crava-lo em um penhasco de desgosto , pois sem medo não conseguiria ficar longe de você.
Gosto de pensar que em algum lugar Ele vigia, Ele me acompanha. Por vezes tão perto que posso sentir. Permite coisas que eu não entendo, mas está aqui, esteja eu sofrendo ou feliz, Ele está comigo. E eu mesmo sem entender Seu plano pra mim, vou vivendo em busca do melhor que posso ser e do melhor que posso dar. A Igreja e os bons amigos que fiz me sustentam nessa caminhada de altos e baixos.
O medo faz parte dos sentimentos, tememos o que não conhecemos... Provar do novo não precisa ser algo penoso...
Nem sempre o que é escamoso e áspero é necessariamente algo destrutivo...
Pode ser uma lição para saber caminhar no trilho correto do coração...
Na beleza do amor, às vezes é necessário chorar para sorrir...
O ser-humano tem medo da dor, foge das implicações do caminho. Aqui, afugenta-se no alívio imediato do eu-indisponível, da “egonomia” resultante da modernidade consumista e da qual resulta a maior escravidão da humanidade: O Homem escravo de si mesmo.
O que o é homem se não um ser da natureza, sendo ele criado ou não, fez-se ele um ser imaginario que colocou-se em um pedestal com medo do medo, de sofrer, assim sofres constantemente.
Enquanto houver medo de mudanças, novamente estaremos fardados aos mesmos erros, estaremos novamente ao conservadorismo, que constitui sempre ao mesmo, de novo e de novo num ciclo eterno.
A preguiça faz-nos trabalhar incansavelmente para que nunca possamos nos confrontar, pois o medo que há em descobrir as possibilidades de quem podemos ser nos consome.
O momento das refeições faz parte das horas mais preciosas que temos em toda a nossa vida. A refeição feita à mesa é sagrada. Ela nos une, nos liga, conecta, estimula, entrelaça, semeia. Quando percebermos que não perdemos nossos filhos na rua, mas dentro de nossas casas, e na verdade, os perdemos à mesa, aí sim, daremos o devido valor a esse momento único e sagrado em que temos a oportunidade de vivenciar todos os dias. É ali que podemos olhar olho no olho, conversar, dialogar acerca do dia, dos medos, sonhos e desejos.
O medo nunca foi meu companheiro.
A coragem, ah! Essa sempre fora minha melhor amiga!
E talvez tenha sido essa a minha perdição.
O medo é o mais forte dos freios, sendo este o único com a capacidade de parar a engrenagem que impulsiona o motor da vida.
Não terei mais medo.
...nem do nada, nem do tudo,
nem do que está entre o tudo e nem do que está entre o nada,
nem do que está para além do tudo e nem do que está para além do nada.
Porque tudo o que existe aí, é Fé.
