Medo de Falar

O medo é a arma dos fracos, como a bravura a dos fortes.

O que é a honestidade senão o medo da prisão?

O medo da morte é mais cruel do que a própria morte.

É sempre melhor que quem nos incute medo tenha mais medo do que nós.

Não existe inferno maior do que ser prisioneiro do medo.

As obras de caridade que se praticam com tibieza e como que a medo, nenhum mérito, nem valor têm.

Lentidão para mudar normalmente significa medo do novo.

O medo faz mais tiranos que a ambição.

Se é verdade que a religião, por um lado, liberta o homem do medo, por outro lado gere-o fortemente.

Assim como as crianças, que no escuro tremem de medo e temem tudo,
nós, na claridade, às vezes temos receio de certas coisas
que não são mais terríveis do que aquelas que as crianças temem
no escuro e pensam que acontecerão a elas.

[Quando foi perguntado se tinha medo da morte]
Da morte, nunca tive medo. O que não quero é ficar aleijado. Disso sim, tenho um medo que me pelo...

Não tenha medo de dar grandes saltos. Você não consegue atravessar um abismo dando dois pulos pequenos.

É preciso afugentar com ímpeto esse medo do Inferno
que perturba profundamente a vida do homem,
estendendo sobre tudo a lúgubre sombra de morte
e não deixando existir nenhuma alegria serena e inteira.

Ninguém é mais adulado que os tiranos: o medo faz mais lisonjeiros que o amor.

Aprovamos algumas vezes em público por medo, interesse ou civilidade, o que internamente reprovamos por dever, consciência ou razão.

De onde aprendi desde então que o medo recíproco era aquele que governava o mundo.

O que é terrível na culpa é que ela atribui ao medo, o maior mal que existe no mundo, um enorme direito.

Certamente, existem atos que só acontecem porque os tememos. Se o nosso medo não os convidassem, não viriam.

De todas as paixões, o medo é aquela que mais debilita o bom senso.

Quanto de nós guardamos nas sombras, com medo do que os outros possam pensar, de julgamentos, de sermos examinados? O que poderia acontecer se nós deixássemos que a luz nos banhasse, expuséssemos nossas vulnerabilidades, permitíssemos familiaridade para subirmos no palco, mesmo que por um breve momento? O que eles veriam?