Medo do Amor
O tempo parou - Prosa
Quem diria que eu conseguiria mesmo fazer o tempo parar.
Literalmente, o tempo parou.
Só esqueci de um detalhe, você não parou um segundo sequer kkkk.
Não consegui entender o porquê de tanto medo e pavor vindo dos seus olhos arregalados.
Nunca presenciei alguém com tanto medo assim no olhar para comigo, confesso que eu não sabia o que fazer.
Na minha cabeça já estava tudo certo.
Cada movimento meu, cada reação sua, achava que seria exatamente como eu havia planejado.
Lá fora, nem o vento soprava.
Parecia que todos haviam desaparecido do mundo, literalmente.
Quando olhava para fora, não acreditava no que estava acontecendo aqui dentro, tudo estava perfeito para o momento que tanto esperei, não achei que seria realmente do jeito que eu havia sonhado, foi mil vezes melhor.
Realmente, o tempo parou.
Você foi pega de surpresa.
Eu sei e a entendo.
Não te culpo por sua reação, e por isso é que foi tão especial assim.
Quando encostei minha boca na beiradinha dos seus lábios, do seu lado direito, nem acreditei que aquilo estava realmente acontecendo.
Você assustada levantou-se de um salto só.
Tentei segurá-la e, por alguns instantes pude abraçar você e acariciar seu lindo rosto e seus cabelos macios como a seda.
Você se assustou novamente quando tentei beijar seus lábios outra vez e, levou o seu corpo para longe do meu, que desapontamento senti.
Senti-me totalmente frustrado e sem reação.
Tentei entender o que estava acontecendo, mas tudo o que eu via era o medo em seus olhos.
Que triste.
Porém, quando lhe pedi um selinho, você com toda serenidade se aproximou e deixou-me encostar os meus lábios em seus lábios.
Por um instante o tempo que estava parado deu um estalo, e, parou novamente.
Que sensação indescritível.
Seus lábios eram como duas almofadas, de tão fofinhos e macios.
Ai, o que você fez comigo?
Isso só me encheu de mais coragem e ousadia.
Você estava muito engraçada com a cara de medo que fazia no momento.
Foram os cinco minutos mais intensos que já vivi.
Isso mesmo! Do momento da tentativa do beijo, até que tudo voltasse ao normal, não se passaram mais que cinco minutos, acredita?
Parece que literalmente, o tempo havia parado por horas, quando você se acalmou e resolveu sentar novamente, deixei você tomar um fôlego. Logo apareceu alguém para o seu alívio Rsrsrs, mas até isso foi necessário para que o momento depois se tornasse mais especial ainda.
Não aceitei todo aquele vexame que havia passado e, novamente, tentei beijá-la.
Nunca imaginei que chegaria ao ponto de fazer isso com alguém.
Quando senti a suculência dos seus lábios molhadinhos nos meus... ...Bowww!
Parece que houve uma explosão de prazer e ternura dentro de mim.
Foi fantástico! Pena que você não sentiu o mesmo que eu.
Se você tivesse sentido o mesmo que eu senti quando consegui beijar os seus lábios úmidos, tenho certeza de que você se soltaria e, também sentiria a suculência dos meus lábios que ardiam de desejo por seu beijo, mas tudo bem, foi especial para mim, espero que para você também tenha ficado algo especial.
Não realizei esse sonho por completo ainda, mas não desistirei de fazê-la sentir tudo o que eu sinto em um beijo seu.
Deixa rolar naturalmente e, será especial tanto para mim, quanto para você.
Espero que o tempo pare novamente, mesmo que por apenas alguns minutos.
O tempo parou.
O Sofrimento está no Medo
"Refletindo sobre o sofrimento percebi que são nas dores e contratempos que um ser humano reconhece o outro. Encontra no seu semelhante a compreensão, a amizade, o amor, o respeito e etc... Você sempre ouve histórias de pessoas que se encontraram quando algo adverso lhes aconteciam, o tal, "lugar certo na hora certa" ou "quando eu mais precisava", e até "quando nada esperava". E juntos tecem os momentos de felicidade. Com isso me questiono; - Nas horas escuras é que se veem, com o coração frágil se compreendem e com a dor se reconhecem... O que mais falta para o homem ver que toda essa batalha só é mais fácil quando nossos companheiros de luta estão do nosso lado? Os seres humanos se completam na dor, e ao invés de se respeitarem mais por isso e se colocarem no lugar do outro, usam desta mesma dor para causar mais dor, descontar seus infortúnios e desgraças no seu próximo e no mundo. São frios, egoístas solitários e rebeldes sem causa. Preferem se revoltar contra todos do que fazer parte da maioria. Pra quê?
Durante muitos anos pude notar nas motivações humanas que a raiva e a mágoa é o grande aliado presente em seus planos de vida, que o ser humano só quer algo por medo, vingança, demonstração de superação e reconhecimento. E que essas motivações os cegam de tal forma que distorcem sua capacidade de sonhar, de amar, de se relacionar.
Particularmente nunca compreendi o homem que diz: “a vida me fez assim”, “tantos tombos me tornaram um ser egoísta”, “tantas desilusões me tornaram frio”, “minha criação me levou a cometer tais erros”, “a pobreza me fez roubar, matar, enganar”, “nunca tive o incentivo e apoio de ninguém ”,“as traições me fez trair” e por ai vai as inúmeras formas do ser humano fugir das próprias responsabilidades e não culpar a si mesmo por seus erros e desgraças.
Amigos, se lhes contassem em cada lugar que estive, as companhias que andei, os tombos que levei, as pessoas ruins e frias que cruzaram meu caminho e me tiraram algo, o não reconhecimento de minhas boas ações, não ter incentivo das pessoas que amo, de tantos que me disseram que de nada valiam meus sonhos, que meus objetivos eram fora da minha realidade econômica entre outras e tantas mais decepções que tive.
E nem por isso nada disso me fez desviar meu caminho nem passar por cima de outros por algo, não feri meu corpo “meu templo”, “não afligi meu anseios e sonhos com auto piedade”, “continuei lendo meus livros”, “escrevendo meus versos”, estudando e aprendendo com aquilo que eu podia. Então essa desculpa fajuta de que o ambiente e as circunstancias faz a pessoa não funciona. No entanto compreendo que o medo torna o ser humano vulnerável.
O medo é uma armadilha ilusória que corrói a sua alma lentamente e ao longo dos anos se perde no sofrimento a tal modo que você já nem sabe mais porque toma certas atitudes e sente certos sentimentos. E quando volto a questão do início, chego a pensar que o medo deveria ser uma alavanca que impulsiona o ser humano a querer o melhor, a buscar por ele e em comunhão irmos a rumo da felicidade.
Penso que o perdão é uma das chaves para isso. Primeiro se perdoar, aceite sua fragilidade e seus medos se perdoando por deixar que eles lhe tomem, não se cobrem demais, tenham orgulho de si mesmos por serem fortes e conseguir passar por tantas atribulações, com isso perdoe seu próximo, mais ainda, perdoe a vida, ela é tão linda e não tem culpa que outros te fizeram sofrer, sem contar que você pode estar tomando o mesmo papel do seu opressor, já pensou nisso? Vai repetir o mesmo que fizeram a você dando lugares a outros e assim seguir adiante? Por fim olhe ao seu lado, vê aquela pessoa ali? Ela é como você, com medos diferentes, mas como você, no entanto se sempre vê-lo como rival e inimigo, nunca vai descobrir o seu melhor. E temos tanto para acrescentar na vida um do outro.
Insegurança
Ao virar o rosto pra luz vi teu olhar.
Teu doce e terno olhar.
Tão fácil me apaixonar.
O coração até ensaiou uma batida mais forte.
Os pés quase cruzaram aquele horizonte desconhecido...
Medo.
Fiquei presa no lugar... morrendo de medo de amar.
Entre o Medo e a Coragem: Navegando Pelos Labirintos da Existência"
Nesse intrincado labirinto da psique humana, onde a reflexão é a bússola que nos guia, observo com profunda consideração o paradoxo do medo.
O medo do medo, essa angústia que nos assombra, é o catalisador de uma tragédia silenciosa. Quando cedemos ao temor de viver plenamente, de explorar os recantos desconhecidos da existência, renunciamos não apenas às experiências presentes, mas também aos inumeráveis futuros que não ousamos imaginar.
É então que o medo do que não vivemos se torna nosso novo fantasma, uma sombra que nos persegue na noite da nossa existência. Nossa jornada filosófica nos recorda: é no enfrentamento do medo que encontramos a chave para uma vida autêntica, onde o temor de viver é suplantado pela coragem de abraçar o desconhecido.
Pois, no final das contas, é melhor lamentar as experiências vividas do que temer eternamente o que poderíamos ter vivido.
Estranho Medo
Escrevo agora sobre angústia e solidão,
Antes descrevia amor, sonhos e devaneios,
Estranho certas coisas, pois estranha é a decepção,
Tristes são as páginas do diário, nem sei o que anseio.
Estranho medo, esse que de repente chegou pra ficar,
A estranheza mais profunda que um ser pode ter,
Estranho até a alegria que vem e vai sem avisar,
Me diga alegria, o motivo de ir, me explique o porquê.
Coração sangra, grita em meio as decepções,
Murmurar num adianta, nem devolve a certeza de outrora,
Certeza que iria acalmar esse turbilhão de emoções,
Estranho medo, que trouxe pesadelos para esse homem que chora.
As palavras me fogem quando mais delas preciso,
Me fugiu a alegria, causando-me imenso pavor,
Onde está ó esperança? Devolva-me o precioso sorriso,
Estranho medo que me faz estranhar até mesmo o amor.
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