Literatura Brasileira
Transtorno de domingo
Aos olhos de todos - as vísceras - completamente expostas. Expostas feito quadros, feito instalações contemporâneas nas ruas da periferia. Sacadas ao meio dia na frente de todos, na porta da padaria. E o corpo, sem identidade ou cor revirado às avessas, a revelia de sua vontade. Caído de ponta a cabeça na sarjeta, após tamanha tormenta.
De repente, um grande alvoroço! As sirenes do carro de resgate interrompem o silêncio local - chegam primeiro que a polícia - essa chega instantes depois com todo seu aparato.Mas já é tarde demais!
Todos observam calados, incrédulos com o ocorrido. Ninguém fala nada, ninguém vai embora. E como se ainda esperassem acontecer algo permanecem no local, velando o corpo. O sangue encarnado que escorre do corpo já roxo, segue pela guia da calçada em linha reta, na direção do esgoto.
Já se passam das sete da noite e o corpo permanece ali, no mesmo lugar! Só que agora coberto com uma manta de papelão improvisada, feita de caixas de óleo de soja, doadas pelo dono da padaria. Ninguém parece ter pressa de tirá-lo daquele lugar. Só o dono da padaria se preocupa com o corpo, pois já é hora de baixar as portas, de fechar o comércio e acabar com todo aquele grande transtorno de domingo.
Quando as palavras são benditas, elas são como fontes de água viva regando os sonhos que estão plantados em terras secas.
É tão incrível a sensação de um texto escrito, quando as palavras lhe chegaram aos ouvidos narradas pela voz do coração.
Quando os sentimentos se distanciam, a saída é mudar a direção e prosseguir na caminhada, porque se existem as flores, elas não possuem perfumes e as cores são invenções do inconsciente.
Personagens... São aquelas "vozes" que te despertam às 2 da madrugada, praticamente gritando desejos, vontades... Liberdade.
Ai de mim se não começar a escrever... rs
Sem Voz
Eu ouço o som do seu sumiço
Do seu adeus
Da falta do som dos seus passos
Do som silencioso dos nossos abraços
Dos nossos corações batendo em compasso
Há uma música feita dos silêncios da sua voz
Uma música que toca o tempo todo dentro de mim
Essa música que me deixa assim,
Sem fala, sem voz...
Lembre-se que você deixou pegadas
Que sigo cego onde quer que vá
Não vou te encontrar,
Mas é só o que restou: acreditar
Que você ainda vai voltar a me olhar com aquele olhar
Que volta a me falar,
Que ainda dirá, mesmo mentindo, que vai sempre me amar
Há uma música feita dos silêncios da sua voz
Uma música que toca o tempo todo dentro de mim
Essa música que me deixa assim,
Sem fala, sem voz...
Se um dia o som dos gritos silenciosos que dei chegarem até você
E seu coração bater de novo daquela maneira de antes
Saberá que estou muito perto de você
No lugar que sempre estive
Mesmo sem você entender
A barreira do som da nossa voz
É esse tempo e essa distância que vive entre nós
Há uma música feita dos silêncios da sua voz
Uma música que toca o tempo todo dentro de mim
Essa música que me deixa assim,
Sem fala, sem voz,
Sem voz...
O fortalecimento do novo acordo internacional para a difusão da língua portuguesa no século XXI, só dará um passo largo e efetivo quando for implementado um Festival Internacional da Canção da Língua Portuguesa entre todos os países signatários.A música tem está qualidade e capacidade de diminuir as enormes diferenças linguísticas e literárias por meio dos sons, ritmos, instrumentos e movimentos corporais.
Ele sobreviverá, querida. Não é isso que fazemos quando a tragédia ataca nossas vidas? Nós aceitamos a coisa, sorrimos suportamos, dando o melhor de nós para o que restou.
o amor - não importa a forma ou o rótulo com que se apresente - vale seu preço, por mais elevado que seja
Entendo aqui por humanização o processo que confirma no homem aqueles traços que reputamos essenciais como o exercício da reflexão, a aquisição de saber, a boa disposição para com o próximo, o afinamento das emoções, a capacidade de penetrar nos problemas da vida, o senso da beleza, a percepção da complexidade do mundo e do cultivo do humor. A literatura desenvolve em nós a cota de humanidade na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos para a natureza, a sociedade e o semelhante.
A tecnologia criou os escritores que pensam uma frase, escrevem como quem caga e, olhando para o tolete dentro da privada, exclamam "que frase bonita! vou postar!
O problema da oposição não é a situação estar nadando em dinheiro mas ela própria não estar lucrando também.
O guerreiro recebe as armas para lutar, o escritor forja no pensamento suas próprias armas. Cada leitor conquistado é uma batalha vencida. A vitória é da literatura.
