Inutilidade
Inutilidade, ou a burrice das guerras
Mãos, pés, dedos, cabeça, tronco e membros
Amarrados, inúteis, incapacitados!
Apenas o pensar ainda livre [jamais poderão amordaçar meu pensar]
Apenas meu pensar, ainda livre, voa, reclama, conclama
Dentro de um espaço finito, meu pensar infinito [indomável] se debate
- Como é possível tanta insensatez?
Como é possível a escuridão vencer a luz [a luz é, a escuridão apenas sua negação]
A escuridão [deles] é pequena, mediante o cintilar da menor das estrelas
- E são trilhões de estrelas cintilantes, nos indicando o caminho
Basta olharmos para o alto
A escuridão [deles] está no chão, o alimento [deles] é terra arrasada
A nossa energia [dos homens de boa vontade] emana do alto
Fonte cristalina, eterna, divina
Unidos, olhemos para o alto, renovemos nossas energias
A cada novo dia, renovemos nossas energias
Depois dessa noite tão escura que se abateu sobre nós
Já vem [avançada] a aurora, nos indicando um novo dia
Nos apossemos dessa nova aurora e façamos valer a luz
Penetrando [rasgando] essa escuridão
A luz depende de nós, de cada um de nós e de todos nós.
A solidão nos lança na vastidão da inutilidade, onde cada instante se alonga e cada pensamento ecoa sem propósito
Sobre a inutilidade do ser
Inutilidade do ser é a perspectiva da existência de um motor perpétuo, onde você tende a acreditar que o motor precisa de uma potência, cuja força advém de si mesmo e que a maquinaria resiste ao tempo. O tempo em potência para morte mantém a expectativa de satisfação existencial, somado a invenção da satisfação de prazeres efêmeros. Em resumo mp+p-p-t= inutilidade
A inutilidade só pode ser vista na obscuridade do pensamento, na luz do pensamento tudo que é pensando atravessa o otimismo ao destino. No obscuro o pensamento não está contaminado pela necessidade de transcendência, ali a ideia é pura sem contaminação do eu/cultura, este estado de pureza é capaz de ver o que se tem antes e depois do ser. O ser vai tentar sair deste estado/lugar, ao deslocar-se sente o movimento de vida, mas é surpreendido pela finitude do ser que não tem alternativa ante à morte a não ser investir nas vicissitudes pulsionais, nisso o enredo está criado, a história está feita e construída no arquétipo/psicogenético. Nisso a será replicado, ensinado, testado, confirmado por alguma autoridade/potência que propagará a utilidade do ser enquanto o ser descobre ser inútil em si mesmo, ao menos aos que vem do malogrado e obscuro lugar. Obscuro não por falta de luz, mas por desistir e insistir em dar luz as ideias.
escrevo para nada
e para o nada silencioso
e prefiro esta inutilidade da minha escrita
a ardência do fogo que queima
de dentro para fora
e precisa sair
precisa existir
precisa ganhar forma
e virar faíscas
queimadoras não de dedos
nem de olhos
mas de sentimentos pétreos
ainda cegos para a essência
ainda néscios para a diversidade
ainda impuros e contaminados
– que esta fagulha acenda
as chamas internas de todos quanto
almejam exorcizar seus próprios demônios
e ainda desconhecem meios para tal façanha!
hoje não aceitarei barganhas
e farei de mim
meu mais precioso patrimônio…
A inutilidade pode nos libertar das expectativas externas ligadas à utilidade, proporcionando uma sensação de liberdade.
Nossa utilidade muitas vezes está condicionada a algo ou alguém, o que limita nossa liberdade.
A inutilidade do conhecimento.
Me sinto triste e inútil, com tanto conhecimento que tenho, e sem poder usar eles, ou que façam uso deles.
O que me entristece é saber, o quanto que meu conhecimento é útil.
Saber que poderia ajudar muita gente e meu conhecimento está inerte e sem nenhuma utilidade para mim, para meus próximos, minha comunidade, meu bairro, minha cidade, meu país e a humanidade.
Matciano A Nantes
Bom dia!
Lembre-se de que cada um de nós terá que prestar contas a Deus pela inutilidade voluntária da nossa vida.
Que possamos usar este dia de maneira espetacular, fazendo escolhas que realmente importem e acrescentem valor, tanto para nós mesmos quanto para os outros.
Que Deus abençoe o seu dia de forma especial!
Superando as sombras do passado
As palavras de meu pai ecoavam como um decreto de inutilidade. As afirmações de minha mãe pintavam um futuro sombrio, desprovido de conquistas. O laço fraterno com minhas irmãs parecia frágil, distante da amizade que eu ansiava. Na escola, sentia-me como uma intrusa, uma aluna indesejada. A crítica de um professor ressoou profundamente, como se minha própria existência fosse um erro.
Cresci envolta em uma névoa de incerteza, questionando meu lugar no mundo. Hoje, aos 30 anos, reconheço o vazio que se instalou, reflexo das feridas do passado. Minha história pode não ser um conto de alegrias fáceis, mas ela é a minha jornada.
Ainda que em alguns momentos a vida pareça um fardo pesado, carrego em mim a resiliência de quem sobreviveu às tempestades. Se por vezes meus passos vacilam e o destino se oculta, a busca por um caminho permanece acesa. A tristeza que as incertezas trouxeram não me define, mas me impulsiona a buscar luz.
Na minha busca espiritual, volto-me para diversas crenças, na esperança de encontrar amparo e compreensão. E mesmo que o silêncio persista em alguns momentos, a fé reside em meu coração.
Sou feita da vastidão da estrada sob a noite estrelada, da firmeza do chão batido sob a luz da lua. Envolvo-me na delicadeza do perfume das rosas e na imensidão acolhedora do mar. Reconheço a multiplicidade de caminhos e destinos que se apresentam, e com renovada esperança, sigo adiante, confiante de que um deles me encontrará.
SOBRE A INUTILIDADE
INÚTIL
É aquele que
Nada Faz
E quando se obriga a fazer Algo
Julga-se concorrente de
DEUS.
A inutilidade..
inútil daqui inútil dali
Mãos que não trabalham
Mãos que não ajudam
Mães que falam..
O tão "só" já não me larga
Mas eu quero ir embora
Tão inútil no amor
Tão inútil em casa
Não lavo não passo não engomo
Mas penso
Mais amor
O amor está em mim
Mas nunca veio até mim
Dei olhares
Dei sorrisos
Fui amor
Dei perdão
Já não sei o que se passa em meu coração nem tão pouco em meus pensamentos. Um pai que com palavras me fere
Uma mãe que nem tão pouco me nota
Um namorado que tão pouco me amas
Tenho tanto
E sou rodeada de poucos e metades
Um pouco de amor
Uma meia mãe
Um meio pai
Mas já digo que vou embora por favor não venham atrás
Vou achar quem me procura
Quem me ame muito mais!
E quando pensar em mim por favor não se arrependa tu fostes o pouco que me tornou o muito
Essas correntes me fizeram querer voar
E então ir embora
Então digo de novo
Não se arrependas
E caso se arrepender
Por favor não me procuras!
L
És aquele que ninguém ama, ninguém quer.
Tudo que você faz de bom não passa de inutilidade,
das quais ações nunca trouxeram felicidade qualquer;
agora terás que lidar com a verdade.
Um mentiroso, um egoísta,
que se finge de homem bom,
que finge que é piadista,
mas não passa de um sem dom.
Tudo que fazes é errado, é incorreto
e, apesar de parecer indiscreto,
tudo que pensas é demasiado secreto.
Por esse secreto deves se arrepender
e um concelho, novo inimigo:
se felizes aqueles que amas queres ver,
afasta-te, pois jamais feliz tu vais ser.
