Linha Reta e Linha Curva
Todos os dias a mente faz uma jornada
Ela viaja do oriente a ocidente, de norte a sul, faz curva no presente, muda vida de muita gente, o céu não é mais azul, a aquarela febril do arco íris, machuca, cura, tripudia, elege mais um, a sepultura, ninguém sabe onde está, pois a amargura nos grilhões desatinados, povo marcado, elite sem cultura, ferve o caldeirão da briga pela sobrevivência, a maioria sem armadura, pois isso eu permito e digo, mesmo sem saber e sem noção, vou dedilhando uma porção, entre amigos e diabinhos, em cima de pedras abrindo caminhos, pensamos de ir lá pra cima, logo agora que recebemos visita da China, é verdade, o oriente e ocidente se encontram, no grande mapa que se aponta, o caos, meu Deus, prende o satanás, uma prosa, uma loucura, uma palavra, uma piada, todos os dias a mente faz uma jornada.
Giovane Silva Santos
Seguia eu, o teu rastro
Me perdi na primeira curva,
Quando de repente pude então analisar,
Quando eu te via era mais fácil te encontrar.
Quando penso que não te verei mais
Dói o coração, mas a esperança acalenta minha alma
Então, sonhei que um dia te encontrava,
Quando acordei esqueci do teu olhar.
Pensava eu que seguia o teu rastro, que um dia se apagou.
Não! o rastro do amor é um sentimento que permanece escondido no mais frio coração,
Ele pode pulsionar os sonhos nunca imaginados
Aquece a alma do aflito, transborda de felicidade o maior conflito
Seguir o rastro do amor é viver ontem, hoje e amanhã,
Sabendo que o rastro do amor nos conduz na paz, na perseverança, na felicidade e no caminho da verdade.
Meu caminho é
Uma curva de nível florida
Perfumada e colorida
E por ela eu passo dançando
De alegria desfilando
Pelas minhas conquistas
Pelos obstáculos superados
Pelas bênçãos merecidas
Pela felicidade alcançada
Pela sorte dos dias
Pela alma com lavanda lavada
Pela caridade praticada
Pelo amor recebido e doado
Pelas tentativas frustradas
Pelas amizades queridas
Pela saúde gozada
Pela misericórdia que me é destinada
Pela liberdade espiritual
Pela vida, gratidão
E mais nada!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Amor, não me espere na esquina da curva, nem me aguarde nos históricos lugares onde nos amamos, apenas me guarde.
Não, não diga nada, apenas deixe a emoção descer pelos olhos, me guarde, caso eu parta.
Não, não quero partir!!! Amor, tenho que partir.
Estarei nas estrelas da noite, nas canções que me sentir, enfim, no canto em cada canto de uma saudade, estarei. Te aguardo aqui, basta olhar para o alto, amor estou te vendo, me sinta.
Assopra a pena,
Empena a pluma,
Em plena curva estreita,
Por onde tramita a poetisa,
Em prumo improvisa.
Eu me pergunto, vale a pena tomar chuva? O que vejo na ponta da curva são as locomotivas, o que vem depois só são puxadas por elas, campo verde e um céu azul, será que você consegue diferenciar, heróis ou fantasmas, luz ou trevas. Ei você, pode me ver? Pode me sentir? Você está respirando? O arrepio que vem depois, o suor frio que esfria o quente, saudades que nos faz sentir que tinha importância, que talvez era apenas ouvir sem tampão, tampouco ouviram.
Noite chuvosa se curva fazendo seu papel no frio deste inverno denso...
Esperança se aninha em bangalôs, em choupanas, nos becos ou quem sabe na lágrima que se perde num lenço.
LEMBRANÇAS Forrozão
O primeiro beijo de data esquecida na curva da estrada,
Entre os carros mortos de faróis apagados no clarão do forrozão.
Uma noite de música entre amigos que não chegou ser eterna...
Homem criança imatura com medo de aprender amar.
Um pouco de álcool para acelerar o encantamento do momento que havia de chegar...
Um pegar de mãos tão lento como uma carroça de animal fraco sem esperança de alcançar.
Pisávamos a grama molhada vinha a noite e seu cheiro com a luz tudo silenciava.
Rosto de menina feliz sorria contente enquanto a canção tocava.
Olhávamos de longe o salão de música ouvida, almas se encontrava e dançava.
E o peito do homem inseguro e suas mãos frias suspirava olhando o céu pedindo, vem coragem!
O tempo foi se passando a noite viraram dia e dia se perdia dentro da noite.
E naquele primeiro beijo o medo foi embora e a história virou interrogação.
Corações distantes de longe contempla o mesmo céu sobre véu de nuvens escuras.
E a alma foi se unificando no pratear das madrugadas que sonhava-se em si namorar.
De olhos fechados num travesseiro que corria cascatas de recordações.
Assim se descreve a histórias de dois ser de saudade. Porquê?
Porque quando sentimos saudade
Sentimos as lágrimas brotarem de nossos olhos
Como as flores na primavera que lançam perfumes que encantam...
E que morre na lembrança de um único momento...
O beijo da história construída na data esquecida na curva da estrada da vida.
Olhando retrospectivamente, vejo que recebi uma educação diferenciada, moderna, fora da curva, como se diz hoje em dia. Meus pais não tinham preconceitos, eram liberais, e me trataram como alguém que deveria ser independente, que merecia conhecer a verdade, sem falsos moralismos e sem paternalismo.
Tentar ser um ponto fora da curva perdeu todo o sentido quando eu entendi que eu posso ser a própria curva...
E quando eu pensei que o tempo era o senhor da cura, descobri que somente fazendo a curva é que a gente pode encontrar o sol.
Não desista.
Descanse.
Depois, volte a caminhar...