Janela
OLHANDO PELA JANELA
Olho para o mundo e o desenho em minhas letras
As pessoas não se enxergam
Não se olham, quando muito, se apedrejam
Como me veriam?
Enquanto observo por minha janela
Crianças puras, leves
Esperando para serem envenenadas
Por mágoas,dores e decepções
As quais chamamos de educação
Gigantes de terno e uniformes
Que escondem dentro de si
o mais profundo dos medos:
Libertar-se
Choro, por que não sei mas quem sou
Nem pra onde vou
Porque até agora sou
Minha melhor companhia
Que me agasta e revolve
Mas me dá uma esperança mínima
Continuo a viver
Triste, alegre...
Não sei, sei que faço isso todos os dias
Com olhar poético de um garoto
Coragem de um homem
Amanhã recomeçarei
Chove lá fora
Mas a verdadeira tempestade está dentro de mim.
-A.L
Dois cravos vermelhos na minha janela mancham o prateado do alumínio.
Ai! Que burro ... dei agora para escrever tudo trocado!
quis dizer que
O alumínio prateado da janela, mancham os dois cravos vermelhos
ele é frio, e os dois estão quentes!
Saudade latente
Muitas vezes, somos uma janela fechada, atrás da qual se esconde a tristeza, e, atrás de sorrisos, carregamos muitas, todas tantas lágrimas, incertezas... Somos muitas vezes o que parecemos não ser, tampouco diferentes do que aparentamos ser.
Marilina Baccarat, no livro musicalidade colorida
A claridade que logo cedo desperta seus feixes de luz na janela. Deveria ter nome de Clarice.
Que traz consigo harmonia, brilho e um pouco de ousadia.
Coube logo a uma menina, está sem nenhum pouquinho de jeito e totalmente sem tipo.
Já se via a obra da natureza, vida cabocla, jeito sapeca, sorriso desregrado de tamanha a simplicidade.
Findava a beleza na chuva, com o vestido molhado, os pés descalços, correndo em meios desengonçados sobre os poços de água.
Largava a vida natural e tomava rumo de cidade grande.
Conheceu as ruas, popularizou as cidades e sofisticou os filhos.
Hoje completa da abundancia, tem regalia, tem estudo, eita sinhá.
De cá pra lá foi só um passo, onde as de querer parar.
Meu quarto é tudo que preciso;meu armário é passagem para outro mundo,minha janela a visão da liberdade,meu abajur meu dia e minha noite,minha escrivaninha portas para imaginação...e na minha cama,o portal para lágrimas obscuras...meu quarto,meu conforto...minha prisão...minha dor,minha melhor amiga...a solidão.
Não adianta ficar olhando pela janela a felicidade do vizinho, enquanto a porta da sua casa deixa fechada.
Mais um dia que amanhece !
Abro a janela e sinto o abraço do vento
Fecho os olhos e inspiro fortemente!
Ha um leve perfume no ar...
Inspiro mais profundamente
E o cheiro de vida me inebria.
Vida que me toca,
me desperta e me transporta
para os braços do Criador!
edite : 5/5/2016
A LUA E SEUS MISTÉRIOS
Postou-se tempo na janela
querendo ver a lua chegar
feito apaixonada donzela
cujo amado deomra voltar
Sua extremada solidão
misturou-se aos raios do luar
até hoje não se sabe a razão
deste encanto se embaralhar
a lua por ela se apaixonou
ou foi ela que a lua enfeitiçou...
mel - ((*_*))
Abra a janela e olhe, veja como o sol brilha. Perceba como existe beleza ao seu redor, passe a festejar pelas coisas simples que existem, estas são as melhores.
Deixe seu sentimento transparecer, não existe nenhum motivo que te faça guardar o que tanto seu coração sente vontade em comemorar. O tempo só faz passar, então aproveite o agora, não deixe o amanhã te incomodar com saudades do que não irá mais voltar!
AQUI NA FAZENDA TEM
Lua cheia na janela
frango com pequi na panela
a vaca leiteira na cancela.
Morcego no forro do telhado
cheiro de carneiro assado
ruminar do cavalo malhado.
Moqueca de peixe improvisada
da vizinha a boa risada
alvorecer da passarada.
Manga madura amolecida
broa doce amanhecida
escova de dente vencida.
De longe se vê a chuvinha
jabuticaba caída madurinha
internet perto da cozinha.
Saber que vou embora
mas voltarei outrora
quiçá sem muita demora...
mel - ((*_*))
Sentado na poltrona, desligo meu celular e olho pela janela enquanto sinto o cheiro dos fósforos que queimo pelo simples tédio.
Chove. Um copo de Whisky sobre a mesa. Meu colarinho desabotoado, mangas dobradas me faz lembrar por um instante um personagem.
Ninguém esvazia esse cinzeiro? É o que parece. Esses cigarros velhos..
No canto da sala um retrato que guarda o único momento feliz da minha vida.. Ou pelo menos guardava. Agora está pela metade. Mesmo que tenha sido rascado de forma violenta, e juntado com fita adesiva por trás, mesmo assim perdi a imagem perfeita e a mensagem escrita atrás. Uma dedicatória sem término de validade, prometendo um sentimento inacabável sobre uma vida agora utópica.
Como é possível uma simples foto guardar um momento para sempre, de um simples segundo tão feliz e que jamais será esquecido? O único ponto de luz nesse escritório cinza dentre esses móveis escuros. Talvez por eu mesmo ter capturado a fotografia. Sinceramente é impossível saber.
Nas estantes, livros de suspense bem ao estilo Agatha Christie compõe o resto da beleza do meu escritório.
Chove. Encosto meu rosto próximo a janela. As gotas quem rolam pela lado de fora do vidro da janela, fazem lembrar de cada lágrima dela com sentimentos do peso de 1000 dilúvios em cada lágrima do lado de fora da janela.
A chuva parece tão feliz do lado de fora, que não me lembro dessas gotas de chuva do lado de dentro da janela. Gotas.
"E o tempo me deixou mais calma, mais segura, mais mulher. Vejo a vida como uma janela, basta voce abrir a cortina e ver o tempo lá fora. Se estiver chovendo, faça um chocolate quente e divirta-se"
Sempre nascerá uma criança; Sempre morrerá uma pessoa, e sempre haverá alguém na janela vendo cortejos fúnebres passar.
