Manual de Sobrevivência
Apesar do emaranhado de fios desencapados no cérebro e a complexidade de expressar sentimentos e emoções, a mulher tem o encanto no olhar, a suavidade na voz, a leveza no toque, a maciez na pele e, tantas outras coisas, que faz do homem apenas um ser rude e ultrapassado.
Orgulhe-se de si mesma,
você sabe a sua trajetória,
os obstáculos que ultrapassou e,
de como colocou em prática
o que ouviu na infância:
"engole o choro e se vire!"
Você é única e insuperável
e não importa
a opinião contrária.
Se alguém se enamorar por ti, que seja pelo que você é, pelo seu modo de agir, por sua conduta e o seu jeito de ser e, não por nada que tenha, por mais belo que possa parecer mas, se for para enamorar por algo, então que seja pelos teus olhos, pois eles nunca vão envelhecer.
O ego ferido é apenas uma necessidade de controle e poder, de nos sentirmos valorizados. Em geral não depende da ação alheia, mas da nossa próprio autoestima.
É fácil se encantar
pela aparência jovem e bela
e, pelo corpo, aparentemente,
perfeito. Difícil é enxergar
o outro como é, o seu
modo de agir, a sua conduta
e o seu jeito de ser.
Algumas pessoas
não querem muito:
apenas que as ouçam
com atenção,
que complete
as suas frases
eentendam
o seu silêncio.
Não se questiona se as borboletas são exageradamente belas,
nem se elas se expõem,
apesar da aparente fragilidade, cabe apenas admirá-las,
à distância.
Machado de Assis imortalizou a expressão “olhos de cigana oblíqua e dissimulada” ao descrever Capitu, mas a mulher na janela pode ter uma luz infinita no olhar, capaz de iluminar uma casa inteira ou uma vida obscura, como a minha.
Nossas necessidades são realmente elásticas. Enquanto uns querem a manutenção do supérfluo, outros querem apenas sobreviver.
Resta esperar que os algoritmos aprendam respeito e afeto, porque
a indiferença já é um comportamento coletivo.
Só há perda quando deixamos de ter acesso
a algo realmente importante ou a alguém que nos respeite, admire e valorize.
"Todo mundo morre, mas ninguém se vai. Alguma coisa fica, talvez a melhor parte. Afinal, neve é só neve quando cai, e todos nós vamos derreter um dia. Um senhor triste uma vez disse: 'O que sobrevive é o amor.'"
Além do animal que teme a morte, existe um ser que deseja ser aceito, amado. O que acontece na vida são apenas consequências desses desejos.
Devemos sempre pacificar os brancos e suas tolas e infrutíferas idéias de manipularem a liberdade. Não conseguimos cercar os rios e pensar que eles continuaram a conversar com a flora e a fauna, sob o mesmo tom. O índio é assim, dócil e livre como toda a vida da natureza, selvagem e sobrevivente.
O amor, contemporâneo
ou atual, brota em qualquer canto, feito erva daninha, mas não resiste aos dissabores da vida real, sendo eterno numa realidade virtual.
