Me Desculpe Nao Quiz te Magoar
O coro e o desaforo do moço fazem parte da idade, mas não podem ser soltos ao gosto.
Exigem um esboço — de limites, de rumo, de estrada —, pois sem norte, a juventude se perde na própria pisada.
Cabe ao adulto, com firmeza, tato e sabedoria, ser guia, para que o impulso não vire ruína; sem freio, a juventude se atropela na própria sina.
' EXAGERO '
Pode até ser até exagero
Mas não sei sentir pela metade
Quando sinto é por inteiro
É Amor verdadeiro e lealdade
Tenho Fartura de sentimento
Que carrego dentro do peito
Não existe amor de momentos
Não sei amar de outro jeito
Na terra o amor está escasso
Um sentimento divino, nobre
Usam o amor como um acaso
E o verdadeiro amor encobre
Me desculpa mundo, que breve se encerra
Mas eu preciso falar; Deus plantou o amor na terra
Mas o homem não sabe amar
Essa é a bagagem que levo comigo
Porém; amor de ninguém mendigo
' TEU OLHAR '
É o brilho da lua que me ilumina
Não posso viver sem o teu amor,
És chama que aquece meu mundo
Penso em ti , Sinto falta de teu calor.
És a troca de olhares que faz melodia .
Teu olhar, é a bússola, que me guia,*
Tua voz, é meu abrigo ameno,
Sem ti, minha vida não brilha
é sombra em pura agonia
Tú és o meu sonho na vida perdido
Em meu mundo tão pequeno. *
És o brilho da lua na noite escura,
És brisa a embalar essa paixão,
O remédio pra essa amargura,
Só se encontra em seu coração.*
Sem teu amor, sou barco à deriva,
Sem porto seguro para atracar
Sou rio sem água, sou vento sem ar,
Mas contigo, minh'alma vive,
És meu tudo, para sempre, meu lar.
Lembro-me dos passeios a beira mar
Teus olhos fixos nos meus
E meus lábios aos teus beijar !
Quando o outro não está pronto para escutar, explicar vira barulho, e defender, desgaste. Melhor ceder e deixar o tempo esclarecer.
Lançar a semente em terreno fértil, não basta; é preciso regar, tirar as pragas, proteger do vento e do granizo; podar e adubar; conversar e agradecer o privilégio de participar desse milagre... esse é o alimento da Alma; então essa semente nos presenteia com o fruto que alimenta o corpo e fecha o círculo do ofício CUIDAR para existir.
Quando a fêmea leva comida ao bico do filhote, ou quando o macho protege a cria dos predadores; ou quando a mãe aconchega o filhote entre as patas, para que ele conheça o poder do Amor e não tema o chamado da Vida... eles estão cuidando, para que a Vida continue seu ciclo sagrado e vença a Morte e o Abandono.
Cuidar é um ato de Amor, não aquele amor romântico de Neruda; mas o Amor que é potência transformadora, aquele amor que nasce da Compaixão e da Responsabilidade. O Amor que sustenta e possibilita o ofício de existir, com toda sua magia e dor. O Amor compromisso com nós mesmos e com o outro, com a dignidade, a memória, o respeito às limitações, esperança, sonhos, ilusões, crenças... e feridas abertas daqueles que compartilham conosco este tempo e espaço.
Nada no Universo sobrevive sem o ato de Cuidar, tudo que vive precisa de cuidados, tudo que vive precisa de alguém que cuide.
O bebê precisa da mão que leva papinha à boca; a criança de alguém que segure sua mão, para desenhar as primeiras letras e os primeiros sonhos; o jovem precisa do olhar atento que transforme seu medo em desafios e força; o idoso precisa do braço que ampare seus passos, do ouvido atento que ouça suas histórias, ainda que contadas milhares de vezes, de alguém que o convide para as festas e para continuar produzindo...
O Cuidador é o pilar que sustenta a Vida.
Vivemos um tempo em que a hipervalorização das individualidades – “sou dono de mim”; “eu não preciso de ninguém”; “empreendedor de si mesmo”... – e tudo isso pode nos levar ao pedregoso terreno da auto suficiência e solidão.
Como construir a Cultura do Cuidado, se o cuidador é invisível e nunca é convidado para a Festa da Vida?
Precisamos do outro para mantermos a sanidade, para produzirmos beleza, para experimentarmos o milagre do encontro e permitirmos que o olhar do outro melhore e amplie o nosso; para ressignificarmos a Vida e checarmos nossas certezas voláteis.
Estamos todos conectados com tudo que pulsa, e esse é nosso maior tesouro e desafio... Mas a tarefa de cuidar para que esse tesouro não se transforme em pesadelo, esse desafio não se torne obstáculo intransponível está nas mãos de poucos.
"Chamaram de magia o que a dor calada criou pra não enlouquecer. Hoje, chamam de louco quem ainda acredita em algo que não se vende."
— Purificação
"Não era unção. Era desespero ungido. Não era milagre. Era alguém morrendo por dentro enquanto a igreja gritava 'glória'. Deus via, mas ninguém mais via. Porque o show era mais bonito que a alma em ruínas."
— Purificação
Prometeram céu, mas me deram o inferno com tapete vermelho
Deus não me poupou, me forjou.
O silêncio d’Ele não é ausência — é estratégia.
Quem ora com raiva, às vezes move mais céu que os santos.
Eu não sou bênção, sou juízo em forma de sobrevivente.
E quem tentou me matar, hoje ajoelha pra pedir oração.
—Purificação
Fui quebrado por quem dizia "amém" mais alto.
A cruz que carrego não é de madeira — é de memórias.
Aprendi que fé sem cicatriz é só religião de vitrine.
Deus não me fez doce, me fez necessário.
A lágrima que engulo é o batismo do guerreiro.
E no fim, é sempre o espinho que revela a raiz da flor.
---Purificação
Não é o diabo que te destrói.
É a tua aliança secreta com ele.
Todo pecado tem um altar dentro do silêncio.
Você diz que ama a Deus, mas negocia com o inferno em suaves prestações.
E quando a cobrança vem, você chama de “provação”.
Não, é só a fatura do que você fingiu que não fez.
Você jejua, mas não perdoa.
Canta, mas odeia.
Sabe citar versículo, mas vive de vingança.
Satanás não teme teu culto, teme tua mudança.
Deus não escuta tua voz, se tua alma grita podre.
E talvez o silêncio Dele seja a resposta mais alta.
Você não caiu hoje.
Você foi cedendo um pouco todo dia.
Chamou vaidade de autoestima, cobiça de oração.
Cobriu adultério com a palavra “fragilidade”.
E agora quer que o céu restaure o que o ego destruiu.
Mas o céu só reconstrói o que o orgulho deixa morrer.
Deus te quebrou não pra te matar,
mas pra te provar que o orgulho é um ídolo disfarçado.
Quem não aprende com o deserto,
reclama quando a chuva vira enchente.
O céu não é lugar de ego inflamado —
é só pra quem aprendeu a calar sem deixar de crer.
Nem toda lágrima é fraqueza,
às vezes é o batismo do guerreiro.
Quem anda com Deus não exige explicação,
carrega cruz calado e ora no escuro.
Porque o forte não grita, jejua.
E quem jejua, rasga o inferno em silêncio.
A fé não é almofada, é rocha.
E quem dorme em rocha acorda com cicatriz.
Cristo não te prometeu conforto —
te prometeu cruz, renúncia e glória.
O fraco foge da fornalha,
o escolhido dança dentro dela.
Não te enganes com a paz dos covardes.
Ela fede a desistência mascarada de sabedoria.
O Evangelho é faca que opera sem anestesia,
cura a alma, mas mata o velho homem.
O céu não se herda com discursos suaves,
mas com vida crucificada.
Senhor, não me poupe da guerra — me fortaleça dentro dela.
Não afaste os desertos — endureça meus pés até que caminhem neles como reis.
Alarga minha alma até que ela não caiba mais no medo.
Não me livre da dor — me faça maior do que ela.
Que tua mão pese sobre mim — não para me esmagar, mas para me forjar.
Tira os falsos amigos, mas nunca tua presença.
Arranca de mim o conforto que me enfraquece.
Dá-me a coragem que os anjos invejam.
E se o mundo me esquecer, que o céu ainda me veja de pé.
Não me esconda da guerra — me acenda dentro dela.
Alarga meu espírito até que o medo se afogue em mim.
Não tire os espinhos — caleja minha alma.
Faz do meu nome um eco que o inferno respeite.
Tua mão, não me proteja — me molde.
Leva embora o que enfraquece. Deixa o que endurece.
Se o mundo me negar, que o céu me reconheça.
Purificação
Ó Leão de Judá, não me tire do deserto — me faça espada dentro dele.
Amplia meu território no meio dos gritos, não no conforto.
Arranca os inimigos que sorriem, mas me apunhalam por dentro.
Se for pra sofrer, que eu sofra de pé, mas cheio da Tua unção.
Livra-me do mal que ora em línguas, mas fere em silêncio.
Não me dê descanso — me dê resistência.
Me faz guerra santa, não paz covarde.
Que o inferno trema quando eu dobrar os joelhos.
E que o céu se incline quando eu gritar: me sustenta!
Não permitas que minha dor vire silêncio — que ela vire espada.
Tira o véu dos meus olhos, mas não tira a minha fúria santa.
Se eu for cair, que seja sobre Teu altar — e de lá me levanta.
Purificação
Não faz o menor sentido concordar em tudo com as pessoas, isso não é inteligência mas, apego emocional!
Os maiores e melhores amigos as vezes discordam em algo!!!
