Liberdade Borboleta Fernando Pessoa
A liberdade assusta. Por isso, as pessoas preferem viver acorrentadas a ideia de pecado a ousadia de ser livre.
A vida mostrou-me que a nossa liberdade é provisória. No fundo, no fundo nenhum de nós é, de fato, livre, cada um é servo da escravidão que por livre e espontânea vontade escolheu.
Responsabilidade é quando tendo a liberdade para fazer qualquer coisa, você escolhe fazer apenas o que deve.
Amigo é aquele que você pode falar bobagens com a mesma liberdade que você conversa assuntos sérios.
A idade madura nos permite encarar o mundo com mais liberdade e confiança. Mais seguros de nós mesmos podemos nos dar o luxo de olhar pra vida sem o peso dos compromissos da juventude e ao invés da vida nos dominar, agora somos nós que dominamos ela.
Onde não existe espontaneidade não existe liberdade e onde não há liberdade, há um presídio, mesmo que de portas abertas.
Adoro o cheirinho gostoso de café quente e preguiça que o domingo exala. Essa sensação de liberdade, de acordar e ficar na cama à toa, sem compromisso algum com o relógio. Adoro passar o dia todo no sofá da sala de pijama, descansar, relaxar e esperar a segunda-feira com o coração cheio de gratidão por ter vivido um dia feliz e tranquilo.
A liberdade nasce quando matamos em nós a ânsia de agradar, o desejo de impressionar e a necessidade de ser aprovado e aceito pelos outros.
Liberdade também é dizer não, todas as vezes que houver a possibilidade do sim nos deixar desconfortável.
E, ela aproveitou o vazio da ausência dele para se movimentar dentro de si mesma com a liberdade que há tempos não tinha, faxinou todos os cantos, jogou fora tudo que não acrescentava mais, encheu-se de amor-próprio e aprendeu a amar a própria companhia.
Liberdade é a paz de ouvir o que as pessoas dizem a nosso respeito sem nos envaidecer nem nos entristecer. Afinal o que elas pensam e falam de nós é problema delas e não nosso.
O barulho que me cala a alma ama o silêncio e essa liberdade que só a solitude é capaz de proporcionar-me.
Liberdade não é sair dizendo tudo o que pensamos. O nome disso é ausência de bom senso. A Liberdade pode até dizer o que eu posso, mas é o bom senso que diz se eu devo dizer. E é esse equilíbrio entre o que eu posso dizer e o que eu devo que sustenta as relações humanas.
É importante que as crianças tenham liberdade para errar, que possam inventar e discutir regras e até mesmo mudá-las.
Não raro, testemunha-se o amor efêmero e a liberdade ilusória, tecendo um escudo de mentiras contra a voracidade do mundo.