Inocencia Perdida
Meus Cinquenta
Ah, meus cinquenta
Tenho a experiência
Não sou mais traída pela inocência
Sou eu, empoderada na coerência
Ah, meus cinquenta
Vejo a vida com novo olhar
Tenho fé e esperança a me guiar
Caminhos continuo a trilhar
Ah, meus cinquenta
Deveras mais seletiva
É o que me ensinou a vida
Estou feliz, sou muito agradecida
Ah, meus cinquenta
Agora me aguenta
A experiência me afugenta
De tudo que não me acrescenta.
Elenir Cruz
"Bendito Junho!
Que a pureza da inocência das crianças seja a fiel esperança da humanidade vindoura"
Não pela inocência, tampouco a abominação, mas para não ser hipócrita consigo mesmo, seja sempre a sua verdade.
SONETO NA CHUVA
Quantas vezes, pés descalços, enxurrada
A minha infância, na inocência eu brinquei
Águas em versos, chuva molhada, sopeei:
Quantas vezes eu naveguei na sua toada?
Na narração me perdi, no tempo maloquei
As lembranças ali no passado deixada
De memórias fartas, meninice, criançada
Aqui no peito guardada, e nelas estarei...
Céu cinza do cerrado, nuvem carregada
Deixa chover, pois só assim eu alegrarei
Da varia recordação da pluvial derivada
Pingo a pingo, trovoada, no outrora voltei
Água na cara, cachoando na alma calada
De saudades, neste soneto na chuva, falei!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
A Armadura da Arrogância
No início, a essência da pura inocência,
Aos poucos, as garras da corrupção.
A armadura imponente e sombria
Revela a vil atrocidade em ação.
A defesa de causas mesquinhas
Da infância ao monstro social,
O dinheiro do povo se esvai
Em mutações de um ser desleal.
O mau-caratismo se mostra,
Tirânico, vil e voraz.
Os mestres da desonestidade
Exaltam a farsa e o anseio voraz.
Espetáculos de hipocrisia,
Circo e magia nos meios de ação.
E o povo, na tela encantado,
Ignora a cruel podridão.
Monstros de faces horrendas
Se apropriam do bem coletivo,
Carrapatos nojentos e sujos,
De fraude e de engano, cativos.
Charlatões e falsos profetas,
Mercadores da ingenuidade,
Vendilhões de fumaça e mentira,
Empresários da vil falsidade.
São transgressores do pacto,
Pregadores de um falso ideal.
Larápios do ouro do povo,
Os donos do erro fatal.
A alegação de inocência por muitos acusados de corrupção nada mais é do que uma tentativa de escapar às punições ou ao menos de adiá-las.
Ser criança é carregar nos olhos e na alma a inocência, ser feliz com sorrisos de palhaço, se lambuzar com gosto de chocolate.
Teu olhar tem pecado
Sabor de Inocência
Teu olhar, tem carência
Tem veneno,
Que mata...
Desejo de nós,
Teu olhar tem flores
E beija,
Tem lábios cor de rosa
Tem vermelho, paixão.
Teu olhar,
Pede
Implora
Seduz,
Teu olhar
No meu olhar,
Sedução...
Ser louco é divino:
sentar em bancos de cemitérios
inocência,
é sorrir na despedida
gargalhar...
vê anjos em cadáveres
corpos,
homens normais !
Criança
Inocência
Nas mãos rosas
No peito amor
Vive no jardim de infância
Mora na rua da fantasia
Sonhos seu endereço
No coração esperança
Na alma risos
Flor !
As flores da pura inocência em qualquer tempo, doa suas pétalas em sorriso e transformam tudo, em um lindo jardim da esperança.
A inocência não consegue assinar no Brasil, leis, decretos, acordos ou mesmo termos de interrogatório, sem manchá-los.
De sangue.