Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

Se eu sei o que Ă© o amor, Ă© por sua causa.

Vencido estĂĄ de amor

Vencido estĂĄ de amor meu pensamento
o mais que pode ser vencida a vida,
sujeita a vos servir e instituĂ­da,
oferecendo tudo a vosso intento.

Contente deste bem, louva o momento
ou hora em que se viu tĂŁo bem perdida;
mil vezes desejando a tal ferida
outra vez renovar seu perdimento.

Com essa pretensĂŁo estĂĄ segura
a causa que me guia nesta empresa,
tĂŁo estranha, tĂŁo doce, honrosa e alta.

Jurando nĂŁo seguir outra ventura,
votando sĂł por vĂłs rara firmeza,
ou ser no vosso amor achado em falta.

Luís de CamÔes
Obras completas de Luis de CamÔes II (1843).

Nota: Soneto CLIX.

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O amor é o desejo de alcançar a amizade de uma pessoa que nos atrai pela beleza.

Nada tem que dar certo.
Nosso amor Ă© bonito,
SĂł nĂŁo disse ao que veio;
Atrasado e aflito,
E paramos no meio.
Sem saber os desejos aonde Ă© que iam dar

E aquele projeto ainda estĂĄ no ar.

E vocĂȘ nem sonha que eu sou meio bipolar, quero ser mĂŁe e acredito no amor da vida. Acredito no amor pra sempre. Acredito em alma gĂȘmea. VocĂȘ nem sonha com essas coisas porque sĂł conversamos coisas leves e engraçadas.

O antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? NĂŁo. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.

Seu mundo Ă© pequeno demais para a minha felicidade, para o meu amor e principalmente pra mulher que hoje eu sou.

O verdadeiro amor Ă© exigente, implacĂĄvel, e, ao mesmo tempo, infinitamente delicado.

E as estrelas ainda vĂŁo nos mostrar
Que o amor nĂŁo Ă© inviĂĄvel
Num mundo inacreditĂĄvel

Cazuza

Nota: Trecho da mĂșsica Como jĂĄ dizia Djavan.

A inconstùncia e o amor são incompatíveis. O amante que muda, não muda. Começa ou acaba de amar.

Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor...

Chico Buarque

Nota: Trecho da mĂșsica Samba do grande amor.

Acredito, sim, em amores para toda a vida e, além da vida, pois seria um tipo de amor unido à própria alma, e sem alma a vida não tem razão.

O amor Ă© um crime que nĂŁo pode acontecer sem cĂșmplice!

O amor, porém, é contagioso, com especialidade na solidão, onde a alma tem necessidade de uma companheira, e quando de todo não a encontra, divide-se ela própria para ser duas: uma, esperança; outra, saudade.

Eu queria ser seu Ășltimo amor. Mas sabia que nĂŁo era. Sabia e a odiava por isso. Eu a odiava por nĂŁo se importar comigo. Eu a odiava por ter me deixado naquela noite. E odiava a mim mesmo por tĂȘ-la deixado ir embora, porque, se eu tivesse sido suficiente, ela nĂŁo teria querido ir embora. Simplesmente teria se deitado comigo, conversado e chorado. E eu a teria ouvido e teria beijado as lĂĄgrimas que caĂ­am dos seus olhos.

(Quem Ă© vocĂȘ, Alasca?)

John Green
Quem Ă© vocĂȘ, Alasca?

Ninguém deixa de amar:
o amor Ă© que muda de objeto.

Quando o amor nĂŁo tem razĂŁo
É que o amor incomoda.

O seu amor, a sua ternura, eram apenas um sonho. Mas valeria a pena aceitar sonhar um amor que queremos viver na realidade?

Pois de amor andamos todos precisados! Em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dĂȘ paciĂȘncia e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir para a frente! Amor que seja navio, casa, coisa cintilante, que nos vacine contra o feio, o errado, o triste, o mau, o absurdo e o mais que estamos vivendo ou presenciando.

Apesar de tudo, o amor era menos simples do que ele julgava. Era mais forte do que o tempo. O amor, no fim das contas, era feito de inquietaçÔes, de renĂșncias, de pequenas tristezas que surgiam a todo instante.