Linha Reta e Linha Curva
Vejo a poesia na lã, na linha, percebo o verso. Confecciono poesia, com a lã, na linha escrevo verso.
Expressões!
Que mais perfeita linha expressiva existe em nossa face, ser humano e animais em geral, tem suas caracteristicas expressivas como seu ponto forte.
Deus sim, sabia o que estava fazendo quando nos cedeu a mais maravilhosa condição de expressão, e tem nos influenciado muito.
Quem consegue se segurar vendo uma cena triste em que os personagens estão com expressões tristes ou chorando, ou sofrendo e caindo em prantos.
E o que dizer daqueles momentos de felicidade que nos enchem de alegria, fazendo com que nos enchamos de felicidade também, expressões positivas.
Se a felicidade não se consegue esconder, a tristeza também fica dificil ser escondida ou disfarçada, o choro e a expressão de angustia nos denuncia logo.
"Aprimeira impressão é a que fica"...se vosê já ouviu essa frase, então ja sabe que a impressão é sinonimo de expresão, sabe-se logo qual é a impressão pela expressão.
O coração domina a área expressiva de nosso ser, desse modo nunca conseguiremos dominar as emoções, porque o coração é indomável.
O desejo emocional parte de uma singela obediencia que nossos sentidos recebem e obedecem, sem se importar conosco, nos fazendo serviçais das sensações.
Nem adianta querer lutar contra uma coisa que é muito mais forte e sempre nos domina, seria burrice acumular um sentimento que é mais saudável que saia logo.
Olho no rosto das pessoas que passam por mim, e vejo em cada expressão o sentimento transpassar sobre seus cuidados de guarda-los, ser humano é complicado.
Os animais e as crianças não se preocupam em disfarçar o que sentem, se sentem trazem logo pra fora, fazendo quem está por perto saber o que se passa.
Nunca duvide do sentimento de uma criança, poque é verdadeiro, com as crianças a expressão da verdade e a realidade das coisas prevalecem.
Talvez seja por isso que as pessoas em geral sofram desnecessariamente, se poderia ser mais fácil se desmanchar em lágrimas do que ficar segurando o choro.
Ou demonstrar a carinha de tristeza do que fazer a felicidade disfarçada, se por dentro está tudo desmoronado, e o coração dilacerado.
Querendo ou não o sentimento vem pra fora e lança seu jato de agruras que nunca se deveria segurar, já que sentimento por mais que seja sofredor tem o direito de sair
Se por outro lado a felicidade temos o prazer de demonstrar, qual o problema dos outros sentimentos??...isso é uma injustiça com o coração.
Não se deve culpar o coração, pois nada mais é do que a ponte pras suas expressões, as coisas que não se pode evitar não podemos assumir, são consequencias.
Na vida tudo pode acontecer, até mesmo se ter um acesso de riso ou de choro, assim de repente, mas existe um propulsor desse acesso, que está aliado nas emoções da vida.
A vida pede passagem, ela nasce e morre todos os dias, devemos dar valor aos sentimentos, porque quando se está morto as expressões tem um sentido anulado e a vida perde seu brilho pois não se tem mais a expressão vida.
Portanto sorria bastante e chore quando for necessário, pois assim terá mais motivos de sorrir um lindo sorriso verdadeiro e as expressões teram um sentido muito mais valorizado e bonito.
A sorte acompanha os valentes, os que estão na linha de frente e dão a cara a bater, fazem coisas que eram inimagináveis e por isso mesmo fazem o mundo acontecer.
O Conhecimento e a Ignorância formam uma linha circular tal que quando uma acaba, começa a outra. Só que essa linha é ocupada quase absolutamente por uma delas.
Onde é que fica esta elusiva linha que harmoniza a serenidade e a inquietação, que açoita-nos a face todos os dias, no fundo de nossas almas irrequietas, solícitas de serenidade?
Flui-me
Juntei-me
ao mar
.
.
.
Assim
tornei-me
a linha fina
no horizonte
que toca,
incessantemente,
a aurora
e o ocaso teu
.
.
.
E na linha do tempo ficam os que amam e os que odeiam, mas todos, sem exceção, são amados e abençoados por Deus, o nosso Pai Maior...
Na tênue linha do amor que se tem
guardado...
De tudo que se tem doado
No egoísmo dos que passaram
Ficamos nós... Assim,divididos
Tentando compor a canção do amor mais lindo...
Na cumplicidade do silêncio que fala
Do grito que cala
Na intenção de mãos que se entendem
e se enlaçam
Frágeis que somos
Surpresos que estamos
com a possibilidade da entrega
Regando a flor de um amor não planejado
Cá estamos nós -aturdidos-
Buscando motivos...
Querendo entender
Como é, novamente, ser AMADO.
Linha do Tempo
Não queria que fosse assim, um choque, ainda sinto isso quando lembro, quando vejo foto, quando imagino o passado no presente e um futuro que haveria caso o passado fosse presente. É chato, é estranho, por vezes desolador. Fico calado, brigo comigo mesmo, dou chutes ao vento, aperto meus dedos contra a palma das mãos, respiro mais forte, finjo que esqueço e volto ao presente sem o passado tentando esquecer aquele que seria meu futuro
Jamais siga uma linha em torno de um pra sempre, porque o pra sempre querendo ou não, sempre acaba e ainda nos deixa estraçalhados. Siga em torno de um “enquanto durar”; porque assim durará o tempo necessário para sermos felizes.
E eu tracei a linha.
Bom, eu penso que pela primeira vez a guria querida, confusa e fácil mudou. Ela, dessa vez, não apenas esqueceu tudo e foi indo naquele barquinho de papel que ela tinha feito quando pequena. Como uma esperança do que sua vó tinha lhe dito sobre felicidade no amor. Ela dessa vez não seguiu remando. Ela passou em traço e esquece tudo. Quer dizer, esquecer não, mais sim parou.
Ela se apaixona fácil. Ou como falava um pequeno texto “Eu consigo amar ate uma berinjela”. Ela dessa vez, olhou não com os mesmos olhos, olhou com os pés no chão, de baixo para cima. Percebeu que durante tanto tempo ela alimentava uma sina por separar as coisas. Mais do que apenas separar as coisas no prato, ela separava a vida dela. Parte era para o estudo, parte família, parte avó, parte amor (na verdade amor era dividido em duas partes: o sonho e o real), parte mãe, parte amigos, parte solidão, parte ela. Nada podia se mesclar.
Bom, o que ela fez foi ver que tudo que ela pensava se quebrou, quando mais uma das suas paixonites, pela primeira vez, se quebrou.
Ela olhou para o amor e sentiu enjôo. Olhou, e se casou. Voltou atrás. Olhou e não agüentou a imagem que via. Percebeu o sentido que fazia o que os outros não falavam.
Ela não esqueceu a paixão, só cansou. Cansou da decepção que era um tombo. Canso pelo fato de nada mudar. E, mesmo que não tivesse acontecido nada, ela sabia que teria um final. E também percebeu o quão grande era o muro que ela queria pular. Nada era como ela pensava.
Mesmo com nada, ela viu. Viu que, mesmo que seja lindo a ligação de coisas iguais, as coisas não mudariam. A não ser que ela fosse sincera e jogasse tudo num liquidificador.
Eu olhei para a vida. Olhei para minha mãe. Para minha vó. Olhei para a berinjela. Olhei para o chão e alem das estrelas. Olhei para todas as ilusões. Olhei para o que eu acreditava. Olhei para a menina. E a deixei ir.
Se o amor é algo severo a que vemos o fim da linha, mais vale voltarmos dois metros atrás, para avançarmos com mais força e continuarmos a linha, uma linha eterna.
O amor é um sentimento do coração, não uma linha de raciocínio, o amor deve ser sentido e não pensado.
Cansado do agora, que já não é mais e foi embora... ainda bem que indo posso tocar a linha do horizonte e me embriagar de esperança.
