Mar Liberdade
Em noite de Lua Nívea
giramos a lembrança
da luta pela liberdade
e a memória da Lei Áurea.
Com os Parafusos de Sergipe,
uma História de amor
atemporal e sem limite,
e entre nós há encaixe.
Damos voltas para lá
e para cá foi o Padre Saraiva
que batizou o nome
por todos nós conhecido hoje.
Rotas de luta e anáguas atrevidas
nos trouxeram o justo e necessário,
te entrego o olhar poema
no pulo e giro sempre encantado.
De longe dá para perceber
que você é meu namorado,
que te pertenço e você
me pertence no ritmo apaixonado.
Luar Quarto Crescente
no céu da tarde da cidade,
Entre a gente há liberdade
e um sentimento surgindo,
Ouço a música da passarada
daqui de Rodeio e daqui
a pouco você vem quando
as luzes do Médio Vale do Itajaí
estiverem acendendo.
A gratidão te faz livre
e a ingratidão te faz preso,
você tem a liberdade
de escolher o quê quer ser;
a ingratidão é problema
do ingrato e a bondade
é a dádiva da liberdade.
Apreciando as sombras
das Caixetas floridas,
que delas fazem tamancos,
artes, violas caipiras
e lápis para escrever
sempre as minhas poesias.
Se estiver escrito
no meu caminho retribuir,
espalharei sementes
para que não deixem de existir:
Ser grato sempre faz a vida fluir.
Quando a liberdade e a vida
estão em jogo
seja a de uma tropa
ou de um General
lá na Venezuela,
Ou alguém precise
de uma palavra
em Tigray, na Ucrânia,
na China ou na Palestina,
Não aposto na uma
última tentativa,
Todo o dia sempre
é um novo dia
para ser a poesia até o final.
No próximo mês já é Natal,
não há nenhuma notícia sobre
a liberdade da tropa e do General,
a esperança vem do diálogo
no México porque o cálice tem
sido incontestavelmente amargo.
O General está preso desde
o dia treze de março
do ano de dois mil e dezoito
por ter elevado a voz
contra todo o tipo de desgosto,
ele continua sem perspectiva
e sem ver brilhar o Sol da Justiça.
No próximo mês já é Natal,
menos para a tropa e o General
que optaram em ser presos
de consciência onde a Justiça
deles não tem sequer clemência
e seguem no calvário prolongado.
O relógio do tempo tem sido
implacável com todas as esperas,
nem o Esequibo tem escapado,
espero que a Corte restabeleça
a justiça e para a Venezuela
seja perpetuamente devolvido
para a Nação reencontrar o destino.
Nesta véspera de Natal,
nada se sabe da tropa
da liberdade do General
e tampouco do Esequibo,
Só sei que eu continuo
por milagres insistindo.
O meu sangue é poema
que tem a cor exata
da Arara-Vermelha,
A minha liberdade
tem asas imparáveis:
é profundamente brasileira.
Você tem o direito de falar o que pensa mas não tem o direito de julgar quem não conhece. Liberdade de expressão é um direito de todos mas em vez de falar, então faça algo que preste.
Minha liberdade é limitada apenas pela minha natureza divina. Consequências são apenas meios de acordar essa natureza.
Felicidade não tem a ver com liberdade, dinheiro e bom emprego. Tem a ver com a paz que carregamos e não nos damos conta.
Enquanto a liberdade não
vem para um General preso
injustamente por uma falsa
acusação de instigação
a rebelião e para uma tropa
em igual política prisão,
Desde o dia treze de março
do ano de dois mil
e dezoito tenho
escrito este poemário.
Não pertenço
ao continente e a essa
região de indiferentes
inundada de prisões
políticas intermitentes.
Não pertenço
ao continente e a essa
região de indiferentes
que se esqueceram
que o Sol da Venezuela
nasce no Esequibo,
e que ali fica a nossa
dupla fronteira
venezuelana e brasileira.
Sem nenhuma perspectiva
de justiça e uma suposta
notícia de mudança
para o cárcere de Yare,
O velho tupamaro
em greve de fome resiste.
Não pertenço
ao continente e a essa
região de indiferentes
que se cala para
os cinquenta imigrantes
mortos encontrados.
dentro de um
caminhão no Texas.
Eu sou brasileira nacionalista
e filha da América Latina
vibrante pela própria Soberania,
e por cada restituição
histórica nutro a estima.
Brumoso navio o que me carrega por um mar abstrato. Que insigne alvedrio prende à ideia cega teu vago retrato?
Navegar por águas calmas com uma outra visão do mar.
Saber conduzir seu barco, saber onde quer chegar, mesmo já tendo passado por muitos naufrágios, sim, é possível viver no mar.
Esse gigantesco mar chamado de vida onde existem almas heterogêneas, cada uma a sua maneira, tentando entender essa multidão. Vagando entre a realidade e a ilusão, buscando um porto, dias sim, dias não.
Enxergar a simplicidade da vida vai além do que possamos imaginar. Sabendo que existem os acertos, porém sabendo que todos podemos errar. O que importa é saber corrigir o erro, corrigir os mapas, para continuar a navegar.
Amar, o mar, de correntezas tão castas e profanas, tão rasas e profundas, que até o vento se engana para onde deve soprar. Deve ser por isso que ele sopra a seu bel prazer, fingindo não saber onde cada barco quer atracar.
Saber apreciar a calmaria, saber se aquecer na noite fria, saber dar e receber amor com a noite, com o dia.
Não somos coitados (apesar de muitas vezes fingirmos ser), sabemos que existe a dor. Vai de você aprender a curá-la, vai de você aprender se recompor. E para isso é necessário criar e levar sempre consigo a caixa de primeiros socorros, para ser usada, seja que hora for. E caso precise emprestada... pegue a minha, a seu inteiro dispor.
Não esqueçam de apreciar o nascer e o pôr do sol.
Não esqueçam de sentir o cheiro de cada mar que você passar, pois cada mar exala um cheiro diferente.
Não esqueça a noite de olhar as estrelas e se porventura estiver chovendo, não deixe de assistir ao fabuloso show dos raios que vão cair.
Quando atracares em algum continente, ou em alguma ilha, não deixe de explorar o local tintim por tintim. Você irá descobrir novos animais, novos insetos, novos aromas, novas frutas, novas plantas, novas árvores, novas rochas esculpidas pela mãe natureza.
Esteja atento a tudo, esteja atento aos detalhes e não deixe nada escapar! São imagens e fatos que serão gravados em sua memória e por um motivo ou outro, podem nunca mais voltar.
Antes que eu me esqueça, durante sua viagem por este oceano, não deixe de ver o ballet dos golfinhos que com certeza em alguma hora estarão acompanhando seu barco para darem as boas vindas ao lugar onde habitam. Você também poderá ver peixes voadores, tubarões, graciosas baleias e uma infinidade de vida marinha que nem imaginamos.
Sendo assim, nunca esqueça de sempre agradecer ao criador de tudo isso por estas maravilhas e como um bom hóspede, sempre peça licença a cada lugar novo que você for entrar.
Veja a infinidade que este mar que navegamos nos proporciona. E muitos de nós acabamos olhando somente em uma direção e perdendo todo este espetáculo.
A única certeza que tenho é que quando partirmos dessa vida não levaremos roupas, não levaremos casa, não levaremos carros. Apenas levaremos o que estiver gravado aí dentro de sua "caixa preta", ou ainda como queira chamar: cérebro. Sendo assim, obtenha sim seus bens, suas lembranças, seus presentes, durante a viagem, porém não se apegue a eles como se fossem tudo nesta vida.
Esteja atento ao farol que indica a ilha ou o continente, e esteja atento aos sinais para que você não bata seu barco e ele naufrague.
Enfim, aproveite bem sua viagem, esqueça coisas mínimas, dê mais atenção ao modo como você navega do que a navegação dos outros.
Cuidado com os barcos piratas que vem para te sugar.
Cuidado com navegadores menos experientes para que você não os atropele e para eles não te atropelar. Não se esqueça também que além de nós, sempre existirão os navegadores mais experientes, nunca se acanhe em pedir conselhos.
Cuidado com a tripulação que você escolher para navegar com você ou ainda seja, sua família, seu namorado, sua namorada, seu esposo, esposa, amigos, filhos...
Talvez você necessite mudar de barco e criar uma nova tripulação. O que nunca deve ser considerado um problema e sim uma solução. E caso sinta saudade de parte da outra tripulação, você sempre poderá encontrá-los ou até mesmo em alguma hora eles poderem fazer parte novamente do seu barco juntamente com uma nova tripulação. Não há regras para isso. Basta entender, aceitar e saber que tudo sim sempre pode acabar bem.
Cuidado com os pequenos animais que lhe forem confiados a guarda, os quais se tornarão seus animais de estimação. E sempre que puder, não deixe de mostrar para eles também como este passeio é belo. Ensine-os o que podem e o que não podem fazer, o que deve e não deve ser feito. Afinal eles também estão aqui para a prender e só esperam que o seu capitão lhe dê as ordens necessárias.
Enfim, escreva seus mapas, escreva suas histórias, escreva seu diário de bordo para que os outros que virão depois de nós, possam tomar como base de partida o que é navegar por estas águas.
Afinal de contas, se navegamos por este mundo, pode ter certeza que é apenas de passagem. Pois nós não somos daqui.
Minha fortaleza é o Céu, minha casa é a Terra,
Minha Vida é Rastafari, minha purificação é o Mar,
Meu destino, em minha mente se esconde, mas só Deus sabe,
Meus amigos são o que importa,
Minha família e criação de tudo e todos é a África, com Jah no comando,
Um dia estarei lá, para uma visita fazer à Jah,
Todos sabem mas poucos admitem, que viemos de lá e voltaremos para lá.''
