Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar
Os encontros por aparências são temporais, por sentimento, são perenes, mas somente através das almas serão eternos.
Dizem que os homens se encantam pelo que vêem, enquanto as mulheres, pelo que ouvem, mas na verdade, ambos se encantam pela forma como são tratados.
O que mantém um relacionamento maduro não é o amor, é a reciprocidade, como um equilíbrio nas trocas.
Todas as coisas, boas ou ruins, são passageiras, mas as emoções e sentimentos serão perenes, enquanto fluirem.
Você é uma miragem, um oásis num deserto, o que me faz pensar que vai desaparecer, quando eu acordar.
A beleza não é apenas aquilo que nos desperta admiração ou prazer, mas é uma manifestação da existência que independe de apreciação.
Talvez a imortalidade esteja na capacidade de nos perpetuarmos, não em nós mesmos, mas noutros seres, em geral, mais aperfeiçoados, geneticamente melhorados, o que é ainda mais especial nas mulheres, além da multiplicação da beleza, na certeza de que parte de si mesmas, pulsam noutro ser.
O relacionamento é bom quando alcança o interesse comum, quando completa, preenche e transborda, de forma mais divertida do que complicada.
Que bom que você existe e com você todos os teus sonhos, planos, ideias, vontades e desejos.
Que bom que você existe e com você a tua voz, o teu calor e o teu cheiro.
Somos como seres celestes numa trajetória definida e, por alguma razão, passamos tão próximos, mas não fomos atraídos pela força um outro e seguimos orbitando outros seres, como os astros fazem ao redor do sol, olhando sempre na direção um do outro.
Somos o que pensamos, o que desejamos com toda a nossa força, o que fazemos, como a soma das nossas atitudes e não das nossas palavras. Não somos resultados do passado, das conquistas ou fracassos, nem daquilo que possuímos. Somos frutos das nossas crenças, da nossa índole e da prática de nos tornarmos melhores, não em relação aos outros, mas a nós mesmos.
SEM PAPAS NA LÍNGUA
Às vezes a boca fala o que o coração não sente
Geralmente mais bobagens que coisa que se aproveite
Se respirássemos descemos um tempo
Não haveria tanto desentendimento
Respirando o cérebro areja respira
Desiste de controvérsia,suscita uma conversa
Dá um tempo para o raciocínio
Posterga o egoísmo deixa de ser burro
Passa à ser ladino
À pressa da resposta a razão não se posta
O bom senso dá as costas
Fala-se muito pensa-se pouco
Transforma o simples em complicado
O lúcido me louco
Na busca da razão perde-se a razão
Tenta-se consertar tudo passando sermão
Se acreditando o dono da situação
Pensa saber tudo,impossível,mera ilusão
Acreditando saber tudo nada sabemos
Por não entender que nada sabemos
Nos opomos fechamos os ouvidos
Falamos mais ardido
Para que nossa vontade possa ter prevalecido
Ninguém ganha ninguém perde
Menos a razão e o bom senso que se fere
O orgulho e a vaidade superam a inteligência
Parece que venceu mas é tudo aparência
Quem me dera tivesse o dom de usar as palavras baldias, aquelas em desuso, sem o vício da eloquência, sem o peso da malícia e que jamais fossem vazias.
No Brasil, um país terceiro-mundista, Allan Kardec é quase leitura obrigatória (e Chico Xavier um “Deus”). Na França, onde ele nasceu, viveu e implantou suas teorias (de ficção), nem os presidiários franceses querem saber, não figurando nem entre os 15 finalistas.
Um relacionamento se assemelha a um edifício de vinte andares. Para construí-lo demanda muito tempo. Para destruí-lo, bastam alguns minutos.
