Machado de Assi Poema a Carta
Ela fala do ex dela comigo, eu falo da minha ex com ela,
Ela diz que não está pronta, mas que eu fui a escolha certa.
Diz que eu sou maluco, mas que eu sou legal,
Que a primeira tem que ser especial.
E eu que acha que sabia tanto, me vi menino frente ao flanco,
Com medo, mas registando, confuso, mais confiando,
Perdido, mas te olhando, apreensivo, com as mãos suando,
Pra mim tú é louca, não te pedi mas tô gostando,
Minha vida tá uma zona e você vem arrumando.
E sério, eu já fui mais organizado, menos conturbado, menos desastrado,
Não sei o que viu em mim, você trata tão bem, me chama de teuzim,
Não me apresenta pros seus pais, eu inda não tô afim,
não se entrega assim, segura a onda e confia em mim,
Como assim? Nossos planos? Nossos filhos?
Quer que eles tenham meu sorriso?
Parece ser ridículo, mas não cheguei nesse capitulo.
Não me coloca medo, que eu mudo de livro.
Me deixa livre e eu vivo, me deixa vivo e leio o livro.
Aprenda a se portar, sexy sem vulgar,
Transe so olhar, sem ao menos encostar,
Me faça delirar, me faça desejar,
Tirar sua roupa pela casa e tirar os moveis do lugar.
Se isso que tú quer se é o que eu tô pensando,
Cancela os planos, vamos e corta essa de eu te amo.
Se o chorão disse que ela vai voltar,
Se jesus já disse e pra confiar,
Pra que vou duvidar? Pra que vou questionar?
O medo toma conta, mas não vai me dominar,
Minha fé está firmada nada pode me abalar,
Eu ti vou confiar, eu ti vou esperar,
Nesse mundo caído não vou me contaminar,
O mundo quer me engolir, o mundo quer dragar,
Mais minha força vem do alto nada pode me parar.
Se o senhor é o meu pastor nada pode me faltar!
Firma os passos me dá forças pra continuar,
Quem espera sempre alcança e quem planta colherá.
Ah Jesus é rei, ah ele é senhor,
Ah Jesus é rei, nele eu confiarei !
Deus escreveu e o destino bateu na porta,
Nossas linhas não se cruzariam se não fossem tortas.
E o futuro é aqui e agora,
Você sorri por fora, mas por dentro eu sei chora.
Guardou seus puros sentimentos
dentro de uma caixa e dançou por aí,
como se viver fosse fácil e o amanha não fosse existir.
à flor da língua
uma palavra não é uma flor
uma flor é seu perfume e seu emblema
o signo convertido em coisa-imã
imanência em flor: inflorescência
uma flor é uma flor é uma flor
(de onde talvez decorra
o prestigio poético das flores
com seus latins latifoliados
na boca do botânico amador)
a palavra não: é só floriléfio
ficção pura, crime contra a natura
por exemplo, a palavra amor
nevermore
fizemos piqueniques em Pasárgada
tramamos romances rocambolescos
nas praias mais improváveis.
cifras grifos dragões dalém mar
cuspiam fogo em nossa eros-dicção
você era mais luz: eu era mais treva
fomos quase felizes para sempre
antes que você escolhesse o dia
a hora o grand-finale do espetáculo
(ou não escolhesse: a morte é sempre
um pas-de-deux com o deus do acaso)
a prosa do observatório
o poeta esquadrinha a natureza
em busca de indícios: eclipses
o grafismo das garças no lago
estrelas cadentes e outros sinais
da língua de deus.
e deus, crupiê do acaso,
foi passar o verão noutra galáxia
deixou no céu uma guirlanda de enigmas
e mais meia dúzia de coincidências
pra orientar o frenesi dos tolos
e as especulações da astronomia
o espelho
do outro lado um estranho
faz simulações como se fosse
um demônio familiar
é sempre noite, um assassino sonha
com mulheres assassinadas em série
sob as palmeiras de Malibu
o mundo é só uma ficção plausível
a imagem que baila ao rés-da-lâmina
é um último e improvável vestígio
da existência de Deus
o resto são ecos de outras faces
gestos de espanto e despedida
a música dos relógios, a morte
conspirações
alguma coisa se desprende do meu corpo
e voa
não cabe na moldura do meu céu.
sou náufrago no firmamento.
o vento da poesia me conduz além de mimo sol me acende
estrelas me suportam
Odisseu nos subúrbios da galáxia.
amor é o que me sabe e o que me sobra
outro castelo que naufraga
como tantos que a força do meu sonho
quis transformar em catedrais.
ilusões? ainda me restam duas dúzias.
conspirações de amor, talvez não mais.
eternidade
para os estóicos o tempo não era
a mera caravana dos sucessos,
essa aventura quase sempre sem sentido
no rumo da anti-Canaã,
a terra onde não há qualquer Moisés
extravagando no Deserto dos Sinais
existe assim um outro tempo, imóvel,
no qual paira a palavra impronunciada,
o mito, sendo tudo e nada,
e idéias como flores ainda à espera
de outra Era ou só da primavera
e da decifração posterior
em suma, se os estóicos não criaram
um sistema solar irresistível
capaz de orientar a órbita dos astros
e as caravelas do conquistador,
em troca talvez tenham inventado
a melhor metáfora do amor
corações futuristas
pular a bandeira
pular a bandeira bordada
pular a bandeira bordada de seda e estrelas
rodar no balanço
rodar no balanço do mundo
rodar no balanço do mundo de sombras e
cachaça
dançar a ciranda
dançar a ciranda do sono
dançar a ciranda do sono perdido na noite
guardar o segredo
guardar o segredo da lua
guardar o segredo da lua afogada no poço
quase soneto cheio de si
ó minha amada, canto em teu louvor
como se fora nato noutras terras
mais adestradas nos bailes do amor,
em Franças, Alemanhas, Inglaterras;
canto-te assim com tal engenho e arte
que até Camões invejaria o fogo
com que me ardo, outrora degredado
entre mil musas lusas e andaluzas,
e agora regressado aos seus brasis,
ó minha ave, minha aventura
e sobretudo minha pátria amada
pra sempre idolatrada, salve, salve:
o resto é mar, silêncio ou literatura
Olhos de ressaca
minha deusa negra quando anoitece
desce as escadas do apartamento
e procura a estátua no centro da praça
onde faz o ponto provisoriamente
eu fico na cama pensando na vida
e quando me canso abro a janela
enxergando o porto e suas luzes foscas
o meu coração se queixa amargamente
penso na morena do andar de baixo
e no meu destino cego, sufocado
nesse edifício sórdido & sombrio
sempre mal e mal vivendo de favores
e a minha deusa corre os esgotos
essa rede obscura sob as cidades
desde que a noite é noite e o mundo é mundo
senhora das águas dos encanamentos
eu escuto o samba mais dolente & negro
e a luz difusa que vem do inferninho
no primeiro andar do prédio condenado
brilha nos meus tristes olhos de ressaca
e a minha deusa, a pantera do catre
consagrada à fome e à fertilidade
bebe o suor de um marinheiro turco
e às vezes os olhos onde a lua
eu recordo os laços na beira da cama
percorrendo o álbum de fotografias
e não me contendo enquanto me visto
chego à janela e grito pra estátua
se não fosse o espelho que me denuncia
e a obrigação de guerras e batalhas
eu me arvoraria a herói como você, meu caro
pra fazer barulho e preservar os cabarés.
Linda e bela flor
De tantas outras, é uma linda flor do campo, pura, meiga, gentil, solitária, misteriosa e ao mesmo tempo fascinante.
Consegue roubar a atenção em meio as formosas cachoeiras que Deus colocou ao seu redor.
A mais bela, a que mais me chamou atenção, que não me sai dos pensamentos, a que me move e acelera o velho coração.
Nos conhecemos com onze, treze, nada muda
Espero que, com dezesseis anos também estaremos todos iguais
Eu nunca fui o mais bonito ou o mais popular
Mas você sente ciúmes de tudo o que faço
O que eu fiz não foi para afastar ele de você
Foi para protegê-la, mas se você pode cuidar de si mesma, vá em frente
Mas eu sei que você não aguenta ficar longe, eu sei
Então vá, não olhe para trás, eu não vou está lá te esperando
Mas como diz o ditado, você nunca vai beber a água do mesmo rio duas vezes
E o rio sou eu, não seria o mesmo em dois dias, então aproveite hoje
Eu sei que nós nunca mudamos
Eu sei que estaremos sempre na mesma
Eu sei que sempre vamos errar
Sei também que você sempre irá voltar
Seguir em frente, você escolhe
Você está dizendo a mesma coisa desde fevereiro
Que você vê o que eu faço
Eu sei, e eles perceberam que você e eu estamos assim
Você e eu somos cachoeiras, fazemos a mesma coisa sempre
Notas graves tocadas tranquilamente
Café em dias de chuva
Somos quase perfeitos um para o outro
A perfeição está pronto para nós
O que realmente nos define é um incêndio na floresta
Nossos sentimentos em chamas
Eu sei que nós nunca mudamos
Eu sei que estaremos sempre na mesma
Eu sei que sempre vamos errar
Sei também que você sempre irá voltar
Em seguida, sentir a brisa, o cantar dos pássaros
Olhe para o céu, o brilho das estrelas
Ver o mar azul, o brilho dos teus olhos
Quando eu olhar para você como se estivesse em outro mundo
Ficar vidrado, não vai ser nem a primeira muito menos a última vez
É como uma moeda, dois lados, indeciso
As chamas atrás da colina, a luz no fim do túnel
Mostre-me seu sorriso, que eu lhe mostro coisas boas
Nós nunca namoramos, mas a nossa história é bem mais legal do que a de muitos casais
Portanto, não chore novamente lendo essa poesia
Eu sei que nós nunca mudamos
Eu sei que estaremos sempre na mesma
Eu sei que sempre vamos errar
Sei também que você sempre irá voltar
Mesmo que as estações mudem
Mesmo guerras acontecem
Mesmo que os carros voem
Mesmo que os robôs façam tudo
Você e eu ainda estaria naquela
Amigos ? Amigos !
Mesmo que o mundo acabe
Mesmo que o sol fique congelado
Mesmo que a paz reine
Mesmo se acontecer outra revolução
Nós estaríamos na mesma
Eu aqui e você aí
Tal Qual Lima Limão
Nesta lida de faz de conta
todo o santo dia escrevo um texto.
E assim ofereço aquém
decerto eu amo.
É a árvore brotando e eu vou
degustando de cada fruto antes que ele
caia ao chão evitando que machuque
ante minha opinião.
O fruto por sua vez doce,
também pode ser agridoce,
ou mesmo azedo tal qual lima limão.
Mas a gente com muito gosto
cultiva o fruto evitando que este caia
e se esparrame pelo chão.
Inocência perdida
"Na varanda onde me encontro, me vejo enfastiado e risonho
Olhando para o chão onde as crianças brincam e se sujam
Na ladeira a beira da rua movimentada pelo caos
De ladrões, facções, revoltas, lâminas e oitões
Cena nada bonita para uma criança e nem mesmo para um adulto
O mais incrível disso tudo é que todas as crianças enxergam as flores
As aves e o seu próprio reflexo no esgoto
Ou na poça de sangue
Quebram janelas com suas faltas batidas no futebol
Perdem-se em meios os becos no esconde-esconde
E o sentimento nostálgico faz-me contestar
Onde esta toda a minha inocência de antes?
Se foi quando?
Quando estava dormindo e tento mais um pesadelo?
Quando estava alisando o travesseiro e imaginando seu cabelo?
Quando estava mordendo a toalha e imaginando o pescoço de alguém
Quando?
Será que se foi quando eu traguei você
e a matei dentro de meus pulmões para que eu possa
Respirar o seu ar, e inalar o seu doce veneno?
Pode ser que ela tenha saído
Na noite em que me disse não
e virei um caminhão de uma bebida
Inflamável
Bem, não sei quando foi
Sei que como você
eu a quero de volta
De volta
Volta?
Volta, porque não aguento mais a desesperança
Da dor da lembrança, da inocência e manhas
Que tinha quando era criança
Quero voltar a ser como antes e ver meu reflexo na poça de sangue! "
O quarto em minha casa.
_Em uma vida em preto e branco
voce tenta existir,
sentado pelos cantos
sem querer dormi
sorrisos e prosas falças
onde nem devia estar,
tua força vem de longe
e nem loge chegara.
Sua vida, simples vida
um caminho só de ida,
onde ha de se afogar
no seu mundo de desordem,
injustiça e solidão
todos vivem,niguem entende,
passos e passos
e agora na contra-mão.
Olhos vermelhos,
sem existir,
cabelo preto opaco,
e chegam as noites sem fim,
e os socos nas paredes
o qual pode nos ferir ,
seu suspiro é tão fraco,
ja nem são mais de amor,
agora tem medo,
do odio e do rancor.
O amor não é tão fraco, o amor ainda existe
de tão covarde, o amor te deixa triste.
Sua pele gelada, teu aspecto doentio
ta sempre no teu quarto,
ta sempre sentido frio
com seus livros e seus discos,
teu sapato cor marrom
ta sempre olhando o piso,e sempre chorando o chão
ta sempre revendo tudo, é tudo sem explicação
as vezes com a mente fraca
espelhos caem ao chao
e a cada passo errado
mais cortes em suas mãos,
E o cheiro do cigarro, adoça a bebida gosto cão
as vezes esta drogado, as vezes é invenção,
alguem tinha acabado, de fazer uma canção.
Em todos que tem a vida, em tudo vera a morte,
então basta levantar a cabeça, e vai ver, voce tem sorte.
O que ela me fez escrever.
Decidi não mais amar.
Ao tomar essa desisão, foi por medo de sofrer
pensei, refleti, e denovo fiz a analise,
sempre com medo de perder a inspiração,
ha tempos eu não escrevia, mais onten eu não sabia ao certo
no que tinha me tornado, sempre estive amando de mais
achando sempre ser capaz, e ha alguns dias estava me perguntando,
por que alguem nessecita de amor, por que todos tem como
obrigação se apaixonar, nunca consegui entender, se existe o amor
então por que ele te faz sofrer?
minha decisão foi baseada em uma canção,
aquelas palavras, insistindo não querer,
persebi na voz da quele homem , ele parecia não ver,
podia ate ser que não tenha sido a verdade, ou talvez ele
tenha pensado como eu, foi por todo sofrimento,
por não ter uma gota de sangue a mais, por não existir mais agua
pra matar aquela cede, então dicidi não mais amar,corri sem olhar para traz ...
uma decisão pra mudar uma vida, um ato diferente
que tornou-se em um coração uma ferida, mais o amor
sempre foi algo mais, é sempre que estou aqui, alimentando minha
maquina, na minha cabeça tem pensamentos, e talvez um pouco de magoas,
a minha vida foi sempre assim, sempre parecida de mais,
meus objetivos eram conciderados inuteis por min mesmo, mais algo sempre me fazia
correr atraz, todos os dias eu sempre achava que amar era tudo,
que somente em amar eu mudaria o mundo, meus esforços por nada foram em vão
minha melancolia não existente, não tem sentido toda essa escravidão,
uma certeza incerta, uma porta dos fundos aberta, pronto para uma fuga
eu pensava em viajar, queria cohecer aquilo que chamavam de mundo da verdade,
o qual nunca consegui acreditar, mais ainda era de tarde, eu já nem tinha vontade
mais minha obsesão me obrigou a não mais amar, estou agora na cozinha, ouvindo musica,
la do quarto alguem grita, preciso de agua e um pouco de calmante,
e la da sala vem um cheiro ensurdecedor de cigarro, e lembro que não tinhamos varanda,
aquela casa cheia de calculos incertos, cheia de promessas e restos,
o abrigo da solidão, e a noite quando ficava tarde, na porta ouvia-se batidas,
e ensistiam em falar que era so fase, ao meus varios amores eu dediquei uma frase,
e a voce aconcelhei, não ame alguem mais do que a si mesmo, pois depois que
a vontade passa, resta somente a podridão, a vontade incontrolavel de ter o que não pode
é algo mais que uma depreção, tentar entender o que não foi feito pra ser entendido,
tão pobre, tão vulgar, e agora tudo perdido, o amor é somente um reflexo da dor, apaixonarse
é total loucura, não tem sentido morrer, nunca teve sentido as suas juras,
Diante de tudo que escrevi agora, uma coisa me fez ver,o amor me enganou, o amor é tão forte
que ate odialo ele me obrigou, pois agora mesmo foi que percebi ,que triste é aquele que nunca soube o que é o amor.
"DESPEDIDA"
"Bem ali, do meu lado, ali estava ela. Minhas mãos soavam frio, meu coração batia compassadamente;sentia
seu doce perfume e o cheirinho suave que vinha dos seus cabelos. Nós conversávamos e tentávamos não pensar que aquela era
a última vez antes da despedida. Parece que o trajeto foi mais curto e o tempo passou voando. Se pudesse congelaria
aquele momento. Nossos olhos se fintavam, nossos corpos se aproximavam, mas estávamos cada vez mais perto do fim. Quando
chegamos ao nosso destino, o silêncio tomou conta do momento, veio um nó na garganta, um aperto no peito e não deu para segurar as lágrimas da dor de como é se despedir de alguém tão importante para nós. Quando ela se foi, levou um pedaço de mim, deixando um vazio no seu lugar do qual jamais nada ou alguém poderá ocupar, foi a última vez, mas eternamente comigo,em meu coração, para sempre a guardarei."
Crepúsculo eucarístico
(Victor Bhering Drummond)
Sim; eu poderia cometer os pecados da carne,
A fúria da gula
Ali mesmo no pátio da igreja
Na sombra, no sol,
No sino sem tom,
Nos versos de Drummond
Ou sobre os livros apócrifos
Olvidados por santos e hereges.
Mas que pecado cometi
A não ser amar e devorar você
Como o doce vampiro de Rita Lee?
•
••
•••
(Poema inspirado na igreja e restaurante Santa Catalina em Buenos Aires, onde saciei a minha fila e alimentei o meu amor. Ouvindo e lendo Rita Lee)
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