Lençóis
Enrolada entre lençóis,
pensamentos em ebulição,
pegando fogo na emoção.
Minha mente revestida de nó.
Tudo em evidência
zerando intenção de amor.
Paixão a toda sem rumo,
me espreme entre suas mãos.
Seu vício por luxúria e vaidade,
sussurrando em meus ouvidos inverdades,
adentrando meu consciente.
Perturba meus sentidos,
rega meus desejos inibidos.
Perco meu norte,
fico entregue a própria sorte.
Mancha de batom minha boca,
beijos quentes no pescoço
esgotando as minhas forças.
Desliga as luzes dos seus erros,
mascara seu intento real.
Me detém sem condicional,
me paralisa em seus laços.
Se encaixa por todo espaço.
Ao som do gás. Lençóis de seda transluzentes sobre uma luz branca, voam sendo levados pelos ventos.
O céu azul com nuvens de algodão.
O cantar dos passarinhos.
Um cheiro perfumado e aconchegante.
PÁGINA EM BRANCO
Teu nome eu bordei em
Meus lençóis e na fronha
Que cobre meu travesseiro
Bordei com linhas de um amarelo dourado que reluz como ouro.
Guardo te em meu coração, como se fosse um baú tomado do mais fino tesouro !
Tu és para mim um livro
De nossos contos,
Repleto de belas histórias,
Algumas até vivemos entre trancos e barrancos,
Mas sem você, eu sou apenas uma página em branco.
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
O suor vertido em noite de prezar, esconde-se para sempre no fundo dos lençóis da nossa vida, mas, não sai da nossa mente.
FÊNIX DA POESIA
Dormirei em lençóis de rosas
Só o vento a murmurar
Em campos orvalhados
Ficarei a te esperar.
Se um dia não mais te encontrar
Ressurgirei numa nova vida
Por enquanto em campos de relva
Ficarei adormecida.
Não levarei mágoas nem dores
Nos meus sonhos adormecidos
Serei pássaro flutuando em flores.
Serei a certeza de cada dia
Minh’ alma renascerá
Como a Fênix da Poesia.
Irá Rodrigues-
SONHO DE AMOR
"Dormia, como dormem os tristes
Entre os lençóis da saudade
Pedindo o amor em prece
E um pouco de felicidade...
Então você chegou num sonho
E estendeu as mãos para mim:
Numa havia um poema,
Noutra flores de jardim.
Vendo você sorrindo
Envolto em névoa encantada
Nem sei se estava dormindo
Ou mesmo se estava acordada.
Não vivemos o amor na noite
- logo veio a madrugada
Acordei apenas a tempo
De um beijo ardente e mais nada...
Sozinha outra vez no quarto,
Com o sol em raios nascentes
Sorri, chorei e abracei-me,
Querendo reter na alma
O perfume de teus presentes.
E entre o sono e a vigília
Fiquei lembrando no leito
do sonho da noite vivido
em doce e estranho torpor,
Segurando junto ao peito
O poema que não foi lido,
E as flores de teu amor."
(Sonho de Amor - Presença Astral)
Ainda me lembro
Ainda me lembro como se fosse Ontem,
estavamos embaixo dos lençóis
Ainda me lembro do fogo que nos incendiava,
Da paixão que sentiamos
Ainda me lembro...
Ainda me lembro de seus labios macios,
de suas curvas,
Ainda me lembro do amor que sentiamos um pelo outro,
Daquela brasa que se apagou.
Chá de laranja
Estou gripada de novo,
lençóis frios, nariz cansado,
e nessa febre que arde em silêncio
me lembro do teu cuidado.
Você fazia um chá de laranja
com um jeito que só você tinha.
Nem era só o sabor,
era o calor da tua mão na cozinha.
Era doce, era forte, era cura,
e eu, doente, me rendia.
Hoje faço igual, passo a receita,
mas nunca fica como naquele dia.
Falta o modo como mexia a colher,
a pausa pra ver se estava bom,
o carinho que você punha
antes de me entregar na xícara o dom.
Agora, só sobra o silêncio
e a saudade em infusão.
O chá não cura, só lembra
o gosto da tua proteção.
AFORA DA JANELA
Plumas de nuvens no céu profundo
De Brasília, alvos lençóis esvoaçantes
Se desfazem num piscar do segundo
Ao sopro dos áridos ventos uivantes
Ali, acolá, riscando devaneio facundo
Na imaginação, e sempre inconstantes
Vão e vem tal desocupado vagabundo
Ilustrando o azul do céu por instantes
Em bailados leves e soltos, voejando
Na imensidão do horizonte em bando
Vão em poesia na sua versátil romaria
E num ato divino, faz-se o encanto
Tal como flâmulas por todo o canto
Tremulando no cerrado com euforia
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Brasília
Há uma madrugada presa,
Á espera de liberdade,
Coberta com lençóis feitos de tempo!
Está prisioneira, de um "Até Breve",
Que se aprimora, na demora...
Quiçá, ainda não é hora,
Para, enfim acordar a dois...
Veremos o que será depois!...
AMANHECER
A Vida, é em cada despertar,
Entre lençóis de Maresia,
Brisa, Poesia,
Guerra e Paz...
A Arte de Amar,
Saber Ser,
Saber Estar,
E Aprender!
Mesmo com todas as "farpas",
Mesmo com todos os "porquês",
Viva-a, um dia de cada vez!
Dizem que a cama é o paraíso,
Concluo que, o amor é o céu.
E as nuvens são os lençóis,
Protetoras de duas constelações.
Doces são as nossas intenções
Deitadas em prosas num imenso
Jardim celeste cor-de-rosa;
És a minha primavera eterna,
Declaradamente amorosa.
Dizem que o amor não engana,
Escolhi você para ser meu,
Um presente dado por Deus,
Uma canção que amaina,
O meu coração carente é teu,
O teu coração carente é meu.
Encontramos esse amor lindo,
Que dizem ser um vero desatino,
Acreditamos na força do destino,
Que trouxe esse amor com odor de
lavanda e um canteiro de carinhos.
Dizem que o amor é uma primavera
Que não passa - é verdade!...
Quem ama abandona a vaidade,
Vive de fé e encontra significado
- na simplicidade.
Eu aguardo por você porque o amor
Que nasceu, chegou em pleno fulgor,
E por nós celebrarei como se deve
A gala exigida pelo nosso amor;
Desprovidos de timidez seremos um só
- esplendor.
PLENA MADRUGADA
No calor tórrido da noite
Dos lençóis suados,
Eu fujo para o pátio velho
Cá fora, em plena madrugada.
Ali, eu oiço a cantiga das corujas
Rabujas,
Vejo as estrelas em rodopios
Bailando para todos os lados,
No reluzir dos pirilampos vadios
Prateados e dourados.
Aspiro aquele alísio vento
Quente mas húmido que refresca
O rosto que arde num tormento
De quentura
E formatura
Vampiresca.
A manhã, apanhou-me a dormir
Na velha cadeira
Muito usada e costumeira,
Minha confidente de anos
De tantos enganos.
Meu Deus, como é bom fugir
Aos lençóis do calor dantesco
Meter os pés ao caminho
E de mansinho,
Pela calada vir
Apanhar o fresco,
Cá fora, em plena madrugada.
(Carlos De Castro, in Poesia num País Sem Censura, em 20-07-2022)
O GALO
Cantava o galo rico
Na noite a dormir,
Toda ela em lençóis de linho.
Na mansão rica ainda fornicavam
Na adoração do falo
Que empratavam.
O rei cobridor bramia,
Como um gato feito galo.
O galo pobre, gemia,
Sem galo, na noite acordada
Na miséria dos lençóis do nada.
Na casa pobre,
Não havia fornicações,
Só falos murchos
E alguns estrebuchos.
Só gatos e gente que não come
Aos estalos no ar,
Aos murros,
Dando urros
Para afugentar a fome
De mais um dia.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 17-10-2022)
A alma e a inspiração
são exatamente como
os Lençóis Maranhenses
no meu coração
e minha palma da mão
da onde saem os meus
Versos Intimistas que
escrevem o meu pendão.
O brasileiro é um povo de essência humilde abatido por um ódio que envenenou até os nossos lençóis freáticos, que está acabando com a nossa biodiversidade e a nossa Cultura. O ódio não é um valor brasileiro. O Brasil precisa de amor para se recuperar.
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