Liberdade Borboleta Fernando Pessoa

A necessidade de procurar a verdadeira felicidade é o fundamento da nossa liberdade.

Se o homem falhar em conciliar a justiça e a liberdade, então falha em tudo.

Um homem não pode ser mais homem do que os outros, porque a liberdade é semelhantemente infinita em cada um.

Um revolucionário pode perder tudo: a família, a liberdade, até a vida. Menos a moral.

Quando, alguma vez, a liberdade irrompe numa alma humana , os deuses deixam de poder seja o que for contra esse homem.

A liberdade é o direito de fazer o próprio dever.

O homem é livre; mas ele encontra a lei na sua própria liberdade.

Um povo corrompido que atinge a liberdade tem maior dificuldade em mantê-la.

Pela liberdade, assim como pela honra, pode-se e deve-se arriscar a vida.

É pela ironia que começa a liberdade.

O dinheiro que temos é o instrumento da liberdade; aquele de que andamos atrás é o da servidão.

Não se pode separar paz de liberdade porque ninguém consegue estar em paz a menos que tenha sua liberdade.

A liberdade e o amor são incompatíveis. Quem ama é sempre escravo.

A velhice é um estado de repouso e de liberdade no que respeita aos sentidos. Quando a violência das paixões se relaxa e o seu ardor arrefece, ficamos libertos de uma multidão de furiosos tiranos.

No meio de um povo geralmente corrupto a liberdade não pode durar muito.

A liberdade não é um luxo dos tempos de bonança; é, sobretudo, o maior elemento de estabilidade das instituições.

Apenas é igual a outro quem prova sê-lo e apenas é digno da liberdade quem a sabe conquistar.

A minha liberdade não deve procurar captar o ser, mas desvendá-lo.

Tudo está fluindo. O homem está em permanente reconstrução; por isto é livre: liberdade é o direito de transformar-se.

A liberdade é, antes de tudo, o direito à desigualdade.