Jean Paul Sartre poesia
Nas ruas há também uma quantidade de ruídos equívocos que perpassa. Produziu-se pois uma mudança durante estas últimas semanas. Mas onde? É uma mudança que não se fixa em sítio nenhum. Fui eu que mudei? Se não fui, então foi este quarto, esta cidade, esta natureza; é preciso escolher?
Mas, enfim, tenho de reconhecer que sou sujeito a estas transformações súbitas. Sucede que só muito raras vezes penso; assim uma infinidade de pequenas metamorfoses vai-se acumulando em mim sem eu dar por isso, e depois, um belo dia, produz-se uma verdadeira revolução.
Que estava eu ali a fazer? Porque estava a falar com aquelas pessoas? (...) Tinha morrido a paixão que me submergia e arrastara durante anos; naquela altura sentia-me vazio?
É então isso…o Bem? Ser-se dócil. Muito dócil. Dizer sempre “perdão” e “obrigado”…É isto? O Bem. O bem deles…
A escolha livre que o homem faz de si mesmo se identifica absolutamente com o que se chama o seu destino.
Sugestão para o título de um filme que venha a abordar a relação de Camus e Sartre no período pós-guerra: “Incompatibilidade de Gênios”.