Lágrimas
Noite adentro
Uma lágrima e pálpebras molhadas
Coração a rebentar-se neste deserto
Nem sei mais quem sou ao certo
Olham e dizem, pobre coitada!
Sofro horas a fio em um pesadelo
Uma profunda tristeza me definha
Nesta solidão que é tão minha
Sinto frio, febre, desespero..
Que o meu verso nunca se cale
Por mais triste e adormecido ao vento
Um fogo que consome, um sentimento
Que enquanto o céu repousa, me invade
Em uma floresta esquecida adentrei
Sem rumo, por entre os arvoredos
De tanto medo, não sentia mais medo
E o vento que acariciava meu rosto eu beijei
Sobrevivo ainda por ter esperança e alento
Suspiro, na palidez das rosas brancas
Enquanto o silêncio derrama lembranças
Nas sombras do vale noite adentro.
Lucélia Santos
As estrelas, testemunhas silenciosas, piscam como lágrimas no firmamento, e o coração, em sua solitude profunda, sussurra segredos ao vento noturno, onde o silêncio é mais denso que o abismo, e a alma se perde em sua própria escuridão.
Nas ruas desertas, os passos ecoam, como memórias perdidas em um livro antigo, e o olhar solitário busca nos rostos anônimos a promessa de um encontro que nunca virá.
O mundo, um palco de sombras e ilusões, nos afasta uns dos outros, como náufragos solitários. E o desejo de conexão se transforma em saudade, uma ânsia inextinguível por algo que não sabemos nomear. Na promessa de um amanhã que nunca envelhece, apenas um refúgio contra a indiferença do universo.
A chuva caía suavemente do céu, como lágrimas celestiais que acariciavam a terra sedenta. Era uma noite escura e melancólica, perfeita para reflexões profundas e encontros com a própria alma. Em meio a esse cenário poético, Leticia encontrava-se no aconchego de seu lar, contemplando a dança das gotas d'água pela janela.
Sua alma inquieta ansiava por uma conexão, por um entendimento mais profundo de si mesma e do mundo ao seu redor. Sentia-se como uma gota perdida na imensidão do oceano, buscando desesperadamente seu lugar e propósito. A chuva era sua confidente silenciosa, a testemunha de seus pensamentos mais íntimos.
Na solidão de seu quarto, Leticia pegou um copo de whiskey, desejando encontrar um pouco de calor e coragem para enfrentar as inquietudes de sua alma. O âmbar líquido girou suavemente no vidro, parecendo capturar um pedaço da alma dourada que buscava desvendar.
Enquanto as lágrimas de chuva desenhavam trilhas nas janelas, Leticia refletia sobre as tempestades internas que a assolavam. Ela sabia que precisava mergulhar profundamente em sua essência, navegar pelas águas turvas de suas emoções para encontrar a clareza que tanto ansiava. O whiskey que aquecia sua garganta era um combustível para essa jornada introspectiva.
Cada gole do whiskey carregava consigo uma sensação de coragem e libertação. À medida que o líquido dourado fluía, Leticia sentia suas barreiras desmoronarem, permitindo que seu verdadeiro eu emergisse. A chuva continuava a cair lá fora, como uma sinfonia divina que a envolvia, levando consigo suas preocupações e medos.
E então, em meio a essa conexão entre alma, chuva, Leticia e whiskey, um vislumbre de paz começou a emergir. Ela percebeu que a resposta que tanto buscava não estava em algum lugar distante, mas dentro de si mesma. Sua alma, como uma gota de chuva única e preciosa, continha a sabedoria e a serenidade necessárias para enfrentar as tempestades da vida.
Enquanto a chuva persistia, as lágrimas de Leticia misturavam-se às gotas que dançavam do lado de fora. Ela sabia que a jornada para a compreensão completa de sua alma ainda estava em curso, mas sentia-se fortalecida pela conexão com a natureza e consigo mesma.
E assim, Leticia abraçou o momento presente, saboreando cada gole de whiskey como uma dádiva de coragem. A chuva, testemunha de sua busca, continuava a cair, lavando sua alma e trazendo um renovado senso de propósito. Leticia estava pronta para enfrentar o mundo com um coração aberto, sabendo que sua alma era tão única e valiosa quanto cada gota de chuva que tocava a terra.
No peito apertado, a tristeza se aloja,
Uma sombra fria que o coração carrega.
Lágrimas silenciosas, a alma se afoga,
Um mar de melancolia que me entrega.
Nuvens cinzentas pairam no céu da vida,
Um vazio profundo, sem luz nem calor.
A tristeza sussurra, dor que não se esquiva,
Um lamento solitário, sem sabor.
Caminho pelos dias com passos pesados,
Um suspiro constante, um nó na garganta.
A tristeza me envolve, em seus braços sombrios,
Um fardo que carrego, uma dor que me encanta.
Mas mesmo na tristeza, uma chama persiste,
A esperança sussurra, um abraço de alento.
No sombrio inverno, o sol há de surgir,
E a tristeza se transformará em lamento.
Assim, ergo-me em meio à escuridão,
Construindo força na fragilidade.
A tristeza se desvanece, em cada canção,
E renasce a alegria, com serenidade.
Aquelas gotas de chuva riscam o vidro da minha janela como lágrimas exteriorizadas das minhas dores humanas.
Cai miudinha de saudades daquela tarde chuvosa com lembranças vivas em minha memória.
Há...tudo ficou em câmera lenta e ao mesmo tempo, perturba, causando insônia com a distância entre meus sonhos e minha realidade.
Dúvidas possíveis e os delírios de saudades em cenas reais de lágrimas, risos e choros naturais.
Sem perceber, derramo uma lágrima de realidade e as palavras voam pela janela das coisas ditas e só me resta a poesia.
Poesia essa que vem
desdobrando-se como memórias da minha própria vida.
perdida no espaço tempo
Meus olhos ardem enquanto durmo para fugir
As lágrimas invadem quando na verdade eu queria sorrir
Olho pela janela e não sei que dia é hoje, não sei que horas são.
O coração de uma mãe se despedaça, ao ver as lágrimas de seu filho rolar em sua face.
Ela tenta fazer de tudo e até o impossível, para ver o seu filho bem .
Essa dor que ela sente , nunca terminará, não existe idade que mude !
Aprendi a chorar por dentro para que ninguém veja as minhas lágrimas. Mas também aprendi que chorar não é um sinal de fraqueza, mas um recurso do corpo para aliviar a sobrecarga da alma. O choro é algo que acontece nas três dimensões do ser humano, no corpo, como resultado de um apelo da alma, que está ferida e cansada, no espírito que se rende e procura forças no Ser Supremo, pois o choro é um pedido de ajuda e rendição.
Às vezes, as lágrimas são o derramar da alma, uma expressão genuína de emoções profundas. Permita-se sentir, pois é assim que curamos e encontramos renovação.
As lágrimas que derramamos são testemunhas da nossa coragem de enfrentar a dor e seguir em frente, mais resilientes do que nunca.
Para cada dor haverá um bálsamo,
A cada lágrima que brota há uma esperança,
Para cada temporal haverá sempre um arco-íris,
Para nos lembrar de que Deus é fiel.
Já falei de ti no Rossio.
Vi-te de todas as cores,
O amor e o teu feitio
São lágrimas do que eu sorrio.
Já falei de ti nos Aliados.
Serias o melhor dos meus amores
Mas lembrei-me que estávamos separados
Pela visão do futuro cegados
Não te quero encontrar noutros lados.
Já falei de ti em Portugal.
Não me quero lembrar dos horrores
Em que o resultado era ilegal.
Já falei de ti no mundo.
Sonhei que sonhavas com as flores.
Mas daquele sonho profundo
Não aproveitei nem um único segundo.
Repito: falei de ti em todo o lado.
Serei infeliz, desafortunado.
Mas do silêncio que tenho cansado
Teria sido um infeliz amado.
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