Maternidade

Cerca de 406 frases e pensamentos: Maternidade

⁠Se os filhos podem confessar francamente que se entediam com os pais, uma mãe nunca pode confessar que se entedia com os filhos sem parecer desnaturada.

Alba de Céspedes
Caderno proibido. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
Inserida por pensador

⁠Em grupos de redes sociais, tenho observado muitas reclamações a respeito de mães que deixam seus filhos com parentes. Em algumas delas, essas pessoas questionam o fato de a mãe não ter avaliado os efeitos da maternidade antes de tomar a decisão de ter um filho. Muitas argumentam que “quem pariu Mateus que balance” e dizem para não terem filhos se não podem cuidar deles. A decisão e a responsabilidade pela maternidade são, nesse contexto, consideradas como individuais. Certamente você não é obrigada a ser mãe, mas a maternidade não é individual, ela é social. Tanto pelo papel social exercido pela mãe, quanto como uma necessidade da sociedade. Se todas as mulheres acatarem o conselho de não ter filhos, a sociedade cai em ruína. O capitalismo entra em crise sem novas gerações sendo criadas para atuarem como mão de obra. No Japão, o estímulo à natalidade já é uma política pública. Então, a maternidade não pode ser um problema individual. Isso não significa que você, tia, avó, avô, amiga (o) ou madrinha/padrinho precisam ser compulsoriamente a rede de apoio de alguém ou se responsabilizar pelo filho alheio. Mas que o discurso que culpa a mãe deve ser substituído pela responsabilização da sociedade, que deve criar condições para que estas mães não vivam exaustas e sem proteção, o que torna a elas e as crianças vulneráveis. Em muitos países, já existe a opção de turno reduzido para aqueles que cuidam de seus filhos (pais ou mães), licença maternidade estendida e horário de trabalho a partir das 9h, para que os responsáveis deixem seus filhos na creche. A natalidade é um problema de Estado. E se isentar do debate ou polarizar o universo feminino entre aquelas que escolhem ou não ser mães só fortalece o patriarcado.

Inserida por fernandamunizsan

⁠SE QUISER JOGAR, EU JOGO

Comprei um vídeo game para a minha filha e tive uma grata surpresa quando notei o quanto eu gosto de jogar.
Tenho uma grande habilidade em jogos de corrida e é interessante que, sempre que alguém me visita, eu escuto a frase: nossa, você parece um homem!
Eu também sempre escuto essa frase quando digo para alguém que gosto de ir em todas as rodas de samba da minha cidade: Você parece um homem!
A mesma frase é ouvida quando digo que odeio festas escolares porque somente me criam mais demandas ou que sou uma péssima dona de casa ou que gosto de ganhar dinheiro e investir.
Já ouvi, em contrapartida, a frase “Parece coisa de mulher!” quando um homem é o responsável pelas refeições da família ou pela louça suja.
Quando foi que, por ser mulher, eu tive que assumir toda a parte chata da vida familiar? Por que eu não posso também preferir a parte mais divertida e lúdica?
Mas eu resisto! E sigo jogando e sambando!

Inserida por fernandamunizsan

⁠SOU UMA MÃE PERMISSIVA?
Quando observo meus amigos e amigas em suas vidas familiares, bem como
a minha própria experiência, percebo um número significativo de casais que entra
em conflito a respeito da educação dos filhos. De um lado, um dos pais acredita que
o outro é permissivo ou permissiva e, de outro, há aquele que acredita que os
castigos e punições são o único modo de criar um adulto responsável. Um filho, no
contexto de punições e castigos, não deve ser educado para desafiar ou questionar
as decisões dos pais. A obediência deve ser incondicional. Na minha humilde
opinião, não há receitas. No entanto, considero que faço uma escolha ao educar a
minha filha que me gera um grande esforço. Ao conversar com o seu pai a respeito
dessa escolha, explico que, ao educar a minha filha, eu não a educo para se
relacionar comigo ou com ele. Meu esforço é educá-la para se relacionar com todas
as outras pessoas do planeta quando eu não estiver lá para protegê-la ou orientá-la.
Ensino, ainda, a se relacionar consigo mesma, impondo limites às suas atitudes e
aos seus relacionamentos. Por esse motivo, busco oferecer a ela o maior número
possível de informações para que ela seja capaz de tomar decisões assertivas no
futuro, quando eu não estiver lá. Ela é informada diariamente sobre os efeitos do
consumo excessivo de açúcar, gorduras saturadas e ultra processados e do
consumo excessivo de maneira geral. É uma escolha difícil, porque nem sempre a
informação tem o efeito esperado na tomada de decisão. Mas foi uma alegria
imensurável vê-la decidir, espontaneamente, que não comeria mais nuggets ou
carne. Uma alegria maior é vê-la decidir cooperar com as tarefas domésticas ou
aprender inglês por meio de um aplicativo. Quando ensino sobre não aceitar que um
homem defina o que ela irá vestir, não estou competindo com o seu pai, mas
ensinando com ela irá se comportar com todos os homens que conhecer quando
não estivermos lá. Eu realmente não sei se estou fazendo certo ou errado e não
acredito que exista uma régua para isso. No entanto, faço uma escolha política,
ideológica e filosófica todos os dias de criar um ser humano responsável e
independente por meio de uma educação que não sei se é ou não permissiva, mas
que se esforça para ser emancipatória e não violenta.

Inserida por fernandamunizsan

Ser pai é isso. Às vezes, você perde, às vezes, você ganha. Mas em geral dá empate. Tudo que podemos fazer é continuar jogando.

Ted Lasso (série)
3ª temporada, episódio 11.
Inserida por pensador

⁠Um olhar de uma mãe cansada mais imensamente feliz. Na época eu vivia exausta, os horários delas de sono eram diferentes. As vezes quando eu fazia uma dormir a outra acordava. Como era cansativo, e ainda é. Na realidade a maternidade é totalmente cansativa e desgastante e eu não vou romantizar isso nunca.. foi nesse período em que me afundei ainda mais na depressão pois eu não aguentava mais de tanta exaustão.. mas eu sempre quis dar o meu melhor, pelo menos eu tentava. E na busca de ser a mãe perfeita eu fui me perdendo, me perdendo de mim mesma.. logo já não era mais eu, eu já estava no piloto automático. Uma bomba relógio ambulante que qualquer movimento poderia explodir. Eu sofri muito nesse período delas pequenininhas.. eu achava que não ia dar conta, realmente eu não dei, não como eu achava que deveria. Mas quer saber? Eu tentei .. e vou continuar tentando a dar pra elas o melhor de mim, as vezes eu vou conseguir, outras eu vou falhar.. mas isso é ser mãe, isso é maternidade. Não acredite em maternidade de conto de fadas, é só ilusão. Eu fiz de Deus minha fonte de forças e segui tentando.. Acredite que você pode e vai vencer cada fase, sozinha ou acompanhada, você vai dar o seu melhor, quem sabe até o seu pior, desde que você, dê você, você de verdade, e sem máscaras..E sabe, vai ter vezes que o seu melhor vai ser digno de Oscar, mas infelizmente ninguém vai ver, ninguém vai te aplaudir.. Mas continue.. Não perca seu tempo tentando ser a melhor mãe, use esse tempo aproveitando o que você tem, do jeito que tem, onde está, com quem está, improvisando, criando, dizendo sim, dizendo não. Vivendo de verdade. O tempo passa rápido demais e logo, todo cansaço, noites mal dormidas, vontade de sumir, de fazer devolução (kkkk) , vão passar, e só restarão as lembranças.. A saudade, a vontade que o tempo volte. Mas não vai.. então aproveita hoje , tá? Jajá passa.
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Tu leu até aqui?
Coloca um ❤️ pra eu saber.
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Inserida por JoseanneKarla

⁠O incondicional sempre será materno... acreditem!!!

Materno é terno!

Inserida por tatyanenicklas

Ser mãe…

Ser mãe, no nosso tempo
Quer dizer: sofrimento

Ser mãe quer dizer:
Chorando, dar –
Quer dizer: com alma e corpo
Viver pra vida de um outro. –
Quando a tempestade varre o mar
Rebaixando-se, ao céu se erguer
E se dar.
Ser mãe quer dizer:
Mil vezes morrer.
Quer dizer: quando miséria e morte
Ceifarem, o perdão requerer
Para os filhos e ao morrer
Dar um sorriso que os reconforte.

Ser mãe, em qualquer tempo
Quer dizer: sofrimento.

Bertolt Brecht
Bertolt Brecht: poesia. São Paulo: Perspectiva, 2019.
Inserida por pensador

⁠Meu desejo de ser mãe tinha muito mais a ver com poder oferecer a outra pessoa o que, na maior parte da minha vida, eu não tive.

Karine Asth
Dentro do nosso silêncio. Porto Alegre: Bestiário, 2022.
Inserida por pensador

⁠Quando concordamos em tentar ter um filho, nada do que veio a seguir fazia parte dos nossos planos. Os meses se transformaram em anos e chegamos a um lugar do casamento tão desconhecido quanto uma viagem em meio a um nevoeiro.

Karine Asth
Dentro do nosso silêncio. Porto Alegre: Bestiário, 2022.
Inserida por pensador

⁠Talvez eu dê trabalho
Uma vida de despesas
Mas, por favor, me deixa ficar
E se por um acaso
Eu não tiver seus olhos
Você ainda vai me amar

Bárbara Dias (cantora)

Nota: Trecho da música 9 meses (Oração do bebê).

Inserida por pensador

⁠E quando a barriga for crescendo,
Você ainda vai ser linda
Eu nem preciso te ver
Seca o choro e fica aqui comigo
Que até assim tristinha
Eu já sei que eu amo você!

Bárbara Dias (cantora)

Nota: Trecho da música 9 meses (Oração do bebê).

Inserida por pensador

⁠E por mais uns anos
Você vai fazer planos
Pensando se eles servem pra mim
E eu vou te acordar
Bem de madrugada
Você vai me amar mesmo assim

Bárbara Dias (cantora)

Nota: Trecho da música 9 meses (Oração do bebê).

Inserida por pensador

⁠O meu primeiro passo
Vai ser no seu abraço
Me segura quando eu cair
E no final do dia só a tua voz
Que vai poder me fazer dormir

Bárbara Dias (cantora)

Nota: Trecho da música 9 meses (Oração do bebê).

Inserida por pensador

⁠Você ainda não me tem inteiro
Nem me conhece direito
Mas já posso te ouvir

Bárbara Dias (cantora)

Nota: Trecho da música 9 meses (Oração do bebê).

Inserida por pensador

⁠Cheguei para conquistar todos os meus sonhos nesse mundo!
O primeiro deles é fazer minha família muito feliz...
E se você veio me visitar é porque de alguma forma você faz parte dela! Então, muito obrigado pelo carinho da sua Visita!

Inserida por foreverday

⁠Sobre as mães que se vão, mas que ficam...
Nunca a vi tanto em mim, desde quando ela se foi. No espelho, nos trejeitos, nas manias.
Ela foi, mas ficou.
Morreu, mas reviveu dentro de mim.
Porque ela, sou eu agora.

Inserida por ketantonio

⁠Mãe, obrigada por ter sido tão presente ao ponto de estar aqui, mesmo sem estar. Não só na genética, que naturalmente se explica; mas também no subjetivo que inexplicavelmente supera razões e dimensões.

O milagre do verdadeiro amor é unir laços invisíveis de forma indivisível, ainda que a separação física seja de incontáveis anos-luz do espaço-tempo. Afinal, a distância é relativa quando o laço é de amor.

Inserida por ketantonio

Entre a opção de ter ou não ter filhos, eu optei por não tê-los mais, justamente para não entregá-los aos cuidados de estranhos. E, creio eu, isso também é dom materno.

Inserida por reconceituando

Faça amor, não faça guerra.
Gere luz, mas não gere filhos se não for para amá-los.

Inserida por fatima_madureira