Lili Inventa o Mundo - Mario Quintana
Você não tem nada pra fazer em casa, e inventa de sair, o bar das redondezas foi seu primeiro refúgio. Pediu dose dupla da bebida com maior teor de falta de memória do dia anterior, bebeu num só gole seco, acaba bebendo todas e mais algumas. O álcool parecia circular pelas veias deixando um estranho rastro, uma sensação quase indefinível que sondava por todo o corpo fraco. Esquece o senso real das coisas e comete tudo quanto você imaginar enquanto o efeito da vodca ainda age no seu corpo, nas suas veias, na sua cabeça.
Você delira, delira mais um pouco e enche seu pulmão de nicotina. Fica tonto, sai andando. Tentando andar, e depois senta. Procura o celular, vai à agenda e encontra aquele número que nem precisava procurar, porque você tem gravado na cabeça de trás pra frente, você liga, desliga, e depois liga novamente. Ninguém atende você fica inerte, sozinho e infeliz.
Horas e horas de vodca depois, você não agüenta e para, diz o quanto ama a vida, e o quanto a vida não te ama. Você consegue pensar ainda, então você tenta. E a única coisa que chega até sua cabeça é a lembrança dela. É.
As horas passam e o dia chega você sai fora e vê a claridade da luz nos seus olhos, Já era suficientemente adulto para considerar todo tipo de problema passageiro, hesitou nas conclusões sobre vida e mundo, você percebe que além de um momento, a vida é uma história escrita como tatuagem, que não se apaga totalmente, que permanece em você, com vestígios, com feridas, com qualquer coisa. Permanece!
Chega em casa com uma dor de cabeça tão forte, a madrugada invade o quarto pouco iluminado deita, dorme...
Dez horas se passam, você acorda e vê que tudo passou, é, passou!
A dor de cabeça, o gosto da vodca e a lembrança insistente na sua cabeça.
Ôh garota! Tu és doidas! Isso não te pertence mais. Inventa outras manias, outros encantos, outras conquistas. Imitar coisas do passado não te dará mais as coisas do futuro. Já não me fascinam. Esquece, falou!? Já deu!
Naturalmente que a função dos treinadores espirituais é criar-lhes divertimento, e portanto inventam cerimónias, disciplinas e veneração; todos estes pretendem ser belos na expressão, mas degeneram em superstição. Isto é apenas velhacaria sobre a capa do serviço.
Tem dor que vira casa.
A gente decora o vazio,
rega silêncio, inventa flores na sombra.
Fica.
Por medo. Por costume. Por não saber partir.
Até que o corpo pesa, o peito chama,
e a alma, paciente, sopra:
abre a janela.
A cura não faz barulho.
Chega no banho demorado,
no café que abraça as mãos,
numa lágrima que lava o que ficou esquecido.
De repente, o que doía já não sangra.
É história — não ferida.
É marca — não prisão.
Quem te ama entende teu tempo.
O sol não some — ele espera.
E você também vai.
Ninguém mora pra sempre onde dói.
— Edna de Andrade
Depois dos _ _ _ _ ENTA, a gente invENTA, reinvENTA, percebe o quão é forte e aguENTA. Fazemos parte do deixa pra lá e não mais esquENTA. Renasce, amadurece, mas, continua marrENTA.
Depois dos _ _ _ _ENTA, a gente vive e arrebENTA, gosta de trabalho que não dá trabalho, mas sustENTA. Corre menos, respira mais, não faz tantos planos, e sonha ser feliz até os novENTA.
" Família quem não tem inventa uma "
Texto: Edson Rufo
Voce e tão capaz e a vida lhe mostrou os melhores caminhos. Você não dependeu. Nem precisou de esmolas e nem de se humilhar. O melhor caminho chama-se tempo e o outro o universo.
""Quem não tem família inventa uma"""
Quem sabe uma que valorize o mínimo de você ou até mesmo que lhe procure somente pela saudades , dificil né , mas siga sempre o caminho e por mais que ele esteja se estreitando acredite seja feliz pelo que você fez. Porque talvez no céu uma grande família lhe abrace
Edson Rufo Palestrante e Terapeuta
“Amor não se inventa”
— Queira Deus, que com a infelicidade você se oriente.
— Que derramar rios de lágrimas e banhar em tristeza,
não compensa.
— Não deixe que o sumiço vire tormenta.
— Amor genuíno acontece, não se inventa.
— É um sentimento que vem de dentro.
— E é eternizado com o tempo.
— A ato mais lindo desse mundo, é amar.
— Grandioso como terra, céu e mar.
— Se o amor é verdadeiro, aproveite cada segundo.
— Porque o tempo, atrás...jamais irá voltar!
Rosely Meirelles
Quem acredita nas mentiras ditas contra mim é tão culpado quanto quem as inventa,se tem os meios de encontrar a verdade diretamente.
Um estadista é um homem fácil, ele diz suas mentiras de cor.
Um jornalista inventa suas mentiras e as enfia goela abaixo.
Então fique em casa, beba sua cerveja e deixe os vizinhos votarem.
Cada coisa é uma palavra. E quando não se a tem, inventa-se-a.
“Eu não prometo amor, prometo intensidade.
O amor você inventa depois para justificar o
que sente por mim.”
É normal tremer diante do que não conheço.
É humano se assustar com o que a vida inventa para além das minhas certezas.
Mas percebo que é justamente aí — no terreno das dúvidas — que Deus me convida a florescer.
Encarar minhas inseguranças é como abrir janelas para o vento passar…
Deixo ir o peso das preocupações e seguro firme a confiança de que posso florescer, mesmo com as raízes balançando.
No fim, não é sobre arrancar todas as ervas daninhas…
É sobre aprender a transformá-las em adubo para que o jardim da minha alma cresça mais forte, mais bonito e mais vivo.
— Edna de Andrade
Poema do encantamento
Essa paixão sem tamanho
é só o coração que inventa.
Ele é meu azul guardado,
minha esquina de silêncio e de canto.
O sol me atravessa,
me deixa leve, meio tonto.
Esse amor que não cabe no peito
não tem regra, nem medida.
O vento traz canções que escrevi
num rascunho qualquer de madrugada.
Cada verso procura por ele,
cada verso é endereço sem mapa.
A poesia fez festa em mim,
me deixou mais vivo que antes.
Até a saudade ficou bonita,
melhor que a solidão dos bancos da praça.
Teu sorriso carrega o verão,
teu abraço é sol de janeiro.
És flor, és perfume, és destino:
na beleza que é amor, respiro.
Quero a vida sempre assim:
com ele perto,
até a última chama da vela.
Eu, que descri de tudo,
descobri em seus olhos
a tal felicidade.
Mas o medo cortou o caminho:
faltou coragem em mim,
faltou coragem em ti.
E o amor ficou escondido do mundo.
Não foi justo.
Compêndio de Chuva
Cai a chuva, melancólica e lenta, como um grito que o tempo inventa.
Em cada gota, um som, um tom, que o vento leva — e traz o teu batom.
O teu rosto vem, em bruma e luz, como se o céu em ti se traduz.
Enquanto o mundo se desfaz em água, o meu peito arde, embora os meus olhosse alaguem em frágua. O teu toque é sinfonia de chuva,
que compõe a minha alma, e acende lua turva . E eu, perdido entre trovões eos relâmpagos do meu silêncio, encontro-te em cada canto da minha pele em compêndio.
Que chova, amor — que o mundo escorra, que o tempo pare, nesta dor de masmorra. Pois se é na chuva que te penso e vejo, então que chova, só para te ter no beijo.Chove, e o meu mundo sopra o teu véu, as ruas das minhas veias choram sob o cinza do céu. No vidro, escorre o teu nome, lento, feito melodia, feito tormento.
