Inveja e Cobiça
Por que o homem tem tantos compromissos? Quantas atitudes boas se perdem por causa dessas prioridades inadiáveis que talvez não o leve a nada? Há aqueles que priorizam o ato de ganhar dinheiro. Abstêm-se de sentimentos que, num curto prazo, os fariam bem mais felizes e realiza-dos do que essa busca frenética pelo supérfluo. Os piores sentimentos, aqueles que a humanidade prega como ruins, vêm de toda essa ganância. O orgulho, a cobiça, a inveja e outros sentimentos mais baixos que os acompanham, estão sempre juntos porque, eles se completam e gostam de morar sempre na mesma casa... A daqueles que acumulam bens materiais e se esquecem dos sentimentos mais nobres.
Com dinheiro no bolso, as pessoas se transformam e aqueles com maior percepção, com mente mais esperta, distinguem a diferença. Pelo jeito de andar, de olhar, de desconfiar de quem se aproxima, e mesmo, na forma arrogante de se comportar.
Fiquei nua.
Tirei a roupa, o sapato, o laço do cabelo.
O brinco e o anel também.
A lingerie se foi, a maquiagem saiu,
O esmalte vermelho das unhas
A acetona removeu.
Nada me cobre além dos olhares
Hipnotizados
Irados
Extasiados.
Fiquei nua
E me sinto protegida
Forte e poderosa.
É que a luz, antes bloqueada pelos trajes,
Brilha.
Irradia.
Ofusca.
Viro a essência do desejo!
Há quem odeie, há quem adore,
Há quem projete seus lixos - vai que a luz os consome...
Santa cobiça, que de santa não tem nada.
E a culpa é do cobiçado
Ou de quem não fica nu?
Ter sucesso em cima do nome dos outros,é a mesma coisa que orgulha-se de algo que não é seu, apenas por cobiça.
A felicidade é um contínuo progresso do desejo, de um objeto para outro, não sendo a obtenção do primeiro outra coisa senão o caminho para conseguir o segundo.
A ilusão do consumo desenfreado é habilmente imposta pela mídia, que nos diz que a felicidade está à venda, ao alcance de nossas mãos, desde que compremos mais e mais. Somos enganados pela cobiça das grandes corporações, que se aproveitam da nossa ânsia por pertencimento, enquanto apegamo-nos a produtos e serviços que não preenchem o vazio existencial que sentimos.
O rico insensato faz da riqueza o seu deus e, ainda, por tabela, a si próprio como seu deus. Já o pobre cobiçoso, faz da pobreza sua causa de revolta contra o seu semelhante e contra o verdadeiro Deus, seu Criador. Porém, tanto um quanto o outro, são igualmente adoradores da riqueza (idolatria). Um, por possuir a riqueza e, o outro, por querer possuí-la.
Mudez
Telefonas-me somente para ouvir a minha voz?
Um alô, um olá de uma voz rouca
Isso te satisfaz?
Ou estás a querer saber por onde ando
A me vigiar
Não te preocupes
Não irei a nenhum lugar.
Meu mundo é pequeno
Viajo muito na imaginação
Sou mais pensamento
Pouca ação.
Não deves me cobiçar
Pensamento é veneno
E pode te intoxicar.
Não se torture correndo atrás de ilusões pois a maior perfeição é rapidamente destruída pela realidade dos homens.
Os desejos constantes pelo pecado são como o mar bravo, somente o poder de Deus é capaz de acalmar.
Esposas que chegam tarde em casa, sem motivos aparentes, estão dando ouvidos às más conversações, ou sendo alimentadas pela cobiça do dinheiro ou sendo levadas por elogios masculinos que logo terão problemas conjugais, espirituais e eternos.
Cuidado com gente maldosa, invejosa, infeliz e amarga vestida com capa de religiosidade, você não é capaz de imaginar o que tais pessoas são capazes de fazer, criar e articular para prejudicar alguém a quem não querem bem, na verdade tais pessoas não gostam de ninguém nem de si mesmas. Apegue-se a Deus e se afaste antes que sua alma seja envenenada por tais serpentes contaminadas.
O invejoso é desprovido de todo e qualquer sentimento que possa remetê-lo à condição de ser humano. Ele é frio como um iceberg, contudo, através da eficiência de suas nefastas táticas, ele consegue esconder sua real personalidade, apresentando-se sempre como uma vítima, frágil, ingênua e prestativa.
Psicólogo e Escritor- Alexandre Bez, Livro: Inveja -O Inimigo Oculto