Me Decepcionei mais Nao quero Magoas
Vivi.
Amadureci nas experiências.
Cresci nas atitudes.
Me decepcionei nas expectativas.
Me surpreendi nas coisas que achava distante.
Chorei,sorri.
Acima de tudo,APRENDI.
Acho que conquistei carinho,
como também dei muito.
Senti raiva (sim....)
mais nada que o AMOR não me fizesse pensar.
Sou um coração mole (não bobo),
um cofre onde guardo os gestos que ganho.
TODINHOS...
E viva a reciprocidade!
Quebrei alguns conceitos,
e vi que se nos permitirmos,
podemos encontrar o melhor em tudo.
E que quando olhamos pras coisas com VALOR,
mínima que seja,ela responde.
Valeu cada minuto ao lado de um amigo.
Cada conselho...
Vi que as pessoas,por mais diferentes que sejam,
suprem uma certa necessidade,
algo que nos complete.
Eu vivi muitos dias pra entender
que cada um é único.
e que nós, nada mais somos, do que pequenas partes
dependentes um dos outros.
É bom ser diferente.
Melhor ainda é saber ser gente.
Consciente.
Digna.
Eu já fui, já voltei, já tentei esquecer, já me iludi, já me decepcionei, já tentei. Já vivi de muitos "já" estou cansada de tudo isso me perturbar, estou cansada de tanto sentimento pra quem não merece nem se quer um calor do momento. Estou cansada de estar pra você, de estar pra pessoas que não merecem nem um pouco de mim, e quando a gente cansa, não quer dizer que fomos idiotas todo esse tempo. Quer dizer que fomos seres humanos, diferentes e capazes de aturar isso tudo e, por fim, tudo aquilo que me faz mal eu aprendi a jogar pro alto e dar só um sorriso e tchau!
Não quero ficar entre aspas, como uma citação famosa.
Quero estar entre asas, como a liberdade mais gostosa.
"O que quer que você faça na vida,
será insignificante, mais é muito importante que você faça,
porque ninguem mais vai fazer!
Como quando alguem entra na sua vida e metade de você diz:
-você ainda não esta preparada.
e a outra metade diz:
- faça ele ser seu para sempre.
NO CENTRO DO FURACÃO
Vórtice, voragem, vertigem: qualquer abismo nas estrelas de papel brilhante no teto.
Queria tanto poder usar a palavra voragem. Poder não, não quero poder nenhum, queria saber. Saber não, não quero saber nada, queria conseguir. Conseguir também não — sem esforço, é como eu queria. Queria sentir, tão dentro, tão fundo que quando ela, a palavra, viesse à tona, desviaria da razão e evitaria o intelecto para corromper o ar com seu som perverso. A-racional, abismal. Não me basta escrevê-la — que estou escrevendo agora e sou capaz de encher pilhas de papel repetindo voragem voragem voragem voragem voragem voragem voragem sete vezes ao infinito até perder o sentido e nada mais significar — não é dessa forma que eu a desejo. Ah essa palavra de desgrenhados cabelos, enormes olhos e trêmulas mãos. Melodramática palavra, de voz rouca igual à daquelas mulheres que, como dizia John Fante, só a adquirem depois de muitos conhaques e muitos cigarros. Eu quero sê-la, voragem.
Espio no dicionário seu significado oficial, tentativa inútil de exorcizar o encantamento maligno. O que leio, inquieta ainda mais: “Aquilo que sorve ou devora”. E vejo um redemoinho lamacento de areias movediças à superfície do qual uma única mão se crispa. Vórtice, penso, numa vertigem. Repito, hipnotizado: vertigem, vórtice, voragem. “Qualquer abismo” — continuo a ler. Os abismos de rosas, os abismos de urzes, e aqueles abismos à beira do qual duas crianças correm perigo, protegidas pelas asas do Anjo da Guarda. Os abismos de estrelas falsas no falso céu do teto do meu quarto, os abismos de beijos e desejos, o abismo onde se detém o rei daquela história zen para abrir o anel que lhe deu o monge, onde está guardado o condão capaz de salvá-lo — e o condão é a frase “isto também passará”. Sim, e leio então: “Tudo que subverte ou consome” — paixões, ideologias, ódios, feitiçarias, vocações, ilusões, morte e vida. Essas outras palavras de maiúsculas implícitas — vorazes, voragem—, abismais.
Eu estava lá, no centro do furacão. E repito palavras que são e não são minhas enquanto o porteiro do edifício em frente toca violão e canta, e a chuva desaba outra vez, e peço: por favor, me socorre, me socorre que hoje estou sentido e português, lusitano e melancólico. Me ajuda que hoje tenho certeza absoluta que já fui Pessoa ou Virginia Woolf em outras vidas, e filósofo em tupi-guarani, enganado pelos búzios, pelas cartas, pelos astros, pelas fadas. Me puxa para fora deste túnel, me mostra o caminho para baixo da quaresmeira em flor que eu quero encostar em seu tronco o lótus de mil pétalas do topo da minha cabeça tonta para sair de mim e respirar aliviado de por um instante não ser mais eu, que hoje e não me suporto nem me perdoo de ser como sou e não ter solução. Me ajuda, peço, quando Excalibur afunda sem volta no lago.
Ela se debruça sobre mim, me beija com sua grande boca vermelha movediça. Tenho medo mas abro minha boca para me perder.
Ela repete baixinho em meus ouvidos nomes cheios de sangue — Galizia, Ana Cristina, Júlio Barroso — enquanto contemplo o céu no teto do meu quarto, girando intergaláctico em direção a ER-8, a estrela de bilhões de anos, o cadáver insepulto para sempre da estrela perdida nos confins do Universo. Choro sozinho no escuro, e você não enxuga as minhas lágrimas. Você não quer ver a minha infância. Solto nesse abismo onde só brilham as estrelas de papel no teto, desguardado do anjo com suas mornas asas abertas. Você não me ouve nem vê, e se ouvisse e visse não compreenderia quando eu abrir os braços para Ela e saudar, amável e desesperado como quem dá boas-vindas ao terror consentido: voragem, bem-vinda.
Voragem, vórtice, vertigem: ego. Farpas e trapos. Quero um solo de guitarra rasgando a madrugada. Te espero aqui onde estou, abismo, no centro do furacão. Em movimento, águas.
O Estado de S. Paulo, 4/2/1987
Apenas nos iludimos, pensando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre.
No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que tinha um dia o próprio vento...
O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são.
Tudo deveria se tornar o mais simples possível, mas não simplificado.
Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto.
Daqui a vinte anos você estará mais arrependido pelas coisas que não fez do que pelas que fez. Então solte suas amarras. Afaste-se do porto seguro. Agarre o vento em suas velas. Explore. Sonhe. Descubra.
Não há arauto mais perfeito da alegria do que o silêncio. Eu sentir-me-ia muito pouco feliz se me fosse possível dizer a que ponto o sou.
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