Macio
De outro mundo
Tão macio quanto o algodão,
Tão cristalino quanto a água de uma nascente,
Tão puro quanto o ar rarefeito das montanhas do Himalaia,
O amor que tu carregas em teu coração deve ser de outro mundo.
Pura e plena
O coração dela é macio como algodão,
o olhar dela fala palavras com sabores tão doces quanto os de sorvetes,
tocar o corpo dela é a mesma coisa que interagir com a natureza com profundidade e depois sair da própria sem palavras.
Só conhecemos o significado da palavra Vazio quando dormimos no seu colo macio e cheio de espinhos.
O SAPATO E O CAIXÃO
Acolchoado, reluzente, macio!
Escalavrado, plenamente, esguio!
Nobres salões, multidões, sucesso?
Entre moirões, solidões, retrocesso?
Alardeado, aciado, petulância!
Acanhado, laciado, só andanças!
Emoldurado, lustroso, escotilha!
Todo apagado, opaco, caixilha!
Finas pompas, interesses, doentio!
Almas prontas, muitas preces, plantio!
Se eu pudesse, sentiria o teu cheiro
no teu pescoço macio,
acariciaria os teus cabelos,
nos teus cachos me perderia,
és digna dos meus sentimentos sinceros,
provocas em mim uma euforia
difícil de resistir
e ainda que fosse algo fácil,
não gostaria de conseguir.
Queria acariciar os teus cabelos
e no teu pescoço macio,
poder sentir o teu cheiro agradável
com um desejo intenso e insaciável
até te fazer suspirar,
como um ato de prazer e amor
na simplicidade do que é amar.
VOU AO TEMPLO
Demétrio Sena - Magé
Vou ao templo sentir a brisa mansa
que desliza macio das montanhas,
pra sorver esperança em goles lentos;
pra beber os perfumes da folhagem...
Louvarei o silêncio musical
dos riachos; dos pássaros nos galhos;
do frescor matinal; das tardes brandas;
noites plenas; fechadas ou de lua...
Só não sei até quando haverá templo,
pois os templos inúteis mundo afora
são maiores que flora e fauna junto...
E ninguém nesses templos nem atina
que ninguém lhes ensina sobre ter
liberdade; respeito à natureza...
... ... ...
Amor suave, macio
e perfumado como
campos de aveia é
o nosso amor que
celebramos até
onde não houver
momento porque
passamos por muitas,
e mão um do outro
jamais abriremos.
Percebo o amor chegando macio,
Bem devagarzinho, ao jeito,
Ao ponto de me fazer crer nele,
E no universo íntimo e acalorado.
Eu busco no calor das tuas mãos,
No aconchego das tuas letras,
Ser mulher, ser poesia e ser alma;
Ser tua – nua – e com muita calma.
Sinto como nunca tivesse ido,
Bem devagarzinho, ao ponto,
É o jeito de me fazer crer nele,
E no juramento sussurrado.
Eu busco no calor do teu peito,
O alento que só ele pode dar,
No ritmo do teu jeito de amar,
Não canso de te buscar...
Amar é condição que se assume,
- é sopro de vida – é existir;
Um doce viver para alguém,
É dádiva de querer além do Bem.
Amar é santidade,
- liberdade
De viver de eternidade.
Amar é sobriedade,
- liberdade
De viver além da felicidade.
Sou o teu anjo que habita o teu paraíso de provocações, Esse macio caminho já está sendo escrito repleto de sutilezas e nossas seduções...
Sou seu bombom
Vem me pegar meu docinho
Me rasga todinho
Me deixa derreter
Sou macio e cremoso
Super saboroso
Vem me comer
Morde devagarzinho
Me quebra aos pouquinhos
Me come todinho
Nem que for escondidinho
Sem ninguém saber
Sou docinho
Tão gostosinho
Todas querem me morder
Vem meu docinho
Sou seu bombomzinho
É só comer.
Teu jeito sereno
e macio lembra
o Cupuaçu divino,
A minha presença
faz parte do destino,
Muito além do que
deseja e pensa,
não é sobre poema,
é sobre existência.
Ela me encara. Uma visão etérea na luz suave, ela levanta a mão hesitantemente e traça meus lábios com as pontas dos dedos. Eu congelo, fechando meus olhos enquanto seu toque macio reverbera pelo meu corpo.
Tudo de que as crianças precisam é amor, um adulto para assumir a responsabilidade por elas e um lugar macio para repousar.
Quando teus lábios tocam os meus
meu corpo arrepia.
Minhas mãos estremecem .
Quero sentir logo teu abraço
que alivia meu cansaço .
Tua pele macia me faz enlouquecer
de amor e prazer...
Você toca minha alma e me faz te querer.
Teu olhar me faz perder os sentidos,
de um jeito que fico perdida.
Então vem... não faz assim!
Beija minha boca,
e não sai mais de perto de mim...
Vamos por fogo no corpo e na alma
e vamos ser apenas um, enfim.
Aqui e agora
Peço extrema urgência e atenção: seu veículo lúcido será bloqueado.
Enlouqueça se for capaz e perca-se de si e dos outros. Jogue fora tudo de dentro e entale coisas de fora. Sujo e macio. Aqui e agora.
A morte de si para o mundo e a morte do mundo para o extremo imperfeito. Coisas que acabam antes do tempo, que apagam antes da chama, que clamam e choram antes da lágrima, que corroem espesso.
Peço extrema forma e audição: seu ego será violentado.
Deixe que escorra e mova-se pra frente e pra trás. Faça movimentos rápidos e fortes. Quente e úmido. Aqui e agora.
O que nasce de si para o outro, o que nasce do outro para o próximo.
A noite entrelaça o profano, que a lua ilumina no canto escuro do quarto cenário, de prazeres tendenciosos e gestos do avesso.
