Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
Vencido estĂĄ de amor
Vencido estĂĄ de amor meu pensamento
o mais que pode ser vencida a vida,
sujeita a vos servir e instituĂda,
oferecendo tudo a vosso intento.
Contente deste bem, louva o momento
ou hora em que se viu tĂŁo bem perdida;
mil vezes desejando a tal ferida
outra vez renovar seu perdimento.
Com essa pretensĂŁo estĂĄ segura
a causa que me guia nesta empresa,
tĂŁo estranha, tĂŁo doce, honrosa e alta.
Jurando nĂŁo seguir outra ventura,
votando sĂł por vĂłs rara firmeza,
ou ser no vosso amor achado em falta.
Nada tem que dar certo.
Nosso amor Ă© bonito,
SĂł nĂŁo disse ao que veio;
Atrasado e aflito,
E paramos no meio.
Sem saber os desejos aonde Ă© que iam darâŠ
E aquele projeto ainda estĂĄ no ar.
E vocĂȘ nem sonha que eu sou meio bipolar, quero ser mĂŁe e acredito no amor da vida. Acredito no amor pra sempre. Acredito em alma gĂȘmea. VocĂȘ nem sonha com essas coisas porque sĂł conversamos coisas leves e engraçadas.
O antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.
Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? NĂŁo. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.
Seu mundo Ă© pequeno demais para a minha felicidade, para o meu amor e principalmente pra mulher que hoje eu sou.
E as estrelas ainda vĂŁo nos mostrar
Que o amor nĂŁo Ă© inviĂĄvel
Num mundo inacreditĂĄvel
A inconstĂąncia e o amor sĂŁo incompatĂveis. O amante que muda, nĂŁo muda. Começa ou acaba de amar.
Chego a mudar de calçada
Quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor...
Acredito, sim, em amores para toda a vida e, além da vida, pois seria um tipo de amor unido à própria alma, e sem alma a vida não tem razão.
O amor, porém, é contagioso, com especialidade na solidão, onde a alma tem necessidade de uma companheira, e quando de todo não a encontra, divide-se ela própria para ser duas: uma, esperança; outra, saudade.
Eu queria ser seu Ășltimo amor. Mas sabia que nĂŁo era. Sabia e a odiava por isso. Eu a odiava por nĂŁo se importar comigo. Eu a odiava por ter me deixado naquela noite. E odiava a mim mesmo por tĂȘ-la deixado ir embora, porque, se eu tivesse sido suficiente, ela nĂŁo teria querido ir embora. Simplesmente teria se deitado comigo, conversado e chorado. E eu a teria ouvido e teria beijado as lĂĄgrimas que caĂam dos seus olhos.
(Quem Ă© vocĂȘ, Alasca?)
O seu amor, a sua ternura, eram apenas um sonho. Mas valeria a pena aceitar sonhar um amor que queremos viver na realidade?
Pois de amor andamos todos precisados! Em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dĂȘ paciĂȘncia e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir para a frente! Amor que seja navio, casa, coisa cintilante, que nos vacine contra o feio, o errado, o triste, o mau, o absurdo e o mais que estamos vivendo ou presenciando.
Apesar de tudo, o amor era menos simples do que ele julgava. Era mais forte do que o tempo. O amor, no fim das contas, era feito de inquietaçÔes, de renĂșncias, de pequenas tristezas que surgiam a todo instante.
