Inteligência
De todas as mazelas que acometem o ser humano, com certeza a ignorância é a pior de todas. O inteligente mal-intencionado pelo menos sabe que, se não agir com prudência, mais cedo ou mais tarde poderá ser apanhado. Já o ignorante tanto se presta a ser colocado na linha de tiro quanto depende de alguém que lhe molde as “verdades” que deverá defender, mostrando-se livre dos limites do primeiro. Daí que é capaz de praticar toda sorte de ignomínias contra seu semelhante sem qualquer traço de culpa, onde julga, sentencia e “faz justiça” em nome das distorções dogmáticas ou doutrinárias que vai acumulando em seu contínuo processo de obscurantismo mental.
Mostra-se injusta e inaceitável a rejeição a alguém “apenas” por ser ignorante, inculto ou pouco inteligente. Explico as aspas: não é o fato de ser assim que a torna inferior aos demais. Pode ser dessa forma por possuir deficiência tanto congênita quanto adquirida, ou simplesmente por não ter tido acesso às formas de obter conhecimento e cultura. A questão não está no efeito percebido, mas na sua causa. Serão passíveis de crítica somente os que, mesmo com todas as oportunidades a seu alcance, recusaram-se a mudar tal realidade, tornando-se merecedores de tratamento compatível com sua ignorância, já que tais pessoas fazem-se imbecis por opção.
As maiores ameaças no mundo não partem das grandes inteligências usadas para o mal, mas dos ignorantes – inclusive os bem intencionados – que se mostram facilmente manipuláveis em seus objetivos. No confronto entre inteligentes ocorre um medição de forças em condições semelhantes, com chance de vitória para qualquer dos lados. Já com ignorantes a distribuição de forças é desigual e o resultado 100% imprevisível, pois que depende de quem os usa como meros braços executores, enquanto o cérebro pensante se mantém atuante e protegido. É como cortar tentáculos de um polvo que tenha o poder de regenerá-los continuamente por ação de uma cabeça invisível. Dessa forma, faz uso de estratégias e ataques que não podemos igualar, pois não se sabe de onde irão partir, quando irão ocorrer, e qual seu real poder de destruição.
Ainda que se mostre inteligente para definir objetivos e montar seus planos, o aético é um ignorante funcional, uma vez que não consegue distinguir certo de errado. Daí porque se mostra potencialmente mais perigoso que o antiético, que pelo menos é consciente o bastante para não colocar a mão num vespeiro com maior potencial agressivo do que o dele próprio.
Não só se mostra desgastante quanto absolutamente improdutivo dispender energia medindo forças com quem se ocupe em esvaziar o valor de que te sabes detentor. Concentra-te apenas em deixar patente que tua inteligência é bem mais eficaz para defender-te do que a usada pelo oponente com o intuito de te sobrepujar.
Aqueles que impõem inteligências são ao mesmo tempo os que impõem limites, os limites e a ética são sempre estipulados pelos fracos.
A sabedoria que procuramos não está no lado de fora, no lado de fora está o conhecimento, que é apenas um veículo para a sabedoria que está no lado de dentro.
Jogar livros no lixo é como dar uma facada no próprio cérebro ,ter raiva da cultura e assassinar a inteligência .
A leitura é uma paixão eterna, que nos proporciona puro prazer e saudável diversão, que se tornam vícios imensamente benéficos.
Normalmente quem gosta de ler, não comete erros de português, leitores não são assassinos da gramática!
Viemos para esse mundo para aprender, e quanto mais aprendemos, mais ainda temos de aprender, nossa vida é um eterno aprendizado.
A ignorância é como uma bactéria que alimenta o câncer só serve para ser manipulada para fins nefastos, instaurar o caos e fortalecer o mal.
Não devemos postergar nossas responsabilidades sociais... Afinal sabemos a diferença entre instinto e inteligência.
Os ignorantes ficam nervosos e irados com os conselhos da Palavra de Deus, porque não têm inteligência suficiente para perceber o tamanho da sua ignorância.
