Mensagens de maturidade que mostram o poder do tempo e da experiência
Aos meus 6 anos
Abri os olhos um pouco...
Com medo, fechei-me novamente em mim,
Os meus ouvidos, eu não consegui silenciar
E minha consciência despertou,
Sentindo-se espremida começou a gritar..
E aos gritos de agonia,
Meu despertar começou.
Tantos dias de medo,
Sentindo-se incapaz,
Contudo percebendo o fato
De que: não andar pra frente,
É andar para trás
"Adormeci", e paguei o preço de nao conseguir dormir
Enterrando lentamente a luz que almejava brilhar.
Dos sonhos de criança nem recordava,
E era apenas um adolescente.
Finalmente o peso de pensar pesou tanto,
Que o corpo não conseguiu conter a ação..
Correr não era exaustivo
Era minha nova alienação
Cego andei para onde
Via a miragem de paz..
Andei, andei e andei...
E felizmente o destino é bom,
Não se pode desistir,
A vida adulta infantil tem um gosto doce,
As agonias são pensamentos compreensiveis,
Refletir é uma linda visão de si mesmo,
Os ouvidos continuam ouvindo,
Mas agora a boca sorri e canta.
"No céu onde você mora
Naquelas nuvens sem dono
As folhas bailam contentes
Como aqui embaixo, no outono?
O sol também é dourado
E as tardes mornas, e a vida
Entre o silêncio e o sono
É um doce abraço apertado
Aquecendo as tardes de outono?
Me diz... Onde você mora
Tão longe de onde eu sonho
Também tem frutos maduros
Tem por do sol cor de amora
E a ternura ocre do outono?
Me conta, para que eu não sofra
De saudade e de abandono:
No céu onde você mora
Teu pensamento é esta folha
Que cai de leve em meu rosto
Como um beijo da cor do outono?
Lori Damm, 20/03/2023
(Dedicado para AL)
O que realmente importa é focar no nosso crescimento, no nosso desenvolvimento espiritual, é nos tornarmos hoje, melhores do que ontem e não melhores que os outros.
É mais fácil culpar o passado, reclamar das injustiças do mundo, acreditar numa conspiração do universo contra si ou dizer que o motivo do insucesso pessoal foi a inveja de muitos, do que admitir as próprias falhas e fracassos e aprender alguma coisa com essas coisas.
É isso que temos de entender. Reagimos de forma diferentes às situações diferentes. E nossa experiência de vida irão falar muito sobre isso.
Muitos criticam as religiões de matriz africanas, mas o que muitos não sabem, é que carregamos em nossos corações belíssimas e fortes emoções que não se pode explicar, apenas sentir.
Solidão não é doença e sim um estado de espirito mas ficar com alguém sem sentimento bastante para sentir se acompanhado, isto sim é um tipo de desiquilíbrio comportamental, emocional, social e psicológico.
NA MADRUGADA
um aperto no peito árido e ramoso
sussurrando a saudade num rigor
suspirando a dor cheia de amargor
um silêncio nu, descalço e moroso
uma encenação do sono malicioso
um pactuar medroso com o temor
um desanimo calado em dó menor
um maldoso sentir vazio assustoso
a soltar dos olhos lágrimas sofridas
partidas, uma sensação desfolhada
como se estivesse esfolando vidas
assim, adentra cada minuto do nada
numa ausência e sofrências nutridas
no compulsar solitário da madrugada
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04’08”, 17/10/2021 – Araguari, MG
Aprenda uma coisa, existe diferença enorme entre estar com pessoas legais e estar com pessoas confiáveis.
Não espere que a vida seja sempre justa, a sorte é incerta demais para você esperar tanto dela. Não espere que todo amor dure para sempre, não há tempo para tantos recomeços. Não espere que tudo esteja bem amanhã, faça com que isso aconteça hoje. Não espere que todas as suas noites sejam lindas, outras pessoas também precisam da lua... Não espere que todos os seus sonhos se realizem, você tem sonhos de épocas das quais se arrepende. Não espere que as pessoas estejam sempre cuidando de você, elas também precisam cuidar de si próprias. Não espere que o destino seja sempre amigo, a vida é curta demais para você fazer experimentos. Não espere que tudo na sua vida seja sempre um parque de diversão... Viver, amar e ser feliz são coisas sérias.
Coisas tem acontecido e não sei se tenho ficado para trás, ou se tenho deixado para trás... Pessoas antes interessantes, espetaculares, hoje são normais, outras que me manipulavam, hoje são irrelevantes.
O passado volta, o presente urge.
Continuo sendo inconstante. Continuo querendo todas as coisas.
Não dá para agradar todo mundo.
Não dá para abraçar o mundo.
Me sinto pequena, me sinto grande.
Crise dos 30, talvez. Mas tenho me tornado mais séria, mais introspectiva, mais exigente.
E em meio a essas exigências, tenho encontrado a melhor resposta de todos os tempos:
Tudo que procuro nos outros, encontro de melhor forma em mim mesma.
Encontro paz em mim, encontro sossego em mim, encontro paixões, amores, tormentas, chuvas, tempestades. Alvoreceres.
Preciso do meu hiato.
Aproveitando mais uma vez minha primavera, cuidando de meu jardim.
Esperando as borboletas. Esperando minhas flores. Esperando, esperando, esperando, vivendo, acontecendo, vivendo...
Nada que ainda possa ser lembrado deixa de existir. É como um tesouro perdido, disponível a quem possa achá-lo e sendo o seu dono, possa gastá-lo como quiser. Assim é a tua infância, querida, inesquecível, guardada a sete chaves só porque ansiavas ser gente grande, controlada e madura.
A formiguinha diferente
Era uma vez uma formiga.
Ela nascera em um dos milhares de ninhos de formigas que existem por aí.
Quando era pequena, ficava admirada com as outras formigas, que iam e vinham, rapidamente, trazendo alimentos e mais alimentos para o ninho.
Sentia que gostaria de fazer isso o mais breve possível. Portanto, enquanto ainda não podia trabalhar e sair pelo mundo, ela estudava maneiras de otimizar o trabalho, de conservar os alimentos, de se comunicar com as outras formigas e de ajuda-las. Ao invés de brincar, ela sentia que deveria estudar. E se preparar.
Ao mesmo tempo, seu coração se enchia de piedade por aqueles que, por alguns motivos, não conseguiam simplesmente trabalhar ou desempenhar alguma função. Algumas formigas tinham medo de sair, outras tinham alguma pequena deficiência, outras tinham algumas histórias para contar do porque simplesmente não podiam ajudar. E ela as ouvia, com empatia e generosidade.
Finalmente, chegou o dia em que ela iria poder sair e vivenciar o que era tudo isso. Estava ansiosa. Foi observando como os outros faziam, com cuidado, para não falhar. E começou a sua jornada. Às vezes, ela achava um pedaço de alimento mais interessante. Mas, ao invés de pegá-lo para si, mostrava para outra formiga e entregava para ela, que saia feliz e contente e agradecida. Às vezes, ela deixava o que estava fazendo para ajudar alguma companheira, e acaba voltando sem nada, mas com o sentimento de que fez uma boa ação durante o seu dia.
Às vezes, encontrava em seu caminho alguma formiga imprudente, que por isso mesmo comia todo o alimento que havia coletado, ou, por estar distraída o dia todo, estava devendo vários dias de produção. Então, ela, compadecida, lhe dava do seu estoque de alimento, e também cumpria jornada extra para repor o que a formiga imprudente tinha perdido.
Às vezes, alguma formiga estressada, reclamava para ela do trabalho, ou da vida, e ela, generosa, se oferecia para carregar o alimento da outra formiga, e acabou que, quase sempre, estava fazendo isso.
E ainda haviam formigas no ninho, aquelas que ela tinha cuidadosamente escutado, e entendido, levando no coração todas essas histórias. Por isso mesmo, ao sair para sua jornada, sabia que deveria fazer tudo por ela e também por aquelas que, por “n” motivos, não conseguiam ajudar. E elas acabaram contando com isso, sempre.
Mas a verdade era que, a formiga sempre tentava fazer o seu melhor. Apesar disso, o chefe das formigas estava sempre bravo e descontente com seu comportamento. Mas, dentro dela, embora buscasse a aprovação do chefe e de todos, ela sabia que contribuía não só com a produção, mas com as suas boas ações para com os demais. Isso era o que mais importava.
Acontece que, certo dia, a formiga se sentiu estranhamente cansada. Para sua tristeza, ela se sentia adoecida e não sabia por que. Avistou, de longe, uma amiga que ela havia ajudado, e que encontrara um alimento melhor naquele dia. Pediu se poderia ficar com ele, para poder se alimentar bem e talvez, recuperar as suas forças, mas a amiga, estranhamente, disse que havia visto primeiro. E ela entendeu. Era justo.
Então, foi caminhando e encontrou algumas formigas que ela havia ajudado, todas ocupadas levando suas coisas. E ela perguntou se poderiam ajuda-la, carregando um pouco para ela também, pois aquele dia ela não conseguiria. E ouviu vários nãos das formigas ocupadas com suas próprias responsabilidades e necessidades.
Então, encontrou a formiga imprudente, que estava forte e bem alimentada. Pediu se naquele dia, ela poderia dividir com ela algum alimento e se poderia, até que ela se recuperasse, substituí-la. Mas a formiga achou que se a ajudasse agora, ela poderia ficar mal acostumada.
Finalmente, voltou para casa sem nada, e um pouco triste. Foi procurar as formigas que ficavam no ninho e que ela auxiliava, para desabafar um pouco. Mas as formigas estavam zangadas com ela, porque não estava mais ajudando e colaborando, já que sabia que elas precisavam e não podiam, por suas razões, fazer o trabalho.
E se sentiu sozinha e sem nada. Perguntou-se o que vinha fazendo da vida, além de levar muitos pesos nas costas e, no fim das contas, não ter feito nada por si mesma.
Passou dias depressiva, solitária, pensativa. Ninguém entendia o que estava acontecendo com a formiga, mas também não se importavam. Achavam que ela estava, talvez, dramatizando a vida demais. A maioria, na verdade, nem a notava. Dentro dela, ela só pedia para Deus devolver as suas forças, para que ela pudesse continuar fazendo tudo da maneira que vinha fazendo, e para não perturbar ou atrapalhar ninguém à sua volta. Mas Deus parecia não escutá-la.
Foi então que, em meio a tudo isso, e esta dor que estava sentindo, que ela percebeu certas coisas da vida. Ela viu que as outras formigas sobreviveram bem sem ela, e continuaram suas vidas, independentemente de sua ajuda ou existência. À duras penas, ela enxergou que ajudar alguém não significa que o contrário será verdade. Ela percebeu que o chefe das formigas nunca reconheceria nada do que ela fazia, porque seus olhos eram diferentes do dela. Ele nem ao menos enxergava, porque um chefe só enxerga aquilo que quer. E ela percebeu que cumprir a função de outras formigas não as ajudavam, apenas as impediam de cumprir seu papel ou de colher os próprios resultados. E que ela não tinha o poder de mudar a vida de ninguém, e finalmente, de salvar ninguém.
Porque, na verdade, ela deveria salvar a si mesma. Agora se sentia livre daqueles pesos desnecessários. Portanto, percebeu que ela tinha estudado bastante, que este era o seu diferencial, mas que nem utilizava seu conhecimento. Ela nem ao menos se conhecia. Percebeu que, produzir para os outros em prol de produzir para si mesma, não a tornava uma heroína, pelo contrário, a tornava, na verdade, improdutiva.
E, agora, com toda essa consciência adquirida, ela aprendera o turno certo da vida. Se tornou diferente, apesar de sua essência ser a mesma. Descobriu que ajudar não significa ter que se prejudicar. Descobriu que amigo é diferente de colega ou conveniência. Descobriu que, em meios às dificuldades, se ela não pensar em si, ninguém irá pensar. Descobriu que não precisa se responsabilizar pelos resultados de ninguém, a não ser pelos seus próprios. Descobriu que ter alguém para contar nos momentos ruins é muito, muito raro, quase um milagre. Descobriu que não tem que se culpar por não agradar a todo mundo. Mas que valia a pena estar próximo de quem realmente gostava dela, do jeito que era, e que a valorizava, mesmo quando ela não tinha nada para dar.
Hoje em dia, a formiga está em busca de seu próprio caminho. Desistiu de carregar um ninho, que nem mesmo era seu. Abandonou as pessoas que ela tanto amava, mas que não era recíproco. Aprendeu que um ambiente hostil pode ser trocado por um ambiente saudável. Mas aprendeu que, mais importante que ser amada, é amar-se. Mais importante que ajudar, é ajudar-se. Mas importante que agradar, é agradar-se. Mas importante que ser respeitada, é respeitar-se. E mais importante que ser valorizada, é valorizar-se.
Ah, e percebeu que Deus sempre esteve com ela, durante todo o tempo. E que, na verdade, não mudou a situação da formiguinha quando ela pedira, porque estava usando a situação para mudar a formiguinha. E fazê-la crescer.
Um dia, a formiga conta o resto da história.
Até a próxima!
Multiplique-se
Saber absorver e distribuir amor, te torna uma pessoa diferenciada.
O nascimento do amor em outras pessoas pode acontecer através do aprendizado que está guardado na tua mente e preservado no teu coração. Durante as lições impostas pela vida sobre as escolhas boas e ruins que fazemos, certamente somamos conhecimentos que despertam o nosso amadurecimento. Portanto quando você se deparar com uma pessoa carente de amor deixe ela beber da sua aguá, multiplique o seu conhecimento, viva essa viagem, você conhece os atalhos.
"Não estou ligando mais, prá muita coisa não!
Dantes, vivia eu verdadeiros holocaustos por certas coisas...
Hoje não!
Hoje, vejo coisas desfilando diante de mim,
e eu deixando-as passar...
Assim, assim...
Sem nenhuma desesperação ou desesperança...
Acho que amadureci!"
☆Haredita Angel
Nem sempre o que desejamos está ao nosso alcance. Precisamos apenas estender as mãos e apanhar o fruto maduro que a vida nos oferece.
E as linhas e marcas do tempo começam a acelerar mais rapidamente agora, mas a essência pueril permanece e expande cada vez mais, num processo misteriosamente infindo e absurdamente profundo...amadurecer é evoluir e se reconstruir a cada dia no sorriso daquela criança que foi e sempre será...
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