Máximas Carlos Drummond de Andrade

Cerca de 531 frases e pensamentos: Máximas Carlos Drummond de Andrade

Os temperamentos ávidos de guerrear sofrem com a paz e distraem-se no amor.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

Não é difícil ser amado por duas pessoas; difícil é amar as duas.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

Cartas de amor: imitação nem sempre feliz da linguagem real do amor.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

Não amamos ainda bastante se não chegamos a esquecer até as qualidades do objeto amado.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

A alfabetização é a primeira coluna da estrutura social; o analfabetismo pode ser a segunda.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

Não se inventou ainda a anedota triste, para ocasiões fúnebres.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

Censuramos no animal os nossos defeitos: brutalidade e ingratidão.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

É mais fácil conceber um anjo sob aspecto de pessoa que se pareça com ele do que como anjo propriamente dito.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

O anônimo tem possibilidades infinitas de ação – se os famosos o permitirem.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

Os cavaleiros do Apocalipse, apenas quatro, não dão conta do serviço.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

O arquivo supre a falta de memória, lembrando o que desejávamos esquecer.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

A arte vivifica a humanidade e aniquila o artista.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

O artista não sabe que o mundo existe fora da arte; por isso atreve-se a criar.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

A história das artes não registra os nomes de dois artistas geniais: o primeiro pintor e o primeiro escultor.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

O avarento perfeito economiza a ideia de dinheiro evitando falar nele.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

A aventura não está nos fatos exteriores, mas na capacidade de figurá-los e vivenciá-los.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

O divertimento do aviador é andar de pé no chão.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

O trabalho constitui ao mesmo tempo mais-valia e não valia, conforme o ângulo de que o consideramos.

Carlos Drummond de Andrade
O avesso das coisas: aforismos. Rio de Janeiro: Record, 1990.
Inserida por pensador

DAS INTIMAÇÕES DESCABIDAS : Abre em nome da Lei... Abre, sem Lei nem Grei... Abre, em Nome do Rei !... Não... repara : ao __intimar-te __ eu já te __...desventrei__ !...

Inserida por RITAMENINAFLOR

Onde terei jogado fora meu gosto e capacidade de escolher, minhas idiossincrasias tão pessoais, tão minhas que no rosto se espelhavam, e cada gesto, cada olhar, cada vinco da roupa resumia uma estética? Hoje sou costurado, sou tecido, sou gravado de forma universal, saio da estamparia, não de casa, da vitrine me tiram, recolocam objeto pulsante, mas objeto que se oferece como signo de outros objetos estáticos, tarifados. Por me ostentar assim, tão orgulhoso de ser não eu, mas artigo industrial peço que meu nome retifiquem. Já não me convém o título de homem. Meu nome novo é coisa. Eu sou a coisa, coisamente.

Inserida por psicanalise