Machado de Assi Poema a Carta

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O SILÊNCIO DE MADRE TEREZA DE CALCUTÁ


O silêncio se fez presente,
Dizendo tudo sem nada falar
Toca hinos com som ausente
De poesia, que não ouso declamar


Ouvindo-o, não se esculta
Foi feito pra escultar
O que em seu coração pergunta
E esse segredo vai lhe contar


Proseava com ele, e alguém a perguntar:
_Sabe o que vai pedir?
_Nada, só vim pra escultar
_Ele responde?
_Nada, só está pra me ouvir

Sete e quarenta e cinco da manhã
Ela está triste
Não demonstra, ninguém demonstra
Acreditar não faz mais parte
Acorda, levanta , faz seu café
Toma um banho
Olha pela janela
Tudo que ela vê é com um sorriso
Quem sabe até um sorriso verdadeiro
De ver que está viva,
ou apenas de receber um bom dia de seu pai e sua mãe
Ela se preocupa
Sua família é sua ponte pra felicidade
Fica mal quando em casa surge briga
Seu pai diz que vai sair dar adeus
O peito dela não aguenta tanto
Ela escuta o cantos dos pássaros
Corre para o quarto
Liga a televisão
Música clássica deixa-lhe bem
Livros e poesias acalmam sua mente
Agora
as luzes da casa estão apagadas
O sol bate contra seu rosto
Direto da sala escuta gritos e choros
Já não basta ser magoada pelo amor
A família lhe cobra maturidade pra entender tudo
Estava tudo tão bem há dois dias atrás
Do nada a lágrima corre pelo seu rosto
Ela já está acabada
O leite e os biscoitos tinham gosto de dor
O banho parecia chuva ácida
Ela arranhava seu cobertor
Se batia de decepção
O dia recém estava começado
Até o almoço faltavam horas,
Até de noite pareciam dias
Ela está acabada

Por que essa madrugada é tão quente?
Sinto meus olhos se abaixando tristemente
Aquelas músicas sentimentais e melosas tocando
O café acabou
Meu coração sente-se sozinho
Meu corpo é forte
Minha mente confusa
Estou me acostumando
Pessoas entrando
Depois saindo
Eu deixando
Esse é um fato
Cicatrizes marcam o peito
Eu já não posso jurar mais nada
Meus pés descobertos
Coloco minha jaqueta xadrez
O capuz me aquece mais ainda
Vontade de chorar
A lágrima não cai
Não há nada para entender
Sentindo a melodia entrar pelos meus ouvidos
meus dedos calmos ao teclado
Cada pedaço meu está longe
Cada parte quer tomar um rumo
A barba que sempre cresce pela metade
Meus olhos inchados por não dormir
O sono não da sinal.

SOU UM NOVO HOMEM

Faço tudo, e farei um pouco mais.
Por te amar por te amar
Por voce, de tudo sou capaz.

Ela chegou
Bagunçou minha solidão
Eu não acreditava em amor
Ela me mostrou um mundo novo
Que eu não conhecia
A semente ela plantou
E hoje estar colhendo
Eu sou um novo homem
Aprendi amar com você
Todas as noites divido contigo meu prazer.

Faço tudo, e farei um pouco mais.
Por te amar por te amar
Por você de tudo sou capaz
Sou um novo homem
Você me resgatou
Hoje tenho consciência
Que existe amor
E o meu é você,

Poeta Antonio Luis

Pai

"Não tenho fotos
com tua face
guardadas em minhas gavetas.
Nenhuma!
Face que me lembro vagamente.
Tua pele escurecida pelo passar
de tantos anos ausente.
Nunca vimos juntos o mar...
E se pudesses ver como
o mar é azul...
Ouço tua voz fraca e distante
esquecida nas minhas saudades.
Não a reconheço mais...
Teu último sorriso foi meu,
ainda me lembro.
A última melodia ouvimos
em tarde de domingo.
Tuas mãos cansadas
e ainda jovens
no aceno de adeus.
E o fechar definitivo
daqueles olhos vivos.
Abracei o vento solitário
sem alcance do corpo que partia.
Prantear essa perda
por toda uma vida...
Lamentando um último abraço
que não tive...
O céu também é azul!
Tão azul como o mar...
Esse céu onde moras.
E felizes são os anjos
que abraçarão
por toda eternidade tua alma..."

A lua hoje madruga,
dou o passeio pela noite.
Descalço pelo passeio da rua:
-Olá boa noite! Não tem nenhum centavo pra matar a minha fome?
Tive pena do coitado até parece ser bom homem.
Meti as mãos no bolso, para ver o que trazia,
mas o forro estava roto e perdi tudo que tinha.
-Desculpe meu senhor, agora não tenho nada. Os centavos que aqui trazia perdi-os nesta calçada.
Mas como sei o que é viver aqui nessa miséria;
Pus-me à procura deles na minha visão periférica.
Ninguém sabe os segredos, que esta rua esconde.
-Mas dê uma vista de olhos pode ser que os encontre!
Pus-me a caminho, a solidão me acompanha,
a noite tem tanta vida que a morte é tamanha.
Vejo a pele castanha, na face, face à pobreza
dos abandonados da calçada. Cantando "A portuguesa".
Seguram na sua mão uma garrafa de vinho,
despejam sangue inocente num copo de vinho tinto.
Encharcados pela mágoa que lhes escorre pelo rosto,
em formato de gota da água, em cada olhar fosco

Mãe você é meu exemplo na vida
É, e sempre será minha mãezinha querida.
Quero seguir seu exemplo,
E lutar por tudo o que quero.
Quero ser como você,
Feroz e mansa.
Quero ter a sua força
Defender a minha cria quando for preciso
Quero ter a sua beleza,
Rara e esplêndida.
Quero ter a sua luz
E saber sempre escolher o caminho.
Quero ser como você
Uma perfeita mulher.

Vejo flores cálidas ao chão...
Lembranças de um tempo de luz ou escuridão?
Remetem-me a fogueiras,
Acendem luz ou lançam canhão
Mulheres, biólogas, bruxas...
Quanta intenção!
Vejo flores cálidas ao chão...
Flores apáticas, defraudadas ou também é questão de opnião
Estupidamente entoou um canto de liberdade
E as algemas que não me cabem exalam minha fragilidade
Portanto, não pretendo me calar
Lembranças...
Retalhos da escuridão...
Enfeitiço minh'alma tecida de madrágoras
Alumia-me em doce amor cortês
Sofisticado...
Entalhado nas dobras desta vestidura
Antes do entardecer deste dia
Ouço uma charamela em unissona canção
E em cada nota mergulho...
Ébrio alucino e vejo flores fincadas no meu túmulo.
_________________________________________
Texto: Flores cálidas... Ébria canção
insta: @william.calixto.barbosa

"Amar'cura'"

Como um pobre sonhador
Vivia a sonhar eternamente
Que um dia de repente
Eu deixasse de sentir dor.

Foi quando esse amor
Fez-se em mim presente
Com a sua chama ardente
Que me trouxe o esplendor.

Senti-me então realizado,
E o meu coração apaziguado
Já não sentia tal amargura,

Pois para um peito desolado,
Que amou sem ser amado,
O amor é a própria cura.

(Zé Lucas)

Chegou como um anjo em minha vida
Era tudo que me mais queria
Hoje voce é meu tudo
Virou meu mundo
Lindo sorriso
Tudo eu memorizo
Ate o suave som de sua voz
Hoje não existe mais eu só nós
Presente de deus
Seus olhos nos meus
Minha boca deseja a sempre a sua
Seu brilho e maior do que a luz da lua...

Que as malas que carrego, sejam deixadas uma por uma
Que os golpes não sejam de amigos
Que a inveja seja aniquilada
Que o caminho seja longo e divertido
Que alegria seja constante
Que a vida seja leve
Que a leveza me leve a paz
Que os amigos sejam bem vindos
Que os que se foram encontrem paz
Que o tempo encarregue da verdade
Que as palavras sejam ditas
Que as ofensas levem ao perdão
Que amor seja vivido
Que o futuro seja a esperança
Que a esperança seja o futuro.

Nunca objetive qualquer coisa
quando você não tiver certeza.
Contar com a sorte
é fazer loteria com o destino.
Se sentir merecedor é vão
pois nada nos garante
que os mérito são exclusivos.
O amor não é uma pedra
que a teimosia tanto bate
até que se desabrocha.
A loucura do querer
é doente e danosa.
Somente a sensatez
é capaz de avaliar quando,
o vento sopra a nosso favor!

Transporto-me para o talvez e o meu olhar se fez labirinto..
Emudecendo o tom voz,faço um silencio aprisionando o grito..
Aquele riso que é moldura por desventura se fez mais lindo...
Sem ser pecado resplandecendo para o infinito..
As mãos se fizeram tremulas,em uma constante..
Lembrando do teu olhar,os versos certos se fez errante..
Algema de almas nuas,quem sabe cruas, transborda a alma...
Inerte cerrando os olhos, qual a saída aonde vou?...
Silêncio tempestuoso de pensamentos que desvendou!
E nesta prisão errante tão Incessante....amalgamou...

Então soube naquele instante, foi o amor que enfim me calou!

Sou seu mocinho ou seu bandido...
Eu sou o caos que te acalmou...
Sou o exílio dos teus sonhos perdidos..
Quem sabe a fuga da sua própria dor...
Posso ser o medo que te entrega o beijo...
E a coragem que te refaz no olhar...
Sou o teu ódio ,a sina perfeita...

Eu sou o delírio que te faz Amar!

Viver é sentar bem juntinho para ver o azul do céu
Dar adeus ao dia depois de saudar um pôr-do-sol .
Descrever paisagens, que desejas ver;circular o mapa-múndi onde há países que almejas conhecer.
Amar sem restrições e a quem profundamente te ama
Se amar e curtir a solidão.
Ouvir, cantar e mergulhar numa canção.
E nos instantes de angústia, ou calmaria: escrever poesia.
Sobreviver a um amor não correspondido
Compartilhar o silêncio do ser amado.
É rever os filmes que nos fizeram rir, refletir e chorar.
É sentir a felicidade nos invadindo como uma torrente de bem-estar
Ter vontade de rir ou, simplesmente chorar
É ter humildade, quando não se sabe o que dizer
Ou, o que falar.
É não se levar tão a sério
Dormir nu
Dançar no meio da rua
sorrir só.
Dividir tudo, ou aceitar que também existe o nada.
É sentir -se vivo simplesmente
É estar alegre, somente porque veio o sol
Acreditar no amor .
Ser simplesmente
o que se é para, então existir para outrem
E para sí .

Pai!
Nem sei te falar,
Assim você vai,
Me deixa aqui.

Pai!
De fato o que traz,
Isso não se faz!
Olha o que eu vivi!

Pai!
Sou apenas mais uma,
Perdida no rumo,
Sem um pai pra abraçar.

Pai!
Se você quer voltar,
Permissão não posso dar,
Peço para me observar.

Pai!
Sorte sua de ter uma filha,
Mas não me ensinou a ler a cartilha,
Foi aí que eu sofri.

Pai!
Gravidade ao que há,
Não me ensinou a caminhar,
Agora não dá!

Pai!
Mesmo assim eu te amo,
Não me engano, se é um bom rapaz,
Feliz dia dos pais!

"Um sonho"

Tenho uma grande admiração por você
Mas ao mesmo tempo medo
Medo de te perder
E tu não me corresponder

Talvez algum dia poderei explicar
Tudo o que esta em mim
E talvez tu ira me abraçar
E jamais me deixar

Se tu me olhas
Eu desvio o olhar
Não quero que percebas
O que sinto

Calada, sozinha, quieta
Te admiro ao longe
Percebendo os teus olhares
Atenciosa as tuas falas

Tua voz é suave e
Ao mesmo tempo grave
Gosto de te ouvir falar
Gosto de te ver sorrir

Por mas que não pareça
Você é tudo o que eu sempre quis, sonhei
E se for pra ser apenas um sonho..
Então quero dormir eternamente

ELE

O momento em que eu sinto
O arrepio sufocante entrando em meu corpo
A minha mente gira e transborda loucura
Meu olhos exalam fúria, sonho morto

É eu sei, é paranoia
Não, a vida que é uma paranoia
É uma maçã podre, lugar de estórias
Um cristal escuro, um relógio sem ponteiro

Mas a questão do arrepio
Do toque à um canto afinado
Me leva a um questionamento tão vil
Ele aparece em diferentes estágios?

Em segundos ele arranca a pele com um sopro
Da emoção ao pensamento flutuante
Do medo ao frio do inverno
É aí que ele e a morte viram amantes.

No meu caminho de volta,
eu clamo pelo teu nome,
pareço doente aos olhos de quem vê,
de longe, é perceptível que não tenho mais você.
Eu emagreci,
na alma, quase desnutrição.
Eu adoeci
na mente, quase escuridão.
Eu cansei
por dentro, quase exaustão.
Eu virei pedaço de metal,
que desprende do satélite
e vaga, todo dia, em silêncio,
esperando pelo impacto.

Roney Rodrigues em "Satélite"

A distância mexe com a imaginação

É difícil medir a distância. O longe, o perto, o espaço de tempo, tudo é relativo. Já me senti tão perto de gente, de coisas, de lugares que estão a quilômetros ou anos de mim, e já me senti tão distante de algo em minhas mãos. Tudo depende de como alimentamos a nossa imaginação. Não é fácil lidar com a distância, pois, a nossa imaginação é muito fugaz, e, efêmera como uma flor.
Quem nunca viajou por algum lugar especial, ao ler um livro, por exemplo? Quantas vezes é tão fácil se sentir caminhando nos limites do Castelo de Córdoba, sentir o cheiro de um pergaminho escrito a centenas de anos. Como é fácil sentir a euforia que provoca um grande amor como o de Marco Antônio e Cleópatra, sentir na boca o gosto do veneno bebido por Julieta e a dor mortal no coração de Romeu ao imaginar ter perdido para sempre seu amor. É fácil sentir o gelo do mármore num abraço demorado de Pigmaleão a sua amada Galatéia. É fácil se nos entregamos a imaginação e nos permitimos viajar pelos sentimentos e pelo tempo, ignorando a distância.
Mas, quando se trata do que está perto de nós, tendemos a controlar esses sentimentos e nossa imaginação nos trai. Por que não nos entregamos à realidade do dia a dia, como nos entregamos ao que está distante da gente? Será que a distância existe? Ou será que nós nos distanciamos do que nos atormenta ou simplesmente não ligamos por que está ali a disposição?
Não tenho respostas, só perguntas. Mas, quero o mais bonito dos passeios, quero sentir a brisa no rosto enquanto eu andar pela rua, quero sentir o cheiro da tinta no papel quando escrevo, quero a euforia e a calma, quero toda contradição do amor. Não quero que minha imaginação me traia e afaste de mim lugares, coisas e pessoas ou me engane distanciando de mim os sentimentos que nos é essencial. É gratificante sentir, rir, chorar, sentir dor, sofrer por amor. É felicidade viajar lendo um lindo romance, e, é lindo sentir o cheiro de vida.

Ana Paula Silva

Autora do Livro: Me apaixonei por um poeta