Limpar a Casa
Ao colocar o pé pra fora de casa eu começo uma luta. Lutocontra o vizinho que varre o lixo pra minha calçada. Lutocontra a imprudência no trânsito.Lutocontra a falta de respeitoquando alguém ocupa um lugar que estava destinado a alguém. Luto contra o descaso.Luto contra o preconceito. Luto contra mentes e pensamentos pequenos. Lutocontra a falta de vontade das pessoas. Luto contra várias outras situações e deixo de lutar ainda, por outras milhares, porque um único ser não é capaz de tanto. Ao voltar pra casa, cansado dos desafios do dia, buscando repouso e um pouco de paz, percebo quelutei tanto lá fora que deixei de lutar por aquilo que tinha ali dentro, diante dos meus olhos. Percebo que a fonte de toda aquela repulsa que me entristece lá fora, dorme sobre o mesmo teto que o meu. Percebo então, que tudo foi em vão, que jamais alguém será capaz de mudar o mundo, sem mudar, antes de tudo, o próprio interior.
" A casa Vazia"
A cada parte do deixado para trás, sinto que aprendi um pouquinho mais.
A semana começou e os móveis estou tirando pouco a pouco do lugar. A casa esta ficando vazia.
Sensação de missão cumprida para com o meu corpo. Finalmente eu tenho a certeza, de que eu fiz a coisa certa. Mas confesso que mesmo assim, reflito sobre e cheguei novamente a conclusão... - Sim, eu fiz a coisa certa!
MANIPULAÇÃO TEMPLÁRIA
Finda o dia e a noite desce,
na casa simples tela aparece...
Olhares abobalhados param
sobre suas novelas.
Entre uma tomada e outra
tal como política, tudo se repete
... Uma mistura de roubo traição,
provoca... Felicidades e sorrisos
escapam do peito, e os olhares
marejam, suas ingênuas lagrimas.
Mas, em seus quadros como na
esperança tudo, todavia acaba bem.
As cenas servem para apimentar
os sonhos e o sono antecede o real
... O qual deturpado pelo laços do
tempo e ao cansaço da labuta,
submerge ao fundo ao esquecimento.
O sono mestre da manipulação
templária... Antecipam a matemática
dos planos e tudo se dissipa
ao amanhecer.
Antonio Montes
Um minuto de coragem
Ela só precisa de um minuto de coragem.
Ela tem casa, tem família, amigos e inimigos, mas ela precisa de um minuto de coragem.
Ela tem o que comer e o que beber, tem roupas e sapatos, mas ela precisa de um minuto de coragem.
Ela tem dinheiro, acessórios e maquiagem, mas ela precisa de um minuto de coragem.
Ela tem um cachorro, um gato e até um pássaro, mas ela precisa de um minuto de coragem.
Ela tem sentimentos, tem amor, tristeza, alegria e raiva, mas ela precisa de um minuto de coragem.
Ela tem sonhos, desejos e objetivos, mas ela precisa de um minuto de coragem.
Ela tem feridas e cicatrizes, mas ela precisa de um minuto de coragem.
Ela tem memórias, lembranças boas e ruins, mas ela precisa de um minuto de coragem.
Ela está exausta, ela tem pedras como pesos na consciência, ela tem um mar de lágrimas, mas ela ainda precisa de um minuto de coragem.
Um minuto é o suficiente, é o tempo necessário para se afogar em suas lágrimas e assim em 60 segundos ela tem tudo o que precisa, correção tinha.
Ela só precisava de um minuto de coragem.
" O frio aprisiona
dentro de casa
em roupas pesadas
em cobertores
mas o frio é especialmente bom para mergulhar
mergulhar numa garrafa de vinho
e tudo irá melhorar...
A lembrança, a poltrona e o espelho.
Por: Paulo lopes
Em uma sala grande de uma casa rica cheia de lindos objetos havia uma poltrona vermelha que se destacava em um ambiente de tapetes persa, espelhos com molduras douradas, lustres de cristal e muita riqueza e luxo.
Todos os dias o dono da casa sentava-se na poltrona e falava sozinho sobre seus pensamentos do dia, o planejamento para o próximo dia, acendia seu cigarro e ficava olhando para um espelho que havia bem na frente da poltrona montado em um tipo de tripé, todos os dias por alguns minutos era o mesmo ritual até que seu filho se juntava a ele e sentava no seu colo, ria, brincava, dormia... Isso por anos até o filho crescer, se tornar um homem e as vezes aparecer para conversar com o pai ao lado da poltrona.
Em um dia como qualquer outro o homem não apareceu, e após algum tempo um a um os itens foram saindo daquela sala, os tapetes, as mesas, os quadros, os espelhos, e o homem nunca mais havia feito o que fez por anos diariamente. Em um certo momento sobraram apenas alguns itens no local, incluindo junto a poltrona um dos espelhos, por sinal o menor e menos glamoroso de todos, mas aquele mesmo que o homem ficava olhando todos os dias.
Um dia sem aviso um cobertor foi jogado na poltrona e em meio aquela escuridão ela foi levada para um local pequeno, com menos luz e um canto que não dava para ver o restante do local por estar em uma ponta do cômodo.
Haviam outros itens que não tinham na casa anterior, tudo muito mais simples, a casa mais escura com paredes mal tratadas e pouca luz. A poltrona se perguntava o que poderia estar acontecendo, seu couro vermelho brilhante foi ficando opaco e sem vida com o tempo, aos poucos foi sendo esquecida naquele canto, algumas pessoas inclusive seu dono passavam por ela e nem a notavam, ela foi rachando e apodrecendo. Já sem esperança de mudança da situação e se entregando ao fim o velho homem voltou, não se sabe quanto tempo passou, mas pela aparência do seu dono haviam passado 20 anos ou mais, olhou por alguns minutos para a poltrona, limpou delicadamente com um pano velho, andou até sair de vista e voltou com aquele espelho e colocou no meio da sala, foi até a poltrona e arrastou até um ponto mais central da casa onde tinha mais luz, sentou-se nela de frente para o espelho e ao invés de falar algo apenas acendeu seu cigarro e olhou para o espelho.
Ao fim do cigarro apertou o encosto de braço da poltrona e agradeceu por estar ali e continuou dizendo...
- Obrigado por me dar esse momento de paz em meio de tanto caos, não sei se você sabe mas meu filho teve uma doença rara e por 6 meses nós gastamos tudo que tínhamos para curá-lo, vendemos quase tudo mas não adiantou. Hoje foi o dia do enterro dele e o seu único pedido foi que eu me mantivesse consciente e que eu saberia onde encontrá-lo sempre que precisasse.
No primeiro dia da sua internação estávamos abalados, chorando de mãos dadas e ele me disse que gostaria de estar sentado da vermelhinha olhando para o meu sorriso no espelho em frente. Depois desse dia eu sabia que se eu perdesse meu filho ou tudo que tinha, mesmo assim as minhas lembranças com meu filho eu teria aqui com vocês dois sempre. portanto muito obrigado por ainda estarem aqui.
Não importa o que aconteça na nossa vida, mas se podemos ser amigos, dar conforto, ouvir, dar um abraço, fazer parte de bons momentos de alguém, não importa o que essa pessoa passe, mas ela vai sempre lembrar de você e ter aquela paz novamente nem que seja por um minuto.
Nem todos tem o hábito de serem carinhosos, ou de dar muita atenção, mas todos tem como dar algum tipo de apoio e bons momentos para os outros. Amigos não estão sempre presentes, família não está sempre junta, mas crie boas lembranças e você será eterno pra alguém, ou que não seja eterno pode ser um espelho ou uma poltrona.
resolvi pôr a cabeça do lado de fora de casa
e tomei um susto
o céu estava verde e as plantas azuis
tive um colapso na retina
meus olhos…
pensei
por isso já não mais te enxergava
no ponto de ônibus
Mesmo que uma casa não possa ser reconstruída, pode ser adaptada e reorganizada para seu pleno uso e funcionamento.
É preferível não sair de casa, mas, se tiver que sair, sai cedo, porque se acontecer alguma coisa você tem o dia todo para resolver.
Se tenho casa podes me encontrar, se ainda, não tenho, posso ter coragem e, continuar, em ti amostrar.
fora de minha casa, prego o Evangelho com palavras e testemunhos, dentro de minha casa, prego o Evangelho com silêncio e doação.
"Viajamos em tudo, o espaço está em todo lugar, seja em sua casa, ou na imensidão de sua alma...O Universo nos acolhe."
SEIS DE MAIO
Sozinha em casa
Vou ficar chapada.
Chapada de chá
Uva fresca
Vinil e Poesia.
Nem sempre o efeito
Anestesia
Mas as consequências
São melhores...(?)
São, são sim!
Conversando com Estrelas
No alpendre aqui de casa, onde o vergel arrasa, enredado em minha velha rede, numa tarde de fazer a sesta, lânguido, das pálpebras vislumbrei malemolente fresta. Ao levantar o meu olhar vi o amor pairar sob o ar do firmamento. As brancas nuvens formavam as estrelas com as quais me atrevi a conversar. À pincenê, e à Mandraque eis que ressurge o velho craque. Era Olavo a dialogar com Assis, que assim lhe diz: Um afortunado compositor de melodias populares que deseja desesperadamente escrever música clássica… Ouve-se uma firme interrupção num Tom com uivos de Lobos: Brada Francis: Tudo por causa do amor. Regina quase se afoga com as Águas de Março na frente do Mercador latino-americano Como Nossos Pais. Grita Tonico de Campinas: Cadê Peri? Porém, em Guarani. Adentrei-me ao assunto feito bobo, enquanto, Bachianas empurravam O Trenzinho Caipira. Esse Trenzinho passa tão cheio de graça, agora Tom soltando o seu som. Logo chega uma Pessoa com chapéu preto na mão, olhando ao léu do azulado céu, afirmando ser Fernando, chamando por Vinícius. Que esse conclave seja bom, enquanto, dure, com calmante meiguice se configurava falsa crendice. Imortais naquela flutuante academia fulgurante a minha mente confundia, pela insensatez de atrevimento ao querer entender logo de vez, sem esperar a minha vez, com enorme pedra no meio do caminho, quando o poeta nobre, Carlos me chama de lado e se põe a falar com esse pobre mortal.
Educadamente:
- Meu velho, não me leve a mal, pegue esse seu escaninho e se aninhe no seu ninho, pois, trata-se de conversa de gente grande que a nós se expande.
- Seja claro poeta, que a mim não me afeta.
- Então me entenda, fique na sua tenda e apenas aprenda, quiçá, será também um poeta do além.
Eis que de repente, surge na frente da gente um arquiteto carioca de Brasília a querer construir um enorme teto ondulado para agasalhar os imortais da poesia. E por profilaxia surgem mais dois por ali com seus bisturis, eram anjos de branco: Zerbini e Pitanguy.
Ah… Aparece também do mundo do além, mais um estrangeiro, capitão Nemo que de sua nave bisbilhota um Navio Negreiros, conquanto, um cabeludo de bigode, alinhado, com a mão no queixo, admirado, olhando de lado, sorri desvairado a recordar o presente passado.
Ai pensei, vamos parar por aqui, porque, não vai caber mais ninguém, apesar do céu não ter fim, foi quando ouvi o despertar do conhecido Bem-te-vi.
Estrela e mais estrelo a estrear o meu espaço, além do cantarolar de belo pássaro, pode?
O papo parou ali, levantei-me pensativo, e fui procurar o que fazer.
jbcampos
Eu não preciso de um Rolls Royce, eu não preciso de uma casa no campo, eu não tenho que morar na França. Eu não tenho heróis do rock. Eles são desnecessários. Os Stones e o The Who não significam nada para mim; eles estão estabilizados. Os Stones são mais um negócio do que uma banda.
DIZEM QUE! ROUPA SUJA SE LAVA EM CASA, MAS MUITOS TEM A CONSCIÊNCIA TÃO IMUNDA QUE ATÉ OS FUNDILHOS SENTEM VERGONHA.
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