Logo ali na Proxima Esquina
Meu nome é loucura
Estou em toda esquina, meu grito é escutado pela viatura do exército Chinês, São numerosos o que me negam e maior os que me perseguem, sou enclausurado pela família impaciente, pois a reação consciente é internar meu pensamento, onde a leitura do sentimento é logo ignorada, o desprezo da ex amada que logo atestou, perdeu a doçura quando teve que abraçar a loucura que não entendia nem 10 por cento da intolerância da sociedade, logo a multidão se chama Maria, tão comum e mortal e continuava não percebendo que a loucura continua tecendo, uma fantasia universal, a diferença é que a arte foi para o hospital, foi lá que se deu a intimidação, calou se a loucura, pela liberdade pura, onde sua doçura tornou arquitetura, matéria minha, agora virou poesia, sou arte, sou poesia, sensatez e fantasia, prudência e faminta alegria, um luar e pôr do sol, pesquei essa nostalgia no meu anzol, doido, louco, nessa sanidade faço uma varredura, poesia meu nome é loucura.
Giovane Silva Santos
Te Fiz Minha Poesia
Numa esquina da vida,quando eu andava de mãos dadas com a solidão, tu me encontraste.
Eu tinha uma ferida de amor aberta para a rua, de onde eu contemplava o vazio do campo de tristeza que floria em cinza e negro.
Foi como ver o sol pela fresta entre as tábuas que vedavam minha alma, protegendo-me da fria noite do abandono.
Lentamente abri a porta do meu coração e tu entraste, sem pedir licença. Abriste o meu guarda-mágoas e deitaste fora toda a amargura que eu teimava em guardar, para me vestir na tentativa de conter o frio que me acolhia.
O vento do teu arfar soprou toda o pó e assim se revelou a folha sobre a mesa onde, antes, eu escrevia versos de amor.
O teu perfume invadiu o ambiente mofado do meu ser.
Inebriado eu te fiz minha Poesia, e a ti dedico, agora, todos os meus dias.
Lucro Selvagem
Alguém na esquina ainda rir,
apesar do espanto e desconsolo
na selva, onde o leão ruge faminto
com sua enorme boca aberta e com seus dentes afiados almejando tudo
em torno de si,
no solo sufocado sob
os pés de uma criança talvez ainda esconda a mais bela planta, que não
germina diante de olhos perversos,
do olhar obscuro da fera eclodiu a
violência à velocidade do caos,
e da pureza do pulso puro e inocente
entre os dentes dos leões e dos vampiros sedentos, pinga a mancha vermelha no asfalto quente dos dias de confusão,
na selva o silêncio é aspecto fúnebre, apesar do luto triste de outros bichos na cidade, à hora seguinte o que conta é o menosprezo à vida, diante do famigerado lucro a qualquer custo,
ao ínfimo luto à morte.
se ela me purifica
o que será de mim sem sua luz?
quando ando pelas ruas
e em cada esquina
há uma venda
e neste comércio
a alma é o negócio
não a vejo
não sinto seu esplendor
se ela me purifica
por que recebo o açoite
pela mão de quem se diz pastor?
promessas de um céu
em troca de metais produzidos
pelo trabalho de pequeninas mãos
e onde estão as minhas mãos
nesta hora?
entre o bolso e a prece
entre a sanha e a pressa
de erguer-se a mais um clamor
se ela me purifica
e perdoa os meus desvios
os desvarios
os devaneios
e os anseios
de quem deseja ter fé
e a cada esquina ainda encontra o mercador
disposto a traficar crenças
com a promessa do paraíso-além
porque aqui na carne
no corpo
na face
é só inferno e pronto!
– apenas isso se tem…
[se ela me purifica
a chave vive na dor]
Sou rainha na passarela da vida, sou princesa nos contos de fada, sou garota na esquina do tempo...sou o que quero porque sonhar me permite. Dá licença, hoje não quero tristezas, nem lágrimas...quero sorrisos, praia, sol, mar...água fria e banho de coco...quero samba no pé, festa no coração, chamego gostoso, aperto de mão...hoje só quero sorrir para vida, desfilar na rua dos sonhos, se banhar na cachoeira da felicidade e mergulhar nas loucuras da paixão.
Hoje em dia, vejo as pessoas ir em sua própria esquina de casa de carro, pois dizem que querem poupar tempo. Poupar tempo para quê? Para usá-lo assistindo TV? Penso que seria melhor se tivesse ido fazer o que tinha de fazer caminhando, correndo, pedalando, então eu diria que você o teria usado da melhor maneira possível.
Noite escura, noite fria, o silêncio se esconde em cada esquina, nada se move, até parece que o mundo parou. Sigo nessa estrada chamada vida, sigo sorrindo, mais dentro de mim, meu coração chora com soluços profundo, convulsionando minha alma. Tenho algumas idéias insanas, acredito que as vezes é necessário enganar o coração, e deixar a mente mentalizar que já não quero mais, que já não é mais tão preciso, que você não me faz falta alguma. A necessidade da aceitação pode levar o ser humano a tristes viagens. Pois a felicidade é como uma gota de orvalho em uma pétala de flor, brilha tranqüila depois de leve oscila e cai, como uma lágrima de amor. Boa noite.
Uma certa noite eu andava, sem nada muito programado. De repente em uma esquina um vulto de mulher, cabelos longos uma saia comprida e rodada, me aproximei um pouco mais, sem dúvida era uma belíssima mulher. Me aproximei mais um pouco, estava receoso, era um lugar meio deserto pra uma linda mulher estar sozinha! Como uma mágica, abriu-se a minha frente algo luminoso, como um portal. Ela, com duas taças de vinho, me convidou a entrar. Confesso que tive medo, mas não resisti, peguei uma taça, entramos, dançamos, bebemos, rimos muito, sua risada era contagiante, então ela me disse: tenho que ir. Amanhã você verá que tudo isso valeu a pena, cada passo, e toda nossa caminhada. Mas não espere do hoje o que está no amanhã. Pra que eu volte você precisa me chamar. Boa noite.
Ansiedade em Verso,
A cada esquina da mente, dançam sombras incessantes,
A ansiedade, sutil, tece seus fios de inquietação.
É um labirinto íntimo, sem jardim, sem findar,
Onde o pensamento se perde em constante aflição.
O coração bate descompassado, respiração ofegante,
Cada instante, um mar revolto, turbilhão interno.
Na ânsia de um não ter querer, sincero.
A vida, peça onde sou figurante,
Interpretando o papel da busca pelo eterno.
Há dias em que o sol não aquece, apenas brilha,
E as noites são abismos de silêncio e dor.
A alma cansada, curva-se, vacila,
Na esperança de um alívio, um gesto de amor.
Mas, na tormenta, encontro força oculta,
Nos versos que escrevo, busco compreensão.
Na luta contra a maré, a alma exulta,
Descobrindo na poesia, a chave da libertação.
Assim, navego nas águas do ser, profundo,
Entre medos e sonhos, perda e ganho.
Na jornada de viver, só neste mundo,
Tentando, dia após dia, encontrar meu tamanho.
Um vira-latas assistindo uma "TV de Cachorros" numa esquina qualquer sem que possa saciar suas necessidades básicas de alimentação. É assim que vive um pobre em um regime Capitalista.
Caminhada
Na esquina da vida eu busco,
O silenciar da ilusão,
A existência esvaindo,
E o destino se cumprindo
No caminhar neste chão.
E numa esquina do acaso
às vezes
avista-se o amor.
E então, inevitavelmente,
a alma emudece
o coração saltita
o olhar paralisa
as mãos se agitam
o corpo, em êxtase ,sorri.
O instante esperado
a certeza do achado
a emoção do encontro.
Como descrever em palavras
o que não cabe no infinito?
Esbarrei contigo na esquina
e fingi não te ver. Foi a saída que encontrei pra não ter que te ver fingindo não ter me visto
Que o dia te seja limpo e
a cada esquina de luz possas recolher
alimento suficiente para a tua morte
vai até onde ninguém te possa falar
ou reconhecer
A depressão me derrubou em uma esquina escura, o lado claro da lua que era minha inspiração agora é a parte escura.