Inferno
Trilhar conhecimento é caminhar sobre pedras, umas dão apoio, outras rasgam os pés, ou fazem degraus para horizontes diferentes, ou, atiram a mente ao inferno da inquietação.
Ela me fez comprar um carro
Logo eu, que amava o meu cavalo
Ela me fez vender meu gado
Pra morar num condomínio fechado
Me deu um tênis de presente
Falou que a botina não combina mais com a gente
Mas que menina indecente
Aí não aguentei, falei o que o coração sente
Vá pro inferno com seu amor
Tem muita gente em destaque na "Roda Gigante" do diabo achando que é de Deus.
Está em destaque aqui em baixo, pode não significar nada lá em cima.
É Necessário que ELE cresça...
Mulher - O delírio do poeta
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A mulher é o segredo mais inebriante,
o perigo mais desejado,
o prazer mais indômito,
a perdição mais inculpe,
a poesia mais inefável;
a expressão mais exata e inquestionável da vida.
É a culpa mais inocente,
o pecado mais perdoável,
a verdade mais improvável
e a fortaleza mais frágil.
É a mentira mais verdadeira,
a fidelidade e a traição.
O amor mais profundo,
o ódio mais insano,
o perdão mais original,
a vingança mais cruel.
É o caminho que se abre para o inferno
e a salvação que conduz ao céu.
Aqui estou mais 1 vez
O desejo de sumir é constante
A cada intensidade estou a
Brilhar, quero estrelar lá no céu
Com o meu homem, que acaba
De se brilhar, Entre sol e a lua
Quero estrelar no céu não no
Inferno
Muitos se envergonham em falar do céu, enquanto outros se orgulham ao se curvar diante de bandas que exaltam o inferno!
"São as vozes acompanhadas de acordes distorcidos que me trazem a tranquilidade que esse mundo caótico me tira, é nessa hora que consigo sentir o frio em meio ao inferno."
Muitas vezes falei pra você que tenho certeza que as vezes, a revelação divina significa simplesmente adaptar seu cérebro para escutar o que seu coração já sabe.Você também pode ter certeza de uma coisa, em que se eu matar todos os meus demonios, os meus anjos vão morrer. Porque, para encontrar a verdade, é preciso remover essas mesmas montanhas escuras em nossas sombras, mesmo que nessa vida cheia de segredos, não se pode aprender todos de uma só vez.
INJUSTIFICADO LIMPADOR DE PARA-BRISA*
Chovia mansinho. Ainda demoraríamos uns 20 minutos para chegar ao nosso destino. O limpador de para-brisa, em seu vai e vem vagaroso, embalava nossas conversas sobre a vida, amores, família, filhos, trabalho e feminices. Avistei a placa daquele quebra-molas e desacelerei o carro para ultrapassar suavemente o obstáculo arredondado.
Naquele momento, desacelerou também a nossa conversa frouxa. Dei conta daquele instante raro de silêncio entre nós, irmãs tagarelas, e vi ali a oportunidade de fazer uma pergunta polêmica, complexa e profunda, que andava borbulhando na minha cabeça nos últimos dias.
– Mana, preciso te perguntar algo – era o sinal para que ela já se preparasse para o “chumbo grosso”. – Sabe aquele tipo de pergunta que todo mundo tem até vontade, mas não tem coragem suficiente para fazer? Que todo mundo diz que é pecado, e se perguntarmos isso alguma vez na vida… Vamos direto para o Inferno?
– Pergunte – disse franzindo a testa.
– Desde pequenas nossos pais nos educaram dentro de Igrejas. Fomos motivadas a ler a Bíblia por completo várias vezes; foram infinitos os domingos em que nos dedicávamos a conhecer as Escrituras, os milagres de Jesus, do Gênese ao Apocalipse. Sabemos tudo de “cor e salteado” e fomos orientadas a viver uma vida baseada nos Dez Mandamentos, a não nos distanciarmos de Deus e evitar o Pecado a todo custo, a orar agradecendo pelo alimento, pelo dia e pela saúde… Conhecemos também o Mal, o Diabo e o Inferno… E todo o Lado Negro da Força. Sabemos sobre o Livre Arbítrio e que todas as coisas são permitidas, mas nem todas nos convêm. No fim de tudo isso, se formos bem boazinhas aqui na Terra, receberemos o nosso “Galardão” nos Céus…
– Tá, mas cadê a pergunta? – Bufou, já ansiosa.
– Calma, deixa eu terminar o raciocínio – retruquei. – Então, se obedecermos às Sagradas Escrituras e aceitarmos Jesus como nosso Salvador teremos um lugar nos Céus, com anjinhos batendo suas asas ao nosso lado, e, dependendo de nossas Boas Obras, poderemos morar em um grande palácio ou passar as noites em bancos de madeiras rústicas nas praças do Céu…
– Isso, você fez um bom resumo, – ela completou. – Nós aprendemos essas coisas em nossa infância e adolescência. Depois disso, cada uma de nós, da sua forma, foi pesquisar e aprofundar o que mais havia além disso. Nós duas somos muito curiosas e acabamos por entender outras vertentes, outras interpretações, outras crenças e religiões. Mas ainda não sei qual é a pergunta. Desembucha!
– Então… A sua fé faz com que você acredite que, quando você “bater as botas”, já que foi uma boa pessoa, vai ser recrutada para ir para o Céu, etc., etc. Tá, mas… E se você morrer e “perceber” que não tem nada disso? Que tudo isso foi construído pura e simplesmente para trazer uma Ordem Natural às sociedades, para vivermos uma Matrix equilibrada, sem fazermos muita m* o tempo todo? Que tudo isso não passa de uma grande ilusão? Tipo… Morreu e vira só um saquinho de lixo preto com ossos, só matéria, sem Espírito, Alma nem nada que não se possa provar.
– Hum… Eu tenho uma resposta, mas é bem pessoal. – Disse piscando rapidamente os seus olhos verdes.
– Antes de responder, não me julgue por isso. Nos últimos anos o meu apego à Ciência aumentou assustadoramente, e essa coisa de estudar demais apura o nosso senso crítico, e começamos a questionar sobre coisas que antes nós entendíamos como verdades absolutas, inargumentáveis… – Disse, já meio arrependida.
– Eu sei como é, maninha, não me importo e você está certa em sempre questionar, sendo a pessoa racional que você é, já me acostumei. Mas olha, minha resposta é simples. Se eu morrer e virar só um saquinho preto de ossos, e “descobrir” depois que nada disso é verdade, paciência. Mas pensa: Se eu morrer e tudo isso for verdade e eu for totalmente pega de surpresa? Se tudo o que aprendemos a vida toda for real e eu estiver despreparada? Quero morar em banco de praça não… Muito menos quero ficar voltando um monte de vezes aqui na Terra até meu Espírito evoluir a ponto de eu merecer morar mais próximo de Deus… Pensa que chatice? Que perda absurda de tempo? Prefiro ser mais estratégica. E pensar que existe um “além túmulo” me deixa mais feliz. Pronto.
Pensativa, concluí, já aliviando a tensão da conversa: – Então vamos combinar assim. Quem morrer primeiro vai dar um jeito de avisar para a outra; vai fazer um esforço absurdo para aparecer e contar tudo o que está acontecendo. O que acha? E olha, se eu aparecer bem linda, maquiada, perfumada, magra, purpurinada e de roupa branca em seu sonho tentando falar com você, faça-me o favor de levar a sério, não surtar e prestar bastante atenção, ok?
– Lá vem você com essas suas conversas idiotas. Você vai morrer com 125 anos como combinamos. E se morrer antes, arruma um jeito de não voltar, a direção é para cima, e não para baixo! Vai caçar o que fazer por lá, vai! Bruxa! Fantasma! – Esbravejou, com uma expressão que misturava raiva e a sua graça peculiar.
Explodimos as duas em gargalhadas, até verter água dos nossos olhos. Nesse momento, desliguei o agora injustificado limpador de para-brisa para admirarmos melhor o brilhante sol poente e aquele festival de cores sublimes que ele produzia, junto às nuvens, lá no horizonte… Até o nosso destino.
* Se você não entendeu o título, eu explico: Somente a chuva, que as vezes impede a nossa visão, justifica o uso do limpador de para-brisa para seguirmos bem e com segurança. Se a chuva cessa, nada deveria nos impedir de olhar o que tem de bonito no horizonte. Assim também são as nossas verdades absolutas. Elas são os nossos limpadores de para-brisas em dias de sol: servem simplesmente para atrapalhar ou impedir que enxerguemos melhor o mundo, o Universo e as riquíssimas concepções diferentes das nossas.
Estou cansado de beijos sem amor, noites sem nenhum aconchego ou de aventuras das quais sei que não estou me aventurando.
Cansado de relações fúteis do tipo que apenas me deixo levar pelo êxtase, mas que ao término da noite me sinto um ser humano quase que deplorável.
Esgotado das incontáveis noites que passei apenas observando o seu olhar em minha mente, aquele olhar que me satisfaz de tal modo que eu me sinto por um segundo o homem mais realizado do planeta, mas sei que esse sentimento é algo que não vai durar.
Pois você pertence a mim, mas seu coração de fato pertence a um outro ser humano que mesmo não te valorizando nem ao menos um terço da metade que te valorizo você ainda o amará mais e mais.
Mesmo assim estou aqui, me acho um tolo, mas algo na minha essência diz que eu sou nesse momento que lhe ajudo um ser humano digno de fazer o bem a quem não me faz bem.
E mesmo não acreditando em céu nem tampouco em inferno sei que você é o meu paraíso no inferno.
Custa a crer que Gil Vicente tenha vivido há mais de 500 anos e até mesmo que tenha morrido. O "Auto da Barca do Inferno", criado por ele, continua atualizado e vigente!
Se é no pecado que vive o prazer e onde está o prazer está a felicidade. Qual seria o sentido de seguir regras baseadas em uma promessa de que após a morte este inferno terá um fim ?
Eis-me aqui, indo ao encontro do mundo, que me apavora com sua nostalgia e antítese sui generis, preciso me ajustar, afinal de contas, é tudo assim, ora um Éden, ora um inferno. Por que não me instruíram que seria assim?
Adulto -aquela fase entre ser criança e ser idoso.
E que todos perdemos tempo, não fazendo o que realmente importa...
O inferno tropical tem dias azuis, noites na Netflix, cheiro de suor, gosto de sorvete...
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