Intensidade em que ela Dura
Alegria e Tristeza são duas coisas que não dura para sempre...tem sempre o seu tempo e hora, como tudo na vida.
Colecione amor,
poque ele não estraga,
não envelhece e dura para sempre...
que a tua fonte de ternura brote todos os dias
formando rios para aguar o solo da esperança
plantado sementes do futuro
para nascer as plantações de amizade, e flores da saudade
que o amor de alguém não lhe falte
colhendo e provando o fruto da vida
são ternuras
são ternuras
momentos felizes,calor que vem da alma
as traças corroem mais os belos tecidos
o amor dura para sempre...
Quantas faces escondemos durante um dia?
Quantas tristezas há por trás de um sorriso?
Durante 24 horas, entre 90 e 100 mil batidas de seu coração, por quantas vezes e quantas pessoas conseguiram te matar devagarzinho, seja com falsas palavras, falsas promessas, amizades quebradas, traições de quem amamos...?
Agora, para mim, o mais importante: Diante de tudo isso, por quantas e quantas vezes você sobreviveu? Milhares, não é? Então, não será desta vez que você cairá. Levante-se mais uma vez e viva!
O Jovem e o mestre
Por que a vida é tão dura e difícil, tanto sofrimento, mentiras, amores e suas desilusões, guerra, fome e dor? Essa foi um pergunta de um jovem ao seu mestre, que sabiamente respondeu:
___A vida não é difícil, ao contrario ela e maravilhosa, única e intensa, o que torna a vida difícil são os seres humanos, na sua ganância e impulsividade, destroem tudo a sua frente para obter seu objetivo.
O jovem não satisfeito questionou: ___Mestre, mas os seres humanos são criação de Deus, como podem fazer isso, sem medo ou remorso? E por que deus não faz algo.
O mestre olhou para o jovem e sorrindo respondeu: ___Deus como um pai não faria mal ao seu filho, mesmo que o mesmo o magoasse muito, a vida o tempo se encarrega de mostrar seus erros, e o pior castigo e perceber esse erro tarde de mais, desta forma seu sofrimento que perdura pela vida, um ato falho que nunca poderá ser desfeito, mas a vida pode também dar uma segunda chance, basta aproveitar e fazer diferente.
De erros acertos é feita à vida, o que vale é saber como você vai aproveitar esta lição, uns conseguem mudar outros não, o pior castigo é a solidão dentro de teus erros que você terá que carregar pela vida, ou a felicidade de uma segunda chance para fazer tudo melhor e diferentes a cada dia.
O jovem olhou para o mestre e perguntou: ___ mestre você já teve uma segunda chance? O mestre com olhos marejados respondeu: ___Todos os dias meu jovem, todos os dias quando abro meus olhos e vejo o nascer do sol, a natureza, a beleza da vida e poder respirar o ar que nos rodeia desta forma que Deus me da uma segunda chance de viver, amar e agradecer tudo que posso ter.
Ainda que caiamos da montaria, mesmo confuso, ainda que Deus diz: Dura coisa é para ti recalcitrar contra os teus próprios agrilhoes, coisa dura é você dar a volta sobre si mesmo para poder, assim, enxergar o novo tempo e uma nova oportunidade.
Registro
Toda está saudade comovida
Meu relógio toca, hora a hora
É dura dor, badalada e doída
Toando solidão, ao ir embora
Como é vazia toda despedida
Incontida aflição, então, chora
Aperta a alma, se faz sentida
Soando numa privação sonora
O ponteiro marca cada sensação
E, seus minutos, tão singulares
Pulsam na cadência do coração
Ah! toada em toada, os olhares
De segundo a segundo, ilusão
Não mais há tempo de voltares!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 agosto, 2023, 13’18” – Araguari, MG
DIA CHUVOSO
Trovejante soneto troou na dura aflição
Dia chuvoso na tarde com melancolia
Alma num vazio, e vazio na sensação
Em uma mescla de angústia e poesia
Trovejante sentimento troou pensativo
Na emoção, realidade vera ou fantasia
Quanto inteiro cerrado, tremeu ilativo
Obedecendo a dor, que versar queria
E ao perpassar por margem sofrente
O verso soluça num soneto chorando
E o bardo, também, chora soluçando
Trovejante poema troou descontente
Surge a saudade no infortúnio atado
Ferindo o emotivo coração da gente!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Janeiro, 2023, 17'51” – Araguari, MG
CRISTAL QUEBRADO (soneto)
Neste versejar estreito e amarrotado
uma saudade, dura, estirada na rede
de verso tedioso, o dia, assim, despede
suspirando com sonho desencantado
e em um canto da imaginação, a sede
de ilusões, desejos, no pesar bordado
delicado tal um copo de cristal lavrado
em que, às vezes, a sofrência excede
é trova com choro, o que muito sente
cada rima, uma rima com uma solidão
bêbedo de dor, que dói n’alma da gente
poética que faz o coração abandonado
deixando o soneto cheio de sensação
nota, e cicatriz de um cristal quebrado.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 junho, 2025, 19’36” – Araguari, MG
Teu Reflexo
No espelho, te olhas, mas sem te enxergar,
a vida tão dura fez tudo apagar.
Mas dentro do peito ainda há clarão,
bela, intensa—és furacão.
Teu riso esquecido, tua pele, o traço,
história bordada no tempo, no espaço.
És força que brilha, és flor que renasce,
és fogo que a vida jamais apaga-se.
Então te permita, volta a se ver,
no espelho, mulher, és puro viver!
Paixão é a explosão da chama, que dura uma fração, tão intenso, que nenhuma tempestade apaga, só os conselhos do vinho...
POETA FUI
Poeta fui e do causar ferino
Me acariciou a carícia dura
Versei mais dor que ventura
Andei sonhador e peregrino
No devaneio, vivi o desatino
Amando o que pouco dura
Gozando da decepção dura
Poeta sem charme no destino
Porém, a cada verso, tentei
Ter o acaso e a doce poesia
Não agonia que não sonhei
Entendo, que versar alegria
Tem de tê-la. Pouco cantei
Se cantei foi porque sofria
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/10/2020, 08’06” – Triângulo Mineiro
paráfrase José de Abreu Albano
A Flor do Madacaru
A flor do mandacaru... das lágrimas pelo chão
Brotam da dura terra num alvo véu do agreste
Ornadas de espinhos, num prenúncio de união
De força, na secura ou na chuva em ato celeste
Abrirá! E ao poeta de cordel - eterna comunhão
São trovas da flor a enfeitar a poesia que fizeste
Flor do mandacaru... graça despertada no sertão!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/11/2020, 09’02” – Araguari, MG
QUANDO O SONETO CHORA
Nas estrofes do soneto, a tristura
Suspira, choraminga na dura dor
Unhando no verso afiada ranhura
Dês que dá à sensação, dissabor
Quando o verso lacrimeja, e figura
O desagrado, o pranto é um temor
Sente o desencanto, beira loucura
Duma poética desiludida no amor
Há pesares extensos no caminho
Saudade, embatucando o sentido
Martelando o que não tem alinho
Chora o soneto o instante partido
Da vida, versando cada cadinho
Protelando o versejar tão doído!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
10 março, 2024, 14’20” – Araguari, MG
NA SAUDADE SE ARRASTA
Os versos que no versejar te beijo
É dura solidão que ali se esconde
Um aperto que a dor corresponde
Do carecer meu, de arfante desejo
Como importa saber como e onde
Caminha o teu coração, relampejo
Minh’alma, e o nosso suspirar vejo
A ilusão, a tortura, o sonho, donde
Vem a sensação do vinho já vertido
Que corre na agonia, tão traiçoeira
Embebedando o sentimento sofrido
Vem da nostalgia, de uma sede casta
Da afeição, e de uma emoção inteira
Ardente, que na saudade se arrasta.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18 junho 2024, 17’31” – Araguari, MG
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