Coleção pessoal de Victor9

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Na escuridão do meu quarto
As cores predominam.
O que antes era surreal
Torna-se real
A noite vira dia
Ilusões tomam conta de mim
Serei teus pensamentos
Teus olhos
O coração
Enfim.

Engano desvairado.
Coube somente a mim criar-te em meu mundo
Idealizei-te.

E mesmo na mais intensa idealização
Perguntei-me se fôra a idealizada.
Exatamente como imaginei
Foi-te.

Sinto-me completo
E por completo estar já não me sinto mais pela metade.
Pois tu foste a mais completa idealização feita pela metade
E a mais perfeita metade completa.

Hei de ser sempre um mero beija flor
Necessitando
Desejando
Implorando pela bela e formosa flor.

Buscando o perfumado aroma
E o abençoado mel.
Enfeitiçado
Perdido aos encantos da morena dos lábios de mel.

Saudades tenho
Do tempo
Do inocente tempo

Das lembranças recordadas
Relembradas.
Dos abraços
Da chupeta mergulhada em amor
Da ausência de dor.

Das belas prosas recitadas
Dos monumentos poéticos declamados
Do inocente amor desejado.

A maior perfeição do homem, são suas imperfeições.

Não sabemos nada. Quando achamos que sabemos, nos privamos de saber alguma coisa.

Questionar é questionável. Ser questionado impõe uma opressão ao ego. O ego ousa-se a ser questionado, pela prepotência de questionar, sem aceitar questionamentos.

Ao deparar-me com tua inesperada ausência
Cometo o premeditado ato de isolar-me
Mergulhando profundamente em incertezas
Me perco
E me assombro com o caos eminente.

Em uma busca incessante por respostas
Prendo-me na certeza de que te amo.
O repentino se repete
Logo provido da felicidade que me possui, ao lembrar-te.

Destino brincalhão
Aprontando uma de suas peripécias ao dar-me a saudade.
A saudade que sinto por não ver-te.

Incontáveis corações conheci.
Mas o teu
O teu, ainda desconheço os mais profundos e delicados segredos que vos guarda.
O suficiente para apaixonar-me pelo imprevisível de natureza desconhecida.
E assim
A cada nascente da brilhante estrela que nos dá a luz.
Prendo-me na certeza de que te amo.

Na sublime escuridão da noite
Onde contrastam astros luminosos.
Avistei da mais bela e longínqua constelação
Uma cadente estrela conduzida pelo brilho dos sonhos.

Tornei-me inconsciente
Vieram em minha mente relances de teu humilde sorriso
Que radia felicidade ao meu ver
Tornando os mais escuros e nebulosos dias, nos mais coloridos.

Em um raro e ingênuo momento de superstição
Fec hei-me os olhos e desejei-te
Testemunhado pela mórbida solidão.

Tu repudias o coração que tanto te queres
Não te contentas com a veneração de seu amor tirano?

Há muito além de uma simples mágoa que te atormentas
Nada além de sentimentos ocultos em uma casca ôca
Mantidos subjetivamente por uma alma opressora.

Nada posso eu fazer, além de contentar-me em não te ter?
Posso eu fazer, o uso do querer.

O que posso eu fazer, se sonhar em a ter me deixa risonho?
Posso nada fazer , além de tornar-me tristonho ao despertar e não te ver.

Posso eu dizer que teu coração ainda é meu recinto?
Ou posso apenas lembrar-te do que ainda sinto?

Posso eu dizer que estas palavras te fazem rir?
Ou posso dar-te apenas a incerteza da certeza ao lembrar-te dos belos momentos que ao teu lado não vivi?

XV

Em um presságio sonhado,via-te vestida de branco com um ramo de belas flores a segurar,pessoas de pé em um momento mágico e único,seu pai entrando por uma porta em sua esquerda e sua mãe a minha direita em um ponto singular,os anjos desenhados na parede pareciam criar vida,a felicidade reinava absoluta no semblante das pessoas presentes,os minutos que estava a caminhar pareciam eras geológicas,por segundos a ansiedade me tomou por completo,logo dando espaço ao alívio de tua chegada,e entre juras de amor trocadas na formalidade,beijei-te como símbolo de um pacto selado por toda eternidade.

LEI DO CORAÇÃO

Da poeira cósmica de que sou feito, o amor é a lei regente que, como matéria simples, busca a forma, comprimida pela gravidade dos sentidos, responsável por atritos entre coração e razão, caminhando em busca de um equilíbrio que os mantenham estáveis, orbitando os sentimentos de uma lei universal, na qual somos reagentes buscando um produto conduzindo reciprocidade, presumindo a intensa felicidade e que a durabilidade seja a teórica eternidade.

Filho do teu amor

Filho do teu amor serei
Pretendo adorar-te no santuário que és meu coração
Cometer insanas loucuras de amor
Louvar o esplendor de tua beleza
Apreciar a poesia declamada pelos teus sorrisos
Pecar ao desejar teu olhar
E submeter-me ao ato de julgar-me digno de habitar o paraíso de seus sonhos
Ou condenar-me ao eterno esquecimento de suas memórias.

V

Em momentos singulares que estou próximo a ti,mergulho em oceanos de incertezas que me vêm a mente,relances imaginários chegam,e são revelados em um desejo de possuir o teu olhar imprevisível,logo esqueço da minha existência e viajo a fundo no mundo dos sentimentos sinceros e confusos,e de forma súbita o sentimento que outrora morria,renasce,transcendendo novas esperanças,logo quebradas na visão recíproca de um futuro perfeccionista e organizado no qual já estamos destinados.

O futuro é o presente do passado.

As palavras que os lábios não conseguem pronunciar,os olhos dizem na profanação do silêncio.

Por quê a paixão não vem precedida da razão?

O que mais me preocupa é a preocupação de querer me preocupar,que me aflige mesmo na aflição de não querer se afligir que derrama em mim a leve e dolorosa decepção de um ser decepcionado pelo prazer delicado de decepcionar,um peregrino que se enrolou querendo desenrolar e desvendar o indesvendável segredo mais secreto da verdade mais verdadeira.

Coração Masoquista

Por quê a paixão não vem precendida razão?não há amor além da dor,que ensisti em persistir do quê advém de mim,coração masoquista,obcecado pela dor de um amor não conquistado,um amor desejado.
Mente doentia,torturada pela obsessão de uma paixão inventada,coração destruído,aniquilado,não sinto a dor da tortura,a única dor presente em mim é a de nada sentir.
Incontáveis vezes me desiludi,mas ainda assim me alimento dos desejos ilusórios que proclamam em silêncio uma quantidade desprezível de amor,se é que há algum no meu coração masoquista obcecado pela dor.