Mar Liberdade
No mar e na vida, marinheiros de valor são os que exibem cicatrizes de antigos naufrágios.
Estiveram onde muitos queriam estar, mas jamais ousaram tentar.
Mar revolto...
Sou grata a ti por me chacoalhar e me fortalecer.
Vida louca...
Agradeço a ti por me manter viva, alimentando a minha imaginação, me permitindo enfrentar meus monstros, superar as minhas dificuldades e realizar os meus desejos.
Mulher de fibra...
Assim me defino.
Sou grata a minha caminhada e coragem...
A todos que encontrei em meu caminho...
Aos que me elevaram e mais ainda aos que por algum momento tentaram me depreciar...
Sou grata a mim por chegar até aqui e me manter aberta ao aprendizado e evolução
Meu Deus!...
A ti sou imensamente grata por me assistir, me conceder o livre arbítrio e jamais desistir de mim.
GRATIDÃO!
Lais Penteado
O equilíbrio da terra, da água e do mar depende de cada um preservar o lugar onde vive. Respeite a vida.
Era um mar de rosas, violetas, jasmins.
Mergulhávamos sobre pétalas, o perfume do primeiro amor.
Mas a correnteza corre e todo o cheio se dissolve.
Deságuam as rosas sobre as cachoeiras.
Então sob as pétalas, no caule, os espinhos.
Os meus espinhos, os seus espinhos.
Qualquer aproximação brusca, machucávamos um o outro.
O espinho é a defesa da rosa, como o orgulho e vaidade na gente.
Espinhos sobre espinhos e todos já estavam feridos.
Feridos, sem lembrar bem do que houve, só o peso do ódio, do mal humor.
Tentamos nos aproximar pouco a pouco
Era quase um estudo anatômico.
Cutucávamos as cicatrizes. Doía.
Eu cutucava suas feridas ferozmente,
queria chegar à raiz, à verdadeira natureza de si.
Não podíamos remover o passado,
mas remoíamos paulatinamente.
"" Olho distante para entender a vida
é claro que não tenho projeção
há um mar azul em minha frente
há um brilho no olhar
existe um fardo pronto para ser levado
cheio de ouro e pétalas preciosas
o cavalo do doutor está brilhando
mas não entende a jornada
a vida me deu atalhos
e eu escolhi ir sozinho
depois que a beleza resolveu sumir,
não quis seguir o mesmo caminho
nasceu o sol e espera-se a chuva
terra seca não brota nada no chão
é manhã de outono
tempo de estiagem em meu coração...
Assim como a noite deseja o luar
A praia almeja a carícia das ondas do mar
Eu anseio pela doçura de senti-lo meu...
A docilidade de poder te amar.
... Meu amor de oceano e luar.
Enquanto a lua não surge no céu
brincamos nas ondas do mar,
provamos o gosto um do outro.
Aqueçamos o amor que nos embala
... E quando a noite descer seu véu
sobre nossos corpos sedentos
vamos conjugar o verbo amar
em todos os seus tempos.
"" Se faltar o luar
sacudiremos a lua
se faltar o mar
mergulharemos em nós
a sós seremos um todo
suados, repletos
vivos
únicos
e não contaremos nada a ninguém...
Seremos meros navegantes a deriva num mar de palavras, saudades e rosas sem deixar que o amor acabe...
O dia que salvei um peixe...
Esse dia não dá pra esquecer.
Sai para caminhar, a beira mar
Me questionar, me entender.
E foi ai que eu vi um peixe
acompanhando as ondas do mar,
sozinho a caminho da areia,
perdido, não conseguia voltar.
A água não estava mais nele.
Pude sentir seu sentimento de aflição.
E eu estava aflita, pois não conseguia pegá-lo de tanto que se batia.
Havia pessoas distantes, mas eu fui a destinada a salvar e
com meus chinelos eu o tive,
correndo pois nem se mexia mais...
Sorri ao vê-lo partir
Desta vez na direção certa.
Salvei um peixe. Um lindo e belo peixe.
Uma alma que olhou pra mim e
eu pude sentir seu desespero,
não distante do que já senti das vezes que me olhei no espelho, perdida, criando coragem pra mudar o que me fazia infeliz.
A luz da lua brilhou
e chamou minha atenção
Na beira do mar,
a caminhar...
Chamou meu coração...
Ela olhou para mim
Olhou no fundo do meu ser
Sei que viu o mesmo brilho
que continha nela, que motiva a viver.
As pessoas são como o mar
que se imagina e se supõe as suas profundezas...
Nunca se sabe as surpresas boas ou más
que se escondem bem lá no fundo.
Cika Parolin
Há mar.
Há mar cuja beleza é iridescente
Quente ou fria
Não consegui ficar na areia,
A chuva cai como um pranteador
enchendo meus sapatos
Nada podia fazer para impedir
Da tragédia entre o temer e o destemer
Só restou-me um funeral
De quem não quer deixar-te partir
E em ondas jamais sentidas antes,
Afoguei-me, perdi-me
No mar da tua totalidade
Na imensidão dos teus olhos castanhos
Na selvagem maré do des-conhecido
Na nudez da tua alma
Na doçura da tua despedida
Que de repentino
ou de tão perdido
Encontrei-me.
Anjo ...
Inda estou vestida de azul e
despida mar adentro
Não me roubes os sonhos que já
desenhei tão intenso.
Ao mar lancei!
Ao mar me lancei...pra ti...
Entreguei -me a ti ...O amor não senti...
Sufoquei a minha dor... No meu coração...
Estendi a minhas mãos em vão...
Procurei seu olhar...Mais perdida fiquei ...
Teu amor eu pedi mais não obeti...
No mar me lancei e afoguei...
As magoas do amor que por ti ...
A ancora joguei e la fiquei..
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