Lugar
Minha querida,
Escrevo-te do futuro. De um lugar onde o teu choro já não ecoa nas paredes de um quarto vazio. De um tempo em que já não precisas de esconder as lágrimas no travesseiro ou de engolir a dor entre uma dúvida e outra.
Escrevo-te com o coração cheio — não apenas porque estás à espera de alcançar objetivos, mas porque finalmente estás em paz contigo mesma.
Lembro-me de ti... sentada sozinha num quarto frio, com o telefone na mão, à espera de uma mensagem que nunca chegou.
Lembro-me do peso do silêncio, do corpo dorido pelo cansaço mental, da alma cansada de tentar ser forte. Lembro-me da dúvida que te corroía: "E se eu estiver a lutar sozinha por um sonho que não é partilhado?"
Sim, estavas. Mas sabes o que é mais bonito nisso tudo? Não desististe.Mesmo quando ele te virou as costas, mesmo quando te disse que não te amava, mesmo quando te fez sentir pequena... tu escolheste continuar. Escolheste a ti. Escolheste o teu sonho.
Sei que doeu. Sei que foi como rasgar a pele por dentro. Que houve noites em que te sentiste usada, abandonada, descartável. Que viste a tua juventude passar ao lado enquanto te prendias a promessas que nunca foram reais.
Mas sabes que mais? Tu és feita de uma força que nem sabias que tinhas.
Hoje, olho para ti com um orgulho imenso.
Porque tiveste a coragem de largar tudo — para seguires a tua verdade. Para ouvires aquela vozinha dentro de ti que dizia: "Vai. Mesmo sozinha. Mesmo com medo. Vai."
E foste.
Agora estás aqui. À espera de uma nova vida.
Não apenas dos sonhos que já alcançaste é porque cresceste dentro de ti, mas a tua nova vida - como mulher inteira, dona de si, curada por dentro, mesmo que ainda tenha cicatrizes.
Agradeço-te. Porque se não fosses tu, com a tua coragem silenciosa, eu não estaria aqui.
Não conheceria esta paz. Não estaria a viver este milagre.
Tu não foste fraca. Foste gigante.
E agora, finalmente, chegou o tempo de viveres a tua vitória.
Com amor eterno,
A mulher que és hoje.
“Lugar Proibido”
Tem coisa que foi bonita,
mas não era pra durar.
Foi escola, foi lição…
mas não pode mais voltar.
O passado veio sorrindo,
fingindo que era amor.
Mas eu já reconheço o cheiro
das coisas que só trazem dor.
Tem nome que não se repete.
Tem beijo que foi engano.
Tem sentimento que hoje,
eu entrego nas mãos do Eterno.
Se tentar voltar,
vai encontrar vazio.
Porque eu já me curei
daquilo que me mantinha frio.
Aqui,
não é mais lugar de enterrar saudade.
Aqui,
só cabe o que me honra de verdade.
"Eu sou casa de Deus agora.
E aqui, passado enterrado não ressuscita sem propósito."
Mais um sentimento sem nome
O que é essa dor que dói,
sem doer em nenhum lugar?
Essa falta de ar,
enquanto respiro profundamente?
Esse peso no peito,
mesmo sem ninguém por cima?
Essas lágrimas em torrente,
sem razão aparente?
Esses textos profundos,
escritos em qualquer pedaço de papel?
Esse bater descompassado,
de um coração que nem sabe por que pulsa?
Essa garganta seca,
mesmo depois de tantos goles?
Esse grito mudo,
preso entre os dentes e a língua?
Esse olhar perdido,
que finge encontrar, mas só procura?
Esse pensamento distante,
que nunca chega, mas também não parte?
Esse sorriso perdido,
atravessando os dias?
Esses suspiros constantes?
Esse silêncio gritante?
Essa ausência tão presente?
Essa saudade?
Essa esperança?
Anderson WA Delfino
A verdade cabe em qualquer lugar, ela é linda, perfeita e maravilhosa, ela não traz danos e apresenta as coisas como de fato são. A mentira por outro lado traz danos alterando os fatos, deturpando, modificando e defraudando a verdade.
Buscar o Reino de Deus e a Sua justiça em primeiro lugar não anula nossa responsabilidade de cuidar da família, estudar e trabalhar; pelo contrário, nos convida a descansar na fidelidade do nosso Pai celestial, que nos abençoa com Seu favor.
A escuridão pode ser contestada, pois não ocupa lugar algum, a escuridão é a ausência de luz, por outro lado a luz além de poder ser vista ocupa lugares , a escuridão conota vazio.
Sobre o risco de não ser
Há quem passe a vida
a desejar outro lugar,
outra pele,
outro nome.
Acredita que será mais inteiro
se for como os outros,
se parecer com os que brilham,
se for aceite
nos salões onde se aplaude o vazio
como se fosse grandeza.
Mas o que brilha
nem sempre ilumina.
E o que parece
quase nunca é.
O esforço de parecer
rouba a paz de ser.
E quando se apaga a chama
do que nos tornava únicos,
fica apenas o eco
de quem já não sabe quem é,
nem para onde voltar.
Não há perda maior
do que perder-se de si mesmo.
Não há engano mais cruel
do que acreditar
que a dignidade depende do olhar dos outros.
Ser quem se é
— com verdade, com firmeza, com simplicidade —
é tarefa para os que recusam dobrar-se
à mentira do mundo.
É caminho sem prémios,
mas com sentido.
E só o sentido,
mesmo que nos isole,
nos salva do nada.
Quem rejeita a sua natureza
para caber onde não pertence,
corre o risco de não pertencer a parte nenhuma.
Nem aos outros,
nem a si.
Cuidado com a ilusão dos que se dizem grandes,
mas vivem de fingimento e vaidade.
Ser visto não é o mesmo que ser verdadeiro.
Ser aplaudido não é o mesmo que ser digno.
Acredito que não nascemos para caber em moldes.
Nascemos para ser inteiros.
A dignidade,
se é que tem morada,
não vive nos olhos dos outros.
Vive, talvez,
na coerência secreta
entre o que se sente
e o que se é.
E há uma solidão peculiar
em já não pertencer
nem ao mundo que se tentou imitar,
nem ao que se abandonou.
O que assusta não é falhar —
é perder-se no caminho
por ter querido ser outro,
sem nunca ter sido inteiro.
Talvez a morte fosse mais gentil
há um limite que ninguém vê
um lugar depois do cansaço
onde a alma não pede socorro
apenas silêncio
não é desejo de fim
é desejo de paz
de não acordar com o peito em ruínas
com a alma sangrando quieta
talvez a morte fosse mais gentil
do que essa vida que me obriga a fingir
que ainda tenho chão
quando tudo em mim afunda
cansada de me reconstruir
sobre os escombros da esperança
de dizer que estou bem
quando nem sei onde estou
já não me reconheço no espelho
sou só vestígios
restos de uma mulher que sonhava
e agora apenas resiste
não quero palavras bonitas
nem fé emprestada
quero que entendam
que viver assim dói mais
do que desaparecer
e que talvez
só talvez
seria mais fácil fechar os olhos
de uma vez
do que continuar morrendo aos poucos
todos os dias
Às vezes, esquecemos que o coração de alguém é um lugar sagrado, carregado de histórias, medos e experiências vividas. Quando alguém decide te permitir entrar nesse espaço íntimo, é um privilégio. Cada espaço aberto é uma chance de compartilhar vulnerabilidades, e com isso vem uma responsabilidade. Não é apenas sobre entrar, mas sobre respeitar cada canto, cada sentimento. E, se por acaso a decisão for partir, que seja feito com a mesma delicadeza com que se entrou, pois nem todo lugar que visitamos podemos deixar com a mesma leveza com que chegamos. O coração de alguém merece cuidado, respeito e a certeza de que será tratado com a mesma importância que damos aos nossos próprios sentimentos.
"A igreja sempre encontrará alguém para ocupar o seu lugar, mas sua família não pode te substituir. Cuide de si mesmo — sua família precisa de você inteiro, presente e saudável."
Houve tantos momentos na minha vida em que pensei em desistir
E ir para um lugar longe de tudo e de todos
E viver lá só observando o tempo nos dias que se despedem ao pôr do sol
E na noite que chega com a lua e as estrelas
E ver a vida na calma da alma e sentir que não preciso mais desistir...
O ÚLTIMO HOMEM LÚCIDO
Há um homem que caminha
sem pressa, mas sem lugar.
Ele não tem casa, não tem templo,
nem tem vontade de rezar.
Carrega nos olhos o peso
de quem entendeu cedo demais
que viver é transitar entre enganos,
e amar, um luxo dos incapazes.
Recusou o conforto das crenças,
o colo das certezas vendidas,
preferiu o frio da dúvida,
a vertigem das palavras não ditas.
Enquanto o mundo se distrai
com espelhos e ilusões de poder,
ele sussurra perguntas antigas
que ninguém mais quer responder.
"Quem sou eu?" — ninguém responde.
"Pra onde vai o tempo?" — silêncio.
No teatro da existência,
ele é o ator sem texto, sem lenço.
Não é herói, nem mártir, nem vilão.
É só alguém que não dorme,
porque vê demais, sente demais
e já perdeu a fome.
Mas ainda canta, às vezes,
não por alegria ou fé.
Canta porque o som da própria voz
é tudo o que lhe resta em pé.
Uma vez ouvi:
"Gostaria de arrancar seus olhos, seu rosto, colocar no lugar dos meus, para conseguir ver o mundo do mesmo jeito que via antes, voltar naquele tempo [...] Temos a impressão de que os olhos são responsáveis, de que são eles que nos fazem enxergar e trazem o sentimento daquele contato — mas é uma mentira. A gente acha que é o espaço; achamos que, se voltarmos para aqueles lugares, os sentimentos retornarão. Achamos que, ao voltarmos para os mesmos lugares, vivermos as mesmas coisas, tentarmos repetir aqueles momentos, o sentimento vai permanecer ali, que vamos reencontrar aquilo — e, quando chegamos lá, nos decepcionamos. Isso mostra a mentira do tempo, porque o tempo se disfarça de espaço. Buscamos algo no espaço, naqueles lugares, buscando o mesmo sentimento, mas percebemos que, mesmo os espaços continuando ali, iguais... E é isso que nos machuca: olhamos para uma casa, e é a mesma casa — mas não é. Porque o tempo passou. Esse sentimento que buscamos, esse reencontro, é um sentimento que o tempo leva." — quebrando a caixa
O tempo é a coisa mais difícil de ser explicada. Mesmo um segundo consegue mudar nossa vida — basta um segundo para "aquele lugar" não ser mais o mesmo. Machuca, mas tem seu lado positivo. Nem sempre o sentimento que você cultiva sobre determinado espaço é bom; a vantagem do tempo é que ele mudará isso.
No caso dos momentos bons que o tempo levará — são momentos. São passageiros. E isso nos faz valorizar cada detalhe em determinada situação, porque todo momento é único, tem tempo limitado, tem sentimento específico. E isso é bom. Tudo que dura mais do que deveria perde seu brilho. Provavelmente, aquele momento em sua memória não seria tão bom se, toda vez que você voltasse naquele espaço, naquele lugar, sentisse a mesma coisa.
Existe algo poético no fim. Existe algo poético no que tem fim.
Não culpe os olhos. São eles os responsáveis pelo silêncio nostálgico, estranhamente triste, das suas memórias fotográficas. Com eles vemos o mundo — mas o que sentimos ao olhar vai além do que é visível. Eles são parte da forma como vivenciamos o tempo e as emoções.
depressao é você ter tudo que te completaria, mas mesmo assim em algum lugar te falta algo, um vazio insuportável
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