Maldita
Eu sou tudo que tu não precisas na vida.
Confusa, indecisa e, além de tudo, tem a maldita distância.
Precisas de alguém que seja capaz de te botar um sorriso verdadeiro no rosto; eu só posso te dar um nó na garganta.
Não entendo porque caiste de meu rosto lágrima maldita, este choro sem motivo me faz sangrar por dentro.
Herança maldita de uma alma colonizada, o brasileiro, filho do latifúndio cultural, trocou o libré do barão, que fingia a classe francesa no salão de visitas, pelo jeans rotoso do cowboy ianque na tela do celular.
Se antes ele engoliu, sem digerir, o luxo de Versalhes, hoje mastiga, sem paladar, o fast-food de Hollywood.
Nesse pandareco tropical, onde a identidade é falsa e vestida como fantasia de outlet, onde o samba de raiz é embalado em plástico-bolha digital pra ser entregue como experiência cultural, e o forró virou trilha sonora de app de delivery, tudo é branding, tudo é pitch, tudo é mindset.
O gerente se chama leader, o chefe virou head, e até o cafezinho foi promovido a coffee break.
Em vez de ideias, fazem brainstorm. É tanta sigla em inglês que o trabalhador já esqueceu como se pede um aumento em português.
E nesse co-working de muros baixos e inglês improvisado, confunde-se exploração com oportunidade, e subordinação com sofisticação.
Ás vezes tento te tirar dos meus pensamentos, apagar o seu rosto, não dizer o seu nome. Mas maldita seja a paixão que me impede de fazer sucesso em tais tentativas. Minhas palavras são teu nome e minhas memórias são o tempo que passei junto a ti. Diga-me, então, se tenho condições de viver assim; com o coração assustado e perturbado.
Procuro em outras pessoas o seu rosto, as suas doces palavras, o seu doce sorriso. Procuro em outras pessoas seus atos carinhosos. E eu até consigo te esquecer por uns dois ou três minutos. Mas, doravante, tudo volta; parecendo estar mais forte, intensa. É essa paixão que não me deixa viver em paz.
Tento sentir ódio, rir da tua tristeza, mas minutos depois que esses pensamentos chegam a minha cabeça e somem como chegaram - surpreendentemente rápido e inesperadamente - e eu percebo o quão ridículo foi ao menos imaginar que eu poderia te odiar. Que eu poderia parar de te odiar.
Mas eu continuo tentando, a cada dia, te esquecer.
Porém, a cada dia que passa, ao invés de te esquecer, eu te amo cada vez mais.
Maldita é a herança de parentes quando antes falava com amor e depois da ambição agem com ódio e falsidade.
Eu fiz
Eu coloquei meu sangue em um pedaço de papel, escrevi cartas e palavras de amor para você
Eu implorei, eu rezei, eu fiz coisas loucas por um pouquinho do seu amor
Eu diria que eu era mais louca do que qualquer um seria por você
Eu pensei que você me acumulasse assim
mas eu vi e percebi que eu não me amo o suficiente
e eu vi que ninguém me ama assim também
o amor não é implorado, não é rezado e não é amarrado
Eu sou uma pessoa feliz mas às vezes, na calada da noite, me encontro me afogando no vazio eminente do meu quarto, da minha alma
eu me comunico quando você vai me responder, mas eu só ouço um vazio, um vazio que nunca terá uma resposta, porque você foi embora.
Ela estava quebrada, apática
a boca era seca, apenas os olhos se contrastavam, emanando um rio de lágrimas
ela se perguntava quando iriam salvá-la
a resposta era não, não e não.
O QUE NÃO MORRE
Eis o que não morre
Pois tem suas garras cravadas na garganta do tempo
Ela está entre a humanidade desde o início dos tempos...
Fera que ronda a terra
Louca besta devoradora
O mundo teme suas garras afiadas
Rasgando ventres vazios,
Infernal sempre é sua presença
Arrastando quem há tanto tempo não come,
No prato vazio revela seu nome
O maldito nome é: Fome... Maldita fome
Fome.
Uma vez uma senhora disse que não gostava quando achava dinheiro. Na época, não entendi. Com o tempo, a vida me mostrou que nenhum benefício que causa prejuízo a alguém vale a pena. Não podemos ser beneficiados com o prejuízo dos outros. A vantagem indevida é maldita e amaldiçoa toda nossa vida.
APENAS PALAVRA DITA
Palavra dita é ... singular... subjetiva...uma forma de verbalizar o pensamento humano.
Um toque de mel...de gentileza...de sutileza... e a palavra dita poderá:
P otencializar
A bençoar
L ibertar
A brandar o coração
V alorizar
R enovar o espírito
A animar a alma
D ecantar o mal
I ncentivar
T ranquilizar
A calentar a dor
Palavra dita ao vento... com desdenha ... com fel ... poderá:
P erturbar
A bater um sonho
L esar o outro
A doecer a alma
V ulgarizar
R eprimir
A gredir
D eprimir
I Ludir
T orturar
A gigantar o mal
A palavra dita é um instrumento dual poderoso, que constrói ou destrói.
Antes de dizer algo,seja o outro...assim poderá sentir como suas palavras ditas serão recebidas.
Palavra dita já foi dita ...não temos uma fermata que possa fazer o tempo voltar para mudarmos o que foi dito...assim o que se é dito sem pensar...não terá tempo para repensar...e retificar.
Palavra dita impulsiva ... é maldita.
Que dor é essa?
Que dor é essa...
Que perturba meu sono e não me deixa em paz?
Que dor é essa...
Que machuca o peito, traz sofrimento, angústia, tira a minha paz?
Que dor é essa...
Que deixa meus olhos úmidos de tanto chorar?
Que dor é essa...
Desta ausência que não quer passar?
Que dor é essa...
Sentido da vida não consigo encontrar?
Que dor é essa...
Maldito abandono de um amor que não quer voltar?
Que dor é essa...
Porque tanto sofrimento se a vida tem de continuar?
Que dor é essa...
Que me entontece. Mas, que eu não sei explicar?
Que dor é essa...
Me sinto traída. Como você pode me abandonar?
Que dor é essa...
Uma revolta sofrida e retraída de quem tem visto a vida passar?
Que dor é essa...
De quem procura o amor sem nunca encontrar?
Que dor é essa...
Maldita dor que não quer passar?
Que dor é essa...
Que não me abandona e não consigo evitar?
Que dor é essa...
Que me persegue sem que consiga me esquivar?
Que dor é essa...
Em que a ausência não é capaz de me consolar?
Que dor é essa...
Me explica porque você não pode voltar?
Que dor é essa...
Sofro por saber que nunca mais vou ouvir você sussurrar?
Que dor é essa...
Hoje choro sonhando com um sorriso teu?
Que dor é essa...
A sua morada agora é a casa de Deus?
Que dor é essa...
Hoje compreendo o real significado da palavra "Adeus"!
Porque de todos os homens importantes em minha vida...
Moreno de olhos cor de folha seca...
O sorriso mais bonito, meu avozinho era o seu!
Em meu coração sua lembrança permanecerá por toda minha vida.
Eu te amo e onde quer que você esteja...Eu sempre te amarei.
Saudades!
Disponível em: http://sentimentosinteligentes.blogspot.com.br/2014/10/que-dor-e-essa.html
