Inerte
Nada mais degradante que a TV aberta em dia de domingo... Nada acrescenta, nada informa, nada inerte, interage ou soma conhecimento....
Morreu!
Grita de dor a mãe sofrida
Com o filho inerte em seus braços.
Deus! Por que isso foi acontecer?
Por que deixou o meu filhinho morrer?
A mulher sofre
Amargurada.
No rosto, externa
Uma expressão de horror.
O coração sangra
Transpassado...
— E agora?
Pergunta a mulher consternada.
— Vou seguir o meu menino!
— Filho, para onde foi você?
— Espera por esta que te gerou?
— Senhor, eu mereço tanto sofrer?
— Por quê?
Agita as mãos ao redor do corpo
Rasga as roupas e desnuda o rosto.
Desolada, abraça o corpo.
A miséria impera o seu interior
Desfalece a sua alma.
Finito...
Sonho acabado.
Filhinho...
A minha vida
Torna-se agora um rabisco
Sem traçado
Sem cor
Apenas um chuvisco.
Eterna será a sua ausência.
Sentirei sempre a sua presença
Até o dia
Que Deus me chamar
E, a ti
Eternamente for me juntar...
Deus sabe, sei que sabe.
Não sou inocente.
Não estou inerte, vivo.
Não queria fazer nada, mas fiz.
Sou cheia de fases, de dias bons e ruins.
Transbordo emoções.
Sei que Deus sabe, foram eles.
Me feriram, me perfuraram.
Deixo escorrer então o amor que preenche meu interior.
NÃO QUERO SER TRISTE...
"Me entristece o caminhar de cada dia...
Sinto o corpo inerte, as pernas me faltam
Infelizmente é a matéria que se decompõe
Quero salvar pelo menos a alma.
Me mantenho vivo em cada pensamento
digo para mim mesmo:
- Tenho que escrever, tenho que ler, só assim
salvo a mente, e que se mantenha lúcida.
É passei dos sessenta! Nessa semana mais
três da geração, partiram. Dizem as más línguas,
para a tal boa viagem...Pai não quero viajar, prefiro
morar nesse lugar., é, mas a tal hora há de chegar.
E jamais quero levar tristezas no olhar...
Vou levar alegria aonde eu chegar."
FINITO - À Mariana.
Da janela do meu quarto, entendo ser finito
Além do céu cinzento, um inerte monolito
E nada estanca a lágrima corrente no meu rosto
Tempo parado, pela dor que sinto e trago tão aflito
A vontade de esquecer, nunca esteve comigo
E se tentei estar atento, foi só pra ter contigo
Os bons intentos preservados nos momentos de um sonho
Mas da janela do meu quarto, um retrato do meu grito
Queria só te ver
Pra talvez compreender
O que não cabe mais em mim
Queria só viver
O tanto a mais pra ver
O que não cabe mais em mim
De amor
Gemidos da alma!!!
Ela se viu inerte lançada ao chão, calou o gemido que lhe vinha da alma para não fazer alarido da sua dor ...
Dos teus olhos brotou o pranto, pelo desencanto que o desamor lhe causou.
E as lágrimas de sangue molharam lhe o rosto,
Desceu pelo corpo e banhou lhe a alma...
E suas lágrimas regou a terra, e do seu pantonasceu uma roseira, e nela havia os espinhos cheios de veneno que da sua dor brotou...
Mas quem pensar pudera, que do pranto sofrido e do calado gemido brotaria uma flor aquela flor exalava o perfume da sua dor , em meio ao veneno daqueles espinhos que do pranto da sua alma brotou!!!
(Autoria) Daniela Kenia direitos autorais reservados 21/08/2017
Abutres do novo mundo
Os urubus também cantam
Os aleijados dançam
Uma valsa inerte atrofiada
Por entre os lixos e prostitutas
Da Vila Mimosa mequetrefe
Ali, a solidão fede
Os algodões se enchem de sangue
Abafando os peidos uterinos vaginais
Os urubus também andam
Os aleijados correm
Das balas perdidas de DST's
Um tiro em um corpo inerte atrofiado
Por entre o prazer e a saudade
Da dona de casa
— Mequetrefes, na VM a solidão fede
Os jargões se enchem de xerecas
Abafando qualquer apelo intelectual
Os urubus também morrem
Quando se banham na urina
Sem exames patológicos
A Vila Mimosa é um difusor
De prazer e morte aos mequetrefes.
Fotografia inerte na parede da sala, um relógio sem ponteiros, roupas e cômodos, tudo virado do avesso.
Inerte, refazer no retiro aposento,vejo o mundo lá fora,tão apavorante,mas nem tanto estranho como eu.
Meu peito inerte se orienta pelo sangue que deixasse aqui, a extensão do seu ego se conecta com um pedaço do meu fim.
Em meu vazio encontrei teu nome ali,escrita por um lápis de emoções jamais sentidas. Você é feito de sonhos que não tive, lembranças de um futuro desconstruído pelo passado. Somos metade do infinito, dois zeros sem fim.
A imagem do teu corpo inerte, sem cor e sem vestes; coberto pelo silêncio de uma sala fria; paira em minha mente a cada flash de meu dia; a foto da perda, na mente, espama meu peito e gela minha alma. Da ida sem despedida, diante da dor da partida, sinto todos os dias, as dores da saudade.
Se manter inerte diante de situações que exigem ações benéficas não é agir com sabedoria, mas sim com covardia! Dê a chance do livre arbítrio ao sujeito. A inércia não muda estado. Aja pelo bem!
Engoli o chorro e desta vez não engasguei.
Mantive-me ali, inerte, viva.
Aos pedaços, mas ainda viva!
...E se eu morresse amanhã?
Depois de amanhã estaria ainda presente na vida;
Embora inerte, velado, ainda assim existiria;
Já não mais vivo, apagado, gelado;
Sem mais querer, nem visão;
Sem tocar, sem chamar, sem bater, sem pensar,
Só com o tal “Ai” por alguém que se foi!
Com sorte filhos encaminhados, crescidos, amigos...;
Vários dizeres dizendo estou subscrito em cada um;
Tornem efêmera a dor;
Que sempre tem o tamanho do amor;
Copiem-me, me leiam, me entendam;
Decifrem-me, tentem tentando!
Lamentos, dizeres bem ditos;
Exagero talvez, humano é que o fez (eu);
Descontem estes, do rol de meus erros;
Entendam meus fartos garranchos;
Terminem meus deveres consignados,
Atrapalhados, honestos, insofismáveis;
Tentem me ver pelo prisma
Que a doutrina me doutrinou;
Mas não façam ilações definitivas;
Façam funcionar a balança justa e precisa;
...Não vim trazer brigas;
Entendam meu ponto inicial!
Se é que vivi sem loucuras
Confesso, de fato não sei;
Ajudem a me definir, por favor,
Ajuda vem sempre a tempo;
Peço não deixem esse, gorar a razão
Num calor árido fustigar, respingando em vocês!
Trabalhem e vivam bastante;
Se encantem, sempre com os pés amigados,
Soltos mais rentes ao chão;
Pra correr, ficar, dizer não, por que não!
Reforço o pedido quase ensandecido;
Entendam meu ponto inicial!
Depois que o dever me chamar;
Para última volta axial;
Debulhem todas as respostas possíveis;
Joguem tudo naquela mesma balança...;
Quem sabe um ou outro desponte e se lance;
...Com sorte explique meu ponto inicial!
Como isso tudo são fatos inconclusos;
Conjecturas vãs num momento de pouca lucidez
Que não posso afirmar cem por cento;
Talvez tudo fique pra depois, do Depois...;
E se eu merecer “um extra da vida”;
Agradeço prometendo entender e explicar meu ponto final!
...E se eu não morrer??
"Parece que toda insegurança em mim permanece, me fazendo um ser inerte, exitando em tudo aquilo que me persegue."
