Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar
O terrorismo que mais me preocupa é o terrorismo psicológico que praticamos todos os dias uns com os outros.
Sinto a alma vendida,
quando começo a escrever...
E nesta venda assumida,
vendo palavras em vida,
pagam-me quando eu morrer.
Costumamos dizer que "as pessoas não precisam dos outros quando têm algum dinheiro." Esse conceito, além de estar muito longe da verdade, contribui ainda mais para o egoísmo das pessoas, para a desunião das famílias e para a solidão de quase todos.
Vou fazer de conta que já me esqueci
dos dias mais quentes, das noites mais frias;
mas no fim de contas, o que faço aqui,
neste catavento cheio de avarias...?
Sopram na aragem ventos duma sorte
que tanto dominam laços corrompidos;
e vindos do nada, passam com desnorte
pelo catavento, junto aos meus ouvidos..
Faço que não oiço, porque fiz de conta
que já não sou eu, nem me reconheço;
oiço esses zunidos, com a cabeça tonta,
dou-me ao manifesto, dão-me qualquer preço...
Porém, contrafeito, tão-pouco me valho,
nesta condição, com um ar cinzento;
sou mais um andrajo, pareço um bandalho,
junto ao velho eixo deste catavento.
Temporal
Se esta chuva não parar,
durante esta madrugada,
amanhã não faço nada,
e tenho o feno pra ceifar.
Se esta chuva não parar,
o terreno fica alagado;
fica o gado sem pastar,
na pastagem do meu gado.
Se estou apoquentado,
durante esta madrugada,
canto uma letra dum fado,
ou um cante à namorada.
Toda a chuva vem molhada,
prometendo a boa vida...
Amanhã não faço nada,
nem cuido da minha lida.
Talvez tome uma bebida,
enquanto a chuva durar;
cai a chuva bem caída,
e tenho o feno pra ceifar.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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