Intensidade em que ela Dura
Quero a intensidade o momento,
e a riqueza do instante
Quero viver como o beija-flor
e me nutrir da beleza
Quero o perfume da vida
e me banhar de sol
Quero sorrir por sorrir
e dançar sem música
Quero abandonar correntes
e me livrar do inútil
Quero ignorar o futuro
E abandonar o passado
Quero a paz do presente
e viver sem pressa
Quero o presente.
Mas se for ao teu lado, eu não me importo com o tempo, pois a intensidade de todos os nossos momentos juntos, vale pelo tempo que for.
Te vejo amando, e me dá medo de não conseguir acompanhar sua intensidade que seu coração exala;
perco-me em seu mundo sem a mínima direção e sem a razão que me convém;
percebo que você está cada vez mais longe de mim e nada posso fazer;
Preciso da sua atenção e dos seus sentimentos que aflora de seu coração;
Amar com um infinito da intensidade nunca foi pecado, mas o risco de transpassar o limite da razão é inevitável;
Ser o quê você sempre sonhou e desejou é o juízo da verdade e o exemplo da paixão inventada;
Proporciono realidade em um jeito de amar impassivelmente no horizonte do querer abstrato do coração;
Peço ao vento que me traga suas verdades e sentimentos que acalentam-me como um sussurro singelo;
O segredo nao esta na eternidade, esta na intensidade.
Resumindo nada eh eterno, mas não quer dizer que não possa ser intenso.
Trate-me bem, eu retribuo na mesma intensidade; trate-me mal, eu o ignoro, não perco tempo com pessoas idiotas.
Sou aquele cara com virtudes clássicas, de poucas palavras,
é apaixonado na mesma intensidade que sou ciumento...
A vida vale muito mais a pena quando a intensidade de cada momento que a forma é levado ao encontro do infinito. Viver por viver, eu morreria.
Amaram-na
com tal intensidade
que a compreenderam.
Tirava-lhes o folêgo
e ao mesmo tempo,
insuflava o mais puro ar.
Brindava-os com a luz
revelando a beleza
que se esconde ao anoitecer.
Ensinava-os a apreciar cada momento.
Dizia sobre a intensidade da vida.
Eles: poucos e privilegiados.
Ela: única, a cada dia.
Para conhecê-la é preciso despertar,
antes do astro-rei.
Porém, isso não basta.
É preciso descobrí-la. Desvendá-la.
Ela é manifestação primeira de vida.
É começo. Recomeço.
Todos os dias.
Descubra a aurora.
Fico pensando, até quando?
Até quando essa paixão...
Essa intensidade...
Essa ilusão reinará em mim?
Saio por aí, e em todos os rostos só vejo você.
Fico na esperança de te encontrar, de te falar...
O quanto foi um prazer te conhecer.
O quanto sua vida me fez enriquecer.
Mas não te encontro...
Espero, no entanto, um milagre acontecer...
Meu suspiro libertar-se,
Meus olhos se aconchegarem sobre você.
Fico pensando: por que o destino quis assim?
Ironia?
Ou
Bondade?
Seja lá o que for, já é tarde.
Algumas tardes...
Porque um dia, eu sinto que vou ter-te...
E assim reviver o que não é tarde.
Alternava a intensidade dos passos, com pausas onde pudesse as mãos agarrar algo, mesmo que todo esforço possível não fosse suficiente, mas insistia como se tudo que houvesse ao redor, se tocados, pudessem acrescentar alguma energia que o fizesse se manter em pé.
A oscilação da respiração era pretensão da indescrição da dor. Ainda sentia todo o possível visível distorcido, como se tivesse sido rodado por alguns minutos. Vez após vez quase perdia repentinamente a consciência, e a variação foi interrompida com uma queda ao chão.
Pouco tempo depois, provavelmente alguns segundos apenas, os sentidos voltaram devagar e o silêncio o fazia lembrar de que não fora um devaneio. Recordou-se dos dedos soltando devagar dos móveis por perto até que os últimos que insistiam em não ceder não pudesse sustentar o peso do corpo. O impulso em se levantar foi em vão, então fechou o pouco que tinha aberto dos olhos, dessa vez voluntário e permaneceu alí, numa permissão de auto-reconstrução dos pedaços.
As vezes é preciso ir aos extremos, ressurgir como única chance ao impossível.
Era paz aos olhares alheios de insinuações pouco baseadas na intensidade da realidade. Para alguns preocupação ignorada, e a maioria nem sequer importância davam. Desenhava, entre as grades, pelas faces e tocável céu onde pudesse letras formarem versos, curtos ou longos, mas de expressões decodificadas para clara interpretação da agonia.
Para todos alguém que muito ria, para ele uma alma vazia. Corpo frágil de confinação, tão próximo do enleio mental quanto pudessem se atrair por suas frustrações.
Pouco entendiam do que ele falava, por isso terminava sempre no chão entre as palavras, se pisadas pouco importava, a vociferação ecoava por dentro do ouvido encostado ao chão. Bastava só uma ilusão que os fizesse voltar para onde o desvario lhes assegurasse o não enfrentamento da desolação, mas se afastavam sempre mais da razão.
Os que sempre insistiam na psicose como guia, invertiam as posições, e a coragem ansiava por alforria, que consigo levava e alimentava o prenúncio do amanhecer que nunca via, fosse isso então a confirmação de não mais noite ou nunca dia.
Quando todas as tentativas de caminhar se perderam em alguns passos tortos, e envolto na intensidade de minha angústia abracei a escuridão, senti o sol nascer e discretamente os traços de luz tocaram meu rosto, como se eu fosse parte da razão e vida irradiada.
Ainda que perdido por algum tempo, incito a calma e ajunto desarranjada força, entre quedas e quases me reapoio e insisto mesmo que isso vá alongar a jornada e signifique até a não conclusão da mesma.
É quando afasto os pensamentos negativos em delírio consequente a tantos atos, que de fato nunca foram em otimismo meus amigos, posso crer na ilusão das tentativas, na possibilidade do final florido e do riso singelo; sobre os lados que agora assumem novos significados, e os de antes, agora ignorados, pra só assim manter a minha alma à distância da consciente desistência.
Sou um pouco como o mar. Cada onda com sua intensidade, e em sua profundeza, uma imensidão de vida...
