Liberdade Borboleta Fernando Pessoa
Se eu morrer durante uma forte tempestade. Com chuvas relâmpagos e trovões; terei uma morte regida pela mais bela Orquestra Sinfônica.
Algo menos; será somente um momento fúnebre cotidiano.
(Nepom Ridna)
O anonimato não apaga o brilho.
Fama; não significa sucesso.
Sucesso; é algo muito pessoal.
(Nepom Ridna)
Nada nesse mundo está totalmente definido.
O absoluto; pode ser desmentido. Nada é absoluto.
O concreto; pode ser triturado.
O forte; também precisa de colo, e afago.
(Nepom Ridna)
Os problemas devem ser usados como estímulo,
Para guiarmos para um estado de vida melhor.
(Nepom Ridna)
Eu não quero e nem pretendo ser aquilo que você pensa sobre mim. Eu não consigo me encaixar em um lugar tão pequeno. Eu sou a magia de uma noite de luar e posso também ser a tristeza de um amanhecer frio. Eu sou feita de mudanças e quando o lugar é apertado eu abro as janelas e vou embora. Vou voando.
O desejo de felicidade é algo inato no ser humano! No entanto, num mundo de novidades infinitas, o ser humano parece não se sentir feliz. Há algo que o inquieta, mas que não consegue identificar. A consequência dessa situação é a sensação de medo. Sacrifica-se a liberdade em favor de maior segurança. Ora, segurança e liberdade são valores fundamentais para a dignidade humana. Segurança sem liberdade é submissão, escravidão. Liberdade sem segurança expressa uma deficiência. Como encontrar um equilíbrio entre tais aspectos do humano?
AMBROZIO, REI DOS QUILOMBOS DO RIO GRANDE
Pés descalços que levantam a poeira na estrada de chão batido
Vaga sem rumo no poente da terra seca pelo serrado da solidão
Fugiu das chibatas do cativeiro em busca de nova estadia
Quilombola tentará na fugidia rota do capital do mato que o perseguia
Derrama pelo caminho o sangue de sua raça agrilhoada na senzala
Seus pés descalços, suas costas riscadas, suas mãos rachadas
Seu coração chora pelos que deixou abandonados na clausura
Preferiu o risco da morte ao jugo da servidão a que fora obrigado
Seu ímpeto de liberdade era maior que a tirania de seu dono
Vagou por léguas sentindo fome, frio, medo, mas tomou cuidado
Nas noites estreladas se entregava aos sonhos em leve sono
Nas manhas seus olhos radiavam a esperança de encontrar socorro
Mas este não vindo, criou ele mesmo o abrigo que a outros oferecia
Nas margens do Rio Grande ergueu seu reino africano de solidariedade
Fugiu, deixou saudade irremediáveis, mas abrigou milhares em seu congado
A liberdade, ainda que tardia, não alcançou o seu terreiro protetor
A maldade dos brancos o alcançou, e em poucos dias seu reinado dizimou
Jaz na memória esquecida dos que vieram depois dele, virou lenda
Sofreu uma vida de crueldades, e hoje, retribui com amor o mau que o matou.
É preciso viver, é preciso se libertar dessas gaiolas da sociedade, solte as velas, corra, pule, vai doer, mas você terá algo que nunca será vendido, sua liberdade, seu desejo de liberdade, ame, pense, discuta, viva.
O Ser Humano é, ao mesmo tempo, as duas faces de uma mesma moeda, cunhada nas forjas da evolução. A primeira delas, simbolizando a inteligencia e a criatividade, é a responsável pela construção e pelo esplendor das nossas catedrais. A outra, responsável pelas gárgulas que se empoleiram nos beirais. Talvez, para nos lembrar que habitamos um mundo povoado por demônios, que compactuamos na criação. Tais figuras grotescas refletem os laivos de insania que, desde tempos imemoriais, percorrem a história da nossa espécie, indicando que, por falha no projeto inicial, erro essencial ou desvio na função do processo evolutivo, algo, insistentemente, predispõe a raça humana à servidão voluntária, à estupidez despropositada e à autodestruição.
É tudo em um segundo
em um momento,
está em algum lugar no mundo
ou algum lugar em alguém.
É tudo isto em um dia
ou uma noite,
é fazer todas suas coisas preferidas
sem preocupar em olhar para o lado.
Se trata de estar a sós
com você e seus pensamentos
mais saudáveis.
Se trata de você estar a sós
com sua liberdade, seja lá qual for
seu conceito de liberdade.
Além do dinheiro, a riqueza também manifesta-se através de outras formas: saúde física e mental, família, amigos, felicidade, liberdade, um amor...
Queríamos mais. Não queríamos apenas ter asas, queríamos voar sem paraquedas e sem esperar que alguém nos desse permissão para isso.
Numa noite fria
Um bom lugar para aquecer a tez fria
O pensamento que vem e grita
Desenha o elo que nos liberta
E a noite conduz ao nascer do dia
E o ciclo encaminha
A liberdade das trilhas
O assassinato de uma garota pobre foi a faísca que incendiou o reino da França. Quero lembrar que sua morte não foi em vão. Foi o início de uma conquista. A de um povo preparado para lutar pela liberdade, pela igualdade e pela fraternidade.