Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
Soneto 18
Se te comparo a um dia de verĂŁo
Ăs por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chĂŁo
E o tempo do verĂŁo Ă© bem pequeno.
Ăs vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que Ă© belo declina num sĂł dia,
Na terna mutação da natureza.
Mas em ti o verĂŁo serĂĄ eterno,
E a beleza que tens nĂŁo perderĂĄs;
Nem chegarĂĄs da morte ao triste inverno:
Nestas linhas com o tempo crescerĂĄs.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farĂŁo viver.
Deus costuma usar a solidĂŁo
Para nos ensinar sobre a convivĂȘncia.
Ăs vezes, usa a raiva para que possamos
Compreender o infinito valor da paz.
Outras vezes usa o tédio, quando quer
nos mostrar a importĂąncia da aventura e do abandono.
Deus costuma usar o silĂȘncio para nos ensinar
sobre a responsabilidade do que dizemos.
Ăs vezes usa o cansaço, para que possamos
Compreender o valor do despertar.
Outras vezes usa a doença, quando quer
Nos mostrar a importĂąncia da saĂșde.
Deus costuma usar o fogo,
para nos ensinar a andar sobre a ĂĄgua.
Ăs vezes, usa a terra, para que possamos
Compreender o valor do ar.
Outras vezes usa a morte, quando quer
Nos mostrar a importĂąncia da vida.
O homem nĂŁo morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar.
Nota: Adaptação de outro pensamento do autor, por vezes erroneamente atribuĂdo a Charles Chaplin.
Costumamos dizer que amigos de verdade sĂŁo os que estĂŁo ao seu lado em momentos difĂceis... Mas nĂŁo! Amigos verdadeiros sĂŁo os que suportam a tua felicidade! Porque em um momento difĂcil qualquer um se aproxima de vocĂȘ. Mas o seu inimigo jamais suportaria a sua felicidade!
JĂĄ nĂŁo se encantarĂŁo os meus olhos nos teus olhos,
jå não se adoçarå junto a ti a minha dor.
Mas para onde vĂĄ levarei o teu olhar
e para onde caminhes levarĂĄs a minha dor.
Fui teu, foste minha. O que mais? Juntos fizemos
uma curva na rota por onde o amor passou.
Fui teu, foste minha. Tu serĂĄs daquele que te ame,
daquele que corte na tua chĂĄcara o que semeei eu.
Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.
...Do teu coração me diz adeus uma criança.
E eu lhe digo adeus.
VocĂȘ foi a esperança nos meus dias de solidĂŁo, a angĂșstia dos meus instantes de dĂșvida, a certeza nos momentos de fĂ©.
Alguns vão te odiar, fingem que te amam agora. Então, pelas costas, eles tentam te eliminar. Mas quem Jah abençoa, ninguém amaldiçoa.
FĂĄcil Ă© sair com vĂĄrias pessoas ao longo da vida. DifĂcil Ă© entender que pouquĂssimas delas vĂŁo te aceitar como vocĂȘ Ă© e te fazer feliz por inteiro. DifĂcil Ă© ocupar o coração de alguĂ©m. Saber que se Ă© realmente amado.
Nota: Trecho do poema "ReverĂȘncia ao destino".
Tenho fases, como a Lua; fases de ser sozinha, fases de ser sĂł sua.
Nota: Adaptação de trechos de "Lua Adversa".
Eu nĂŁo preciso de vocĂȘ nem para andar e nem para ser feliz, mas como seria bom andar e ser feliz ao seu lado.
Se eu pudesse deixar algum presente a vocĂȘ, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciĂȘncia de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora. Lembraria os erros cometidos para que nĂŁo mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para vocĂȘ, se pudesse, o respeito aquilo que Ă© indispensĂĄvel. AlĂ©m do pĂŁo, o trabalho. AlĂ©m do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saĂda.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, vocĂȘ serĂĄ em algum momento condenado. Aprende que o tempo nĂŁo Ă© algo que possa voltar para trĂĄs. E vocĂȘ aprende que realmente pode suportar... que realmente Ă© forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que nĂŁo se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que vocĂȘ tem valor diante da vida.
Nota: Trecho adaptado e adulterado de poema de Veronica Shoffstall.
Amar Ă© ter um pĂĄssaro pousado no dedo.
Quem tem um pĂĄssaro pousado no dedo sabe que,
a qualquer momento, ele pode voar.
Amar Ă©...
sorrir por nada e ficar triste sem motivos
Ă© sentir-se sĂł no meio da multidĂŁo,
Ă© o ciĂșme sem sentido,
o desejo de um carinho;
é abraçar com certeza e beijar com vontade,
Ă© passear com a felicidade,
Ă© ser feliz de verdade!
Ah, e dizer que isto vai acabar, que por si mesmo nĂŁo pode durar. NĂŁo, ela nĂŁo estĂĄ se referindo ao fogo, refere-se ao que sente. O que sente nunca dura, o que sente sempre acaba, e pode nunca mais voltar. Encarniça-se entĂŁo sobre o momento, come-lhe o fogo, e o fogo doce arde, arde, flameja. EntĂŁo, ela que sabe que tudo vai acabar, pega a mĂŁo livre do homem, e ao prendĂȘ-la nas suas, ela doce arde, arde, flameja.
Eu poderia suportar, embora nĂŁo sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Nota: Trecho da crĂŽnica "Meus secretos amigos" de Paulo Sant'Ana: Link. A frase Ă© muitas vezes atribuĂda, de forma errĂŽnea, a Vinicius de Moraes
...MaisSinto falta dele como se me faltasse um dente na frente: excrucitante.
O Homem e A Mulher
O homem Ă© a mais elevada das criaturas;
A mulher Ă© o mais sublime dos ideais.
O homem é o cérebro;
A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz;
O coração, o AMOR.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem Ă© forte pela razĂŁo;
A mulher Ă© invencĂvel pelas lĂĄgrimas.
A razĂŁo convence, as lĂĄgrimas comovem.
O homem Ă© capaz de todos os heroĂsmos;
A mulher, de todos os martĂrios.
O heroĂsmo enobrece, o martĂrio sublima.
O homem Ă© um cĂłdigo;
A mulher Ă© um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem Ă© um templo; a mulher Ă© o sacrĂĄrio.
Ante o templo nos descobrimos;
Ante o sacrĂĄrio nos ajoelhamos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar Ă© ter , no crĂąnio, uma larva;
Sonhar é ter , na fronte, uma auréola.
O homem Ă© um oceano; a mulher Ă© um lago.
O oceano tem a pérola que adorna;
O lago, a poesia que deslumbra.
O homem Ă© a ĂĄguia que voa;
A mulher Ă© o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço;
Cantar Ă© conquistar a alma.
Enfim, o homem estĂĄ colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu.
