Linguagem
"O simbolismo religioso, longe de ser um escapismo, é a linguagem mais pura que o inconsciente usa e encontra para se comunicar com uma consciência ávida por sentido." Dan Mena
No primeiro encontro,
O olhar é a linguagem,
Palavras doces, silenciosas,
Que falam diretamente ao coração.
Um olhar que envolve,
Um olhar que seduz,
Um olhar que revela,
O que o coração sente e deseja.
Mudar as regras gramaticais com a inclusão da linguagem neutra, por si só, não resolverá questões existenciais.
Minha linguagem de amor? Te contar coisas aleatórias do meu dia, sem motivo, só porque quero te incluir nele. Te mando detalhes que ninguém pediu, porque é assim que meu coração se abre.
Minha linguagem de amor? Te mandar um ‘olha isso’ e ter certeza de que você vai entender. Te incluir até nos pensamentos mais aleatórios, porque tudo fica mais especial quando compartilho com você.
Existem vários tipos de linguagem e várias formas de comunicação. A linguagem dos olhos e do corpo pode revelar o que não consegue ser expresso em palavras. Na internet, os emoticons e emojis também falam. Logo, é preciso ser perspicaz e decifrar também as entrelinhas.
"O amor é a linguagem da alma, um laço invisível que une corações, ilumina caminhos e transforma cada instante em eternidade."
A teologia te ensina a linguagem da alma e a gramática da eternidade, te fazendo caminhar entre dois mundos: o visível que todos conhecem e o invisível que é acessível através das lentes da fé.
O respeito é a linguagem silenciosa que reforça o amor em cada gesto, mesmo na ausência das palavras.
"Sarau da linguagem"
Compromisso com a educação
Vai além da nossa visão
É ir à escola e observar
O quanto de vozes precisamos escutar.
É abrir a porta de cada sala
E sorrir com cada cadeira ocupada
E de volta receber um aceno
De cada educando com atitude empolgada.
Empolgados pela motivação das aulas
Ou pela curiosidade que desperta
Quando uma novidade
Vem como por uma janela aberta.
Ao abrir a janela muitas possibilidades aparecem
De tantos contextos que acontecem
São textos e intertextos que se apresentam
Neste livro de narrativas que nem sempre acalentam.
Olhares, vozes, aromas, sabores e abraços
Cada enredo com seus entrelaços
Que de sorte podem anotar
Os que da escola desejam vivenciar.
Seja pela visão, tato, audição, paladar ou olfato
Cada educante com suas histórias
Que buscam caminhos
Pra desencadear num novo fato.
É a leitura e escrita da vida
Que a todos se apresenta em convida
Pra continuar por meio desta lida
Sem intenção de despedida.
Porque neste percurso sem fim
A trajetória começa nos primeiros passos
Foi assim pra você e pra mim
Quando iniciados os primeiros laços.
Laços de afago e de ternura
Que almejam expressar na cultura
Por meio da arte e literatura
Os momentos ricos da leitura.
Que desde a educação infantil iniciava
A enveredar pelos caminhos das infâncias
Perpetuando no ensino fundamental
As memorias que adormecem nestas instâncias.
Acordadas ficam as lembranças
Que expressas pela escrita
Trazem aos corações e mentes
O reforço da nossa esperança.
Esperança na educação
Capaz de mudar o cidadão
Que começou pela leitura e escrita
O mundo novo, de transformação.
A prática da leitura e da produção textual refletem na cultura e na linguagem, contribuindo à formação humana na perspectiva integral em que os sujeitos aprendem a construir formas de pensar, além de articulações linguísticas capazes de recriarem novas condições sociais.
Extrato do livro: "Fábulas para se ler além da escola", Editora Schreiben
Bem posso falar que a linguagem tem sido minha companheira. Uma forma de me desnudar de mim e me transmutar em palavra. Quando escrevo a dor que sinto, ela se esvai lentamente, como uma catarse de mim mesma. E a dor é relativizada e procuro meus pares. Como fazer amigos se me afundo em pensamentos lúgubres? Enquanto me entrego ao sofrimento, as pessoas aproveitam o lado bom da vida. Viajar, apreciar a natureza. Eu consigo compreender a dialética da minha dor e a felicidade de tantos. E penso que preciso ser mais flexível, como uma estrela do mar que se regenera. Agora escrevo e a paz se aproxima de mim e me observa como um espelho, o meu inverso. Eu estou calma e a calma é um sentimento a ser reverenciado. É quando a dor se recolhe e encontro refrigério em minha alma. Sei que meus sentimentos não são estáticos. E quando a paz me alcança, procuro senti-la em toda a sua essência. Quando estou triste, eu olho um gato, e vejo apenas um gato. Quando eu estou me sentindo bem, eu vejo um gato e me encho de ternura. Um animal que me transmite boas sensações. O gato tem um linguagem peculiar. Hoje acordei com muita dor emocional. E como refúgio, comecei a escrever. E essa escrita terapêutica foi silenciando um sofrimento inominável. Eu estudei teologia, mas foi a vida quem me fez acreditar em Deus. Não tenho religião, mas faço minhas orações. E mesmo na dor profunda, Deus me leva a um tempo de paz. Em agradeço em silêncio. E sei que o poder superior olha por mim. E sinto gratidão.
"O corpo é o primeiro a falar, pois carrega as cicatrizes da alma. A linguagem que antecede a fala é feita de presença, sombra e verdade não dita. Só os atentos ouvem o que não é dito."
— Purificação
"Não adianta discurso bonito com postura de covarde. A linguagem do corpo é implacável. Quem se anula na presença, grita fraqueza sem dizer uma palavra."
— Purificação
A linguagem é um elemento no limiar da transformação, deixando de ser quem é e se transmutando em outro elemento, o ouro. Quando um homem passa debaixo do arco-íris, ele vira mulher.
Eu peguei o eclipse e fiz dele um pincel. Todas as vezes que eu pinto, os quadros são escuros e solares. São um fenômeno da natureza cósmica transcendente.
Uma régua serve para medir. Um copo serve para beber água. O indizível serve para silenciar.
O tempo que não passa e não fica pode ser traduzido como o tédio, sentimento que descarta todas as possibilidades da criação. O tédio não passa nem fica, ele come as beiradas da lucidez, num grito rouco, sem forças para se comunicar.
A verdade é uma fruta aberta por um pássaro. Ele se torna dono de sua suculência.
O homem comia o fruto, e sua seiva era meliflua. O que era meliflua, o fruto ou o homem?
Um espelho que visse essência refletiria as grandes questões existenciais do ser humano: a angústia, a alegria, a pressa, a calma, a vida e a morte.
O tempo caiu no abismo, mas não morreu. O silêncio o sustentou em sua queda, para que o tempo não se extinguisse.
Só quem já se perdeu de si olha o mundo como exaurido, nada mais lhe pertence. Em seu descontrole perdeu a capacidade de lidar com a complexidade da vida. A dor do vazio se apresenta, mas se restaura ao ver um filho criado. Eu sou além de mim mesmo.
“A dor é a linguagem dos fracos, mas o silêncio dos fortes. Não reclame da tempestade; seja o furacão que ela teme. Nas trincheiras da alma, os estoicos forjaram a coragem que o mundo ainda não aprendeu a reconhecer.”
— Purificação
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