Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar
O RIO
Todos os dias...
Um rio passa por aqui
a todo momento e hora
flui correndo, correndo...
Fazendo... Redemoinhos e quedas
e em suas curvas devagarzinho
a noite e no frescor da aurora
ele vai para o mar, ele vai embora.
Todos os dias, esse rio esta ali
e ao mesmo tempo, se vai...
Mas volta com suas voltas
e de suas voltas, não sai.
Em suas margens, quanto verde!
tanto peixes em sua rede
um dia desse o rio se vai
e para de matar a sede.
Antonio Montes
BANZÉ
Sacode, sacode o bode
pra parar de bordejar
esse pobre bode, esta de porre.
Bode de porre, comove
em seu implore, nem pode...
Ser pobre, não tem esnobe.
Um dia, esse pobre bode, escapuliu
subiu no prego, e comeu a banana do café.
Antonio Montes
As dificuldades e desafios de hoje
são resultados de nossa escolhas de vida
Ainda que estejamos errados em nossas opções,
há sempre a possibilidadede de se aprender e arrepender,
retomando e reparando o que for necessário
para obtermos a vida desejada
e os resultados que tanto aguardamos e desejamos.
O sol com certeza terá brilho maior e melhor
e o céu um aceno de agradecimento e aplauso,
pela atitude corajosa e despojada,
de valor e amor!
Ainda que a liberdade nos custe caro,
vale mais viver exercendo a própria e soberana vontade,
que submeter-se ao jugo de quem quer que seja,
tornando-se servil e abstrato.
"Escolhemos lutar!
Nós amamos ser livres.
E por piores que as opções nos pareçam,
mesmo que nos vejamos sem saída,
ainda nos resta escolher o que vamos fazer na situação difícil:
se vamos lutar ou nos entregar.
É, justamente aqui, que jorra uma força, uma energia, um poder,
pois um milagre acontece cada vez que alguém se supera
e tira o bem de onde os outros só viam maldades
ou não viam nada.
O céu faz uma festa quando nós nos recusamos
a ser escravos da tristeza e da depressão.
Deus salta de alegria quando nós escolhemos
nos levantar mesmo contra as expectativas de todos a nossa volta."
(Marcio Mendes)
SESSENTA
Já fiz sessenta
Agora sou adulto
com formação de velhice e tudo.
É... Cheguei aqui, estou vivo sim!
E tudo que aprendi...
Aprendi com o mundo.
Apanhei de palmatória...
Meu pai, mina mãe, não passavam
a mão sobre a minha cabeça,
e hoje eu agradeço-os, pois com isso...
Aprendi a ser da hora
e não dá cesta.
Penei com meu indulto de vida, mas
aqui, poderei ampliar a maluquice
... Ser velho, é querer ser jovem criança...
Até brinco de esconde-esconde
pena que hoje, a minha
parceira, é a tão esperada saúde.
Aprendi a temer a esperança,
voar na paranóia...
D'aquilo que hoje tornou-se grude.
Recebi um bilhete do presente...
Usando óculos de graus,
e mãos tremulas...
Eu li as cláusulas dos meus apegos...
Minhas manias
meu tempero curto
o silencio p'ro meu pensar...
E o chorar pelo viajar
dos novos defuntos.
O bilhete me chamou de museu
e ainda disse que as coisas...
As minhas coisas!
São misturas, mais que eu.
Ora bolas... Mas que bilhete audacioso!
Eu já fui criança, jovem feliz,
Ao comer, já mordi, pedaço de carne
segurando-o com, as minhas mãos...
Já brinquei de bola de gude,
já tive pião, estilingue, bola peteca
já pulei corda muro amarelinho
já rascunhei o mundo
apenas com um pedaço de giz.
É... Já fui feliz, sim, sim!
Muito feliz.
Antonio Montes
O SALTO
Gato no muro
n'um pulo...
Saltou do outro lado
mundo gato
gato mundo
pula tudo
pula mudo
da à volta
salta a porta
anda, desanda inventa...
Por quinhentas ventas
por milésimas bandas.
Antonio Montes
COISINHA
Sabe coisinha...
Se não fosse, tantas coisas!
Eu iria comprar uma coisa.
_ Que coisa! Coisa p'ra que?
_ A coisa, p'ra coisá por aí.
_ Por aí... Por onde?
_ Pela estrada pela rua
pela linha de bonde.
Pelo dia e fantasia
pela noite que se zua
na gola na prata da lua
no açoite da gula sua.
Antonio Montes
(27/11/2017)
Nova semana se inicia,
que seja de muitas graças e alegrias.
Alegria de estarmos juntos e comemorar novamente
"o milagre da vida"
A vida pede urgência no trato de conquistas e coisas boas,
tempos harmoniosos e felicidades almejadas.
Este tempo se chama:
"momento presente",
tempo de colheita do que plantamos em sonhos,
e ansiosamente aguardamos como verdadeiro presente de merecimento,
agradecimento e amor.
Vamos...,
o dia nos aguarda para abraçar e,
seguir o caminho da vida no amor e na paz!
ALVORECER
No horizonte distante
morre o sol atrás dos montes,
a terra sucumbe nossos pés...
e o silencio sobressai aos sentimentos.
Vem a noite o rompante
... Surge a lua, triunfante...
O amor, encrua no quarto.
A ganância expande nas ruas...
Dias noites, momentos efêmero
Sol brisa, bolhas...
Sobre a linha do mar atenua,
as velas de um navio, uma canoa
cascatas de ondas, ventos, garoas...
redes, e esteiras de taboas.
Quirela de milho, charque uma boa broa...
Os astros circulam suas linhas
estrelas seguem o rei.
A tarde vem para atender as decepções
dos sonhos, e se deita sob a noite, para
sanar o cansaço mental e físico.
Tudo gira nada para de correr
cada mundo em seu mundo, cada ser...
Todos e tudo cada um, cada você,
Se você tomba, seu mundo para ti,
deixa de alvorecer.
Antonio Montes
CLÁUSULAS DO PODER
Quem fez, quem não fez...
Quem fez... Quem não fez!
E a demanda segue pelos bastidores
de suas leis, e nesse emaranhado todo,
mesmo quando vão presos, saem em
poucos meses. Nem com foto, nem com
filme, gravação aprova... A prova da prova
dos mandões desviadores do poder, onde
eles próprios, estão mais preocupados
em editar nas leis, cláusulas que lhes safem
dos seus fardos do que arrumar algo bom,
para a população.
A democracia esta ai, toda rendada, as
condenações d'ela é rede p'ra peixe pequeno
e só pega, aqueles que não tem nada, nada
do país. E a grande população dança com
chamego todo vesgo, tanto imposto, tanta
terceirização, os poderosos da democracia
terceirizam até mesmo, a sua profissão
seu cargo, seus embargos e os bam, bam,
bans... Ganham com isso, uma duas três e
muito mais vezes do que deveria de ganhar.
Seus atos ilícitos, seus caminhos farpados...
Seus jogos fictícios, seus falsos mandados...
Tudo para desviar e perseguir os salários dos
assalariados. Quem fez, quem não fez...
Quem fez essas leis, tão áspera aos pobres!
quem fez essas proteções aos desviadores
ricos... Os grandes nobres que pegam de cá
o que não é deles... Para depositar do lado
de lá.
Antonio Montes
Bom dia
alma gentil e delicadamente bela!!!
Em cada alma que vibra,
Há um miraculoso jardim
tão grande, quanto nobre e salutar.
Nele regamos nossos propósitos e emoções,
com lágrimas que brotam do coração.
Nosso jardim interno é cuidado com carinho e esmero e,
as flores que aqui o embelezam
tem perfume, beleza e enigmas peculiares.
O jardim de cada ser
é a bela paisagem que se abre toda noite
para se revelar em sonhos
o que a imaginação não consegue alcançar
e os sentidos apalpar.
Nosso jardim da alma é:
mágico, miraculoso com encantos mil
que nunca se perca ou turve a visão
que paira em nossa imaginação:
"do nosso jardim em flor!"
O Capitulo da vida continua
O que escreveremos nele hoje?
Bom dia anjo de luz e paz!!!
Desarmônia ou dúvidas?
Se dá quando quebramos a harmônia que nos rege:
a música para de tocar, a dúvida paira no ar
instala-se aos poucos a desordem.
De dúvida em dúvida aumentam-se os degraus que levam a lugar nenhum,
chato é ter que recomeçar cada nova etapa ou fase de vida,
procurando saídas por onde nem sabemos como entramos,
mas estamos embalados ou enrolados
em dúvidas, dívidas e outras armadilhas de percalço.
O fio da meada estará onde sempre esteve...
Ainda que tenhamos que recomeçar o caminho uma dezena de vezes, não importa!
Precisamos nos ungir daquele pózinho mágico que se chama: paciência
para poder enxergar o caminho,
quebrar paradigmas,
interromper, finalizar ou iniciar ciclos.
Para retomar o caminho que conduz ao destino: "verdadeiro e certo Porto Seguro"
E lembre-se " O sol há de brilhar, não apenas uma vez,
mas todas as vezes que seu caminho precisar de brilho e luz!"
PATO NO CARDÁPIO
O pato esta no cardápio...
No cardápio sem lago sem nado,
sem suas penas sem voar...
E sem o seu espaço no ar.
Esta no cardápio... Cardápio lindo!
Cardápio colorido, com letrinhas
com laço, onde ali, ensina o que há.
O pato esta no cardápio...
Assado grelhado,
temperado com salsa, cebolinha...
Com olho, cebola e açafrão.
O pato esta no cardápio...
Cozido ao molho,
preparado sob folhas de manjericão.
Esta no cardápio... Sob sal, vinagre,
vinho tinto, daquele que nos faz miragem.
O pato, esta no cardápio, ora veja...
Na bandeja, em cima da mesa...
Acompanhado com taças de cervejas.
Antonio Montes
Nasci para fazer história e para incentivar as outras pessoas a escreverem as suas próprias histórias.
Oieeee...
olhe o final de semana chegando novamente
Vem todo elegante trajando vestes de encerramento de ano!
Bom dia, bom sábado!
Final de semana....hummm
O dia é de alegria e relaxamento,
cuidar com carinho da gente mesmo,
dar-se um tempo,
que o tempo à seu tempo corre,
e não permite paradas,
sob risco de ser atropelado pelas próprias obrigações
e compromissos como sempre "inadiáveis".
É a vida corrida que pede,
para se chegar incólume ao final da jornada.
Então hoje o tempo é todinho seu
para usar e abusar com direito até
de se desfrutar em ver o tempo passar.
Legal, né - dizem que o tempo vale ouro.
Ate agora, pelo menos, não achei o tal de ouro
encravado ou escondido no meu tempo.
De qualquer forma,
seja qual for o tempo vamos fazê-lo valer,
brilhar e com orgulho lembrar de todo tempo que se foi,
e deixou apenas o baú de recordações,
pintado e bordado com a palavra "ouro!"
VALA DE OSSOS
Descobriram n'aquela vala antiga
uma pia de ossos de gente...
E algumas casas de formigas.
Os ossos, todos iguais,
com exceção, da diferença de tamanho
mas na cor, todos brancos e com certeza
... As lagrimas de todos, eram d'água.
Ossos, todos esqueléticos,
sem pele, sem sangue, sem carne
Não dá para saber as cores dos
olhos e da vida dos donos...
De quem vivia em castelo
ou de quem vivia em abandono,
quem era pobre ou rico...
Católico, crente ou descrente
quem nasceu primeiro, ou depois
a única diferença que se dá para notar
é d'aqueles que urinavam no penico.
Aquela vala cheia de ossos de gente
é mesmo aquilo que pode se falar...
Que aqui, somos todos inocente!
Que somos iguais perante a terra
e que todos um dia, irão se acabar.
Antonio Montes
TRUPE DE VENTO
Um trupe de vento passou por aqui
vindo, não sei de onde,
Indo... Sei lá e não sei se esconde
... Sem asas sem bonde,
Sem respeitar saia de moça
nem charuto de conde.
Esse vento, ouriçou placa...
Bandeira, roupa no varal!
Provocou... Carreira em potro,
tombo de bêbado
e voar de pombos.
Levantou pipas da molecada
poeira das estradas e atiçou...
Atiço areia sobre as águas.
Aquele trupe de vento que passou por aqui
.... Vindo não sei de onde...
Fazendo corrupio no cisco,
alegrando, cardumes de piabas dos rios...
Pássaros no estio,
farfalhou as folhas
disparou as hélices eólicas
espatifou o bocado da farinha antes da boca
ouriçou os cabelos da velha louca
e badalou os sinos das igrejas.
Aquele trupe de ventos que passou por aqui...
Passou trazendo águas e nuvens
levando as chuvas
alegrou, melou os olhos
Destampou as rolhas,
farfalhou as folhas...
Aquele vento que passou por aqui,
abrindo porta e fechando janelas...
Serpenteou por todas vielas!
Urrando que nem lobo...
Rangendo que nem dentes
esturrou, como se fosse um leão.
Aquele vento que passou por aqui
chiou venenoso, que nem serpente
desfez, procissões e saravas
jogou cisco na cuia do almoço
no momento de cear...
Despedaçou exame de abelhas
desmanchou rasto de ratos,
destrambelhou, voar de pato
provocou e oscilou as ondas do mar.
O bando de pássaro se foi com ele
voltou por causa dele
as borboletas ficaram alem dele
aquele vento, levou as velas da canoa
e o canoeiro, perdeu o dia de chegar.
Antonio Montes
QUANDO MORTO
Claro que os animais,
com alma ou sem alma
quando morto, suas almas,
não nos assombram...
Nem nunca irão nos assombrar!
Pois vivos, são ininterruptamente,
assombrado por nós.
Nós os assombramo-los
o tempo todo, todo tempo...
Com nossas ações, nosso dividir
e nossas ganâncias para com eles.
Os animais vivos...
Vivem o mártir o flagelo
a prisão sem condenação
noites longas de escuridão
e dias muitos amarelos.
Muitos das vezes
eles vêem a óbito amarrados,
fechados, engaiolados
e tudo isso é claro...
Sem nunca terem sidos, condenados.
Antonio montes
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