Loucura e Lucidez
Eu me ouvia, tentava ler meu coração, será que sou louco ou lúcido com minhas próprias razões sentia dor como ninguém;
Fingia meus sorrisos em um acalento nunca existente para agradar pessoas que nem mereciam;
Mas com tudo chorei meus erros e minhas frustrações de querer acompanhar as verdades que sempre admirei;
Quem se importa com os loucos quando temos os lúcidos para nos aconselhar? Mas os melhores concelhos que já tive vieram de pessoas loucas de mais para continuar.
Desde muito moço eu aprendi que a opção que fazemos pela lucidez é o ato mais louco que podemos concretizar!
Dizem que é preciso ser louco para ser feliz de verdade, pois o lúcido leva tudo muito a sério e isso o torna limitado.
A falta de coerência daqueles que se dizem lúcidos faz-me falar como os loucos, quando estou minimamente lúcido.
“Há em nós a lucidez dos loucos, mas não daqueles loucos comuns que habitam este mundo em cada esquina. Somos da quota de loucos que não aceitaram suas prisões e que não entraram por liberalidade em suas gaiolas. Que não se amarraram ao outro com suas correntes. Somos da fração da loucura que abriu mão do dia a dia. Há em nós a rebeldia dos que não se contentaram com o peso da realidade e abriram suas porteiras na busca de alcançar o horizonte.”
Tendo visto com que lucidez e coerência lógica certos loucos justificam, a si próprios e aos outros, as suas ideias delirantes, perdi para sempre a segura certeza da lucidez da minha lucidez. Bernardo Soares
(extraído do livro em PDF: Aforismo e Afins)
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