Materialismo
O cérebro não produz o pensamento, o cérebro pensa. O músculo não produz contração, ele se contrai.
Se o homem goza de liberdade em sentido materialista, quer dizer, se é livre não pela força negativa de poder evitar isso e aquilo, mas pelo poder positivo de fazer valer sua verdadeira individualidade.
Você não fracassa na vida
por não ter um excelente emprego,
por não ter o carro ou a casa dos sonhos,
por não conseguir comprar aquela roupa, aquele sapato,
ou por não fazer aquele procedimento estético.
Você fracassa na vida
por pensar que não conseguir estas coisas
é fracassar na vida.
Se a realidade é material, só a matéria expressa a realidade, o imaterial expressa a ilusão, ser guiado por ideias sem evidência material é ser guiado por ilusões, é cair em labirintos sem saídas da mente.
Como se quer plenitude se no exterior o acesso é infinito, elevado nível de exigência para se ser feliz. Quem tem muito sente pouco.
A violência, que jamais foi até hoje, na história, deflagrada pelos oprimidos. Como poderiam os oprimidos dar início à violência, se eles são o resultado de uma violência? Como poderiam ser os promotores de algo que, ao instaurar-se objetivamente, os constitui?
Enquanto a violência dos opressores faz dos oprimidos homens proibidos de ser, a resposta destes à violência daqueles se encontra infundida do anseio de busca do direito de ser.
O homem sem Deus é como um carro desgovernado. A qualquer momento irá colidir e o fim poderá ser trágico.
Riqueza divina vs. riqueza terrena
O homem pode ter muita fama e riqueza, viver na opulência, mas se não tiver entendimento e não refletir sobre as coisas da vida, é semelhante ao gado que se abate, aos animais que perecem; morre como um animal qualquer. (Sl 49:20)
A mensagem do salmista nesse versículo é especificamente para os que buscam somente os bens materiais deste mundo e não procuram desenvolver um relacionamento com Deus do qual advém sabedoria. Sentem-se plenamente saciados com suas conquistas terrenas.
É mister meditar sobre a vida através da sabedoria de como conduzir as efemeridades do mundo para não se deixar levar por elas em detrimento do que realmente importa na vida.
Deus é o doador dessa sabedoria; logo, sem um relacionamento profundo com Deus cujos valores são eternos e jamais efêmeros, torna-se inviável receber esse dom divino.
Não sejamos, pois, como o gado que se abate. Sejamos racionais para adquirirmos sabedoria.
Sem claudicar em uma vírgula digo com inexpugnabilidade que a fé em contrapartida com o amor são dois contrassenso ao materialismo.
Pensamento baseado no filme de Bezerra de Menezes o Médico dos Pobres,
O BÊBADO E A EQUILIBRISTA
De João Batista do Lago
(Para meu irmão Júlio César, in memoriam)
E lá se vai ele!
Equilibrando-se sobre a corda-vida
segue o bêbado trançando dores,
cerzindo rancores póstumos,
cosendo seu livro de dissabores…
Vê-se de cá, de bem longe,
um zumbi errante
e todos seus vagabundos amores
fazendo-lhe procissão e coro
às suas preces de socorro:
― “a corda-vida não te sustentará
o equilíbrio de que necessitas.
Há um abismo entre teus polos:
abaixo de ti apenas a cova
tua, deitará esquecida a ossatura
da carne antes corroída pelo
colírio de pó de antimônio.”
Hoje não mais cerzes
nem dores… nem dissabores…
E nem mesmo sabe-se do teu equilíbrio,
e nem mesmo sabe-se da corda-vida.
“És apenas lembrança
― lembrança pela vida bebida.
Hoje és, apenas, arcanjo.”
A mente é apenas um fenômeno da natureza. Pois se a assim não fosse a mente não teria a mesma limitação do corpo, estando ambos limitados no espaço-tempo!
" Dizer que acredita em Deus, mas viver como se Ele não existisse é uma falta gravíssima ante à nossa consciência e à lei suprema de ação e reação. "
Fica tácito que não vivemos na plenitude dos sentimentos quando nos apegamos deveras mente as coisas materiais.