Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

Não importa quanto tempo jå se passou: eu sou a mesma, o amor é o mesmo, e a esperança.

O amor Ă© sofredor, Ă© benigno; o amor nĂŁo Ă© invejoso; o amor nĂŁo trata com leviandade, nĂŁo se ensoberbece. NĂŁo se porta com indecĂȘncia, nĂŁo busca os seus interesses, nĂŁo se irrita, nĂŁo suspeita mal; nĂŁo folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crĂȘ, tudo espera, tudo suporta.

Paulo de Tarso
BĂ­blia Sagrada. 1 CorĂ­ntios 13:4-7

Nota: Tradução de João Ferreira de Almeida (Corrigida e Revisada, Fiel)

...Mais

Improviso do Amor-Perfeito

Naquela nuvem, naquela,
mando-te meu pensamento:
que Deus se ocupe do vento.

Os sonhos foram sonhados,
e o padecimento aceito.
E onde estĂĄs, Amor-Perfeito ?

Imensos jardins da insĂŽnia,
de um olhar de despedida
deram flor por toda a vida.

Ai de mim que sobrevivo
sem o coração no peito.
E onde estĂĄs, Amor-Perfeito ?

Longe, longe, atrĂĄs do oceano
que nos meus olhos se alteia,
entre pĂĄlpebras de areia...

Longe, longe... Deus te guarde
sobre o seu lado direito,
como eu te guardava do outro,
noite e dia, Amor-Perfeito.

CecĂ­lia Meireles
MEIRELES, C. Antologia Poética. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001.

O amor Ă© paciente, Ă© benigno; o amor nĂŁo arde em ciĂșmes, nĂŁo se orgulha, nĂŁo se ensoberbece. NĂŁo se conduz inconvenientemente, nĂŁo procura os seus interesses, nĂŁo se exaspera, nĂŁo se ressente do mal. (1 CorĂ­ntios 13)

A mesma grana que compra o sexo, mata o amor.
Traz a felicidade, também chama o rancor.

Na vida só vale o amor e a amizade. O resto é tudo pinóia, é tudo presunção, não paga a pena...

Jorge Amado
Dona Flor e seus dois maridos

DĂĄ-me amor, me sorri
e me ajuda a ser bom.
NĂŁo te firas em mim, seria inĂștil;
NĂŁo me firas a mim porque te feres.

Pablo Neruda

Nota: Trecho do poema "O Poço" de Pablo Neruda

Criação

HĂĄ no amor um momento de grandeza,
que Ă© de inconsciĂȘncia e de ĂȘxtase bendito:
os dois corpos sĂŁo toda a Natureza,
as duas almas sĂŁo todo o Infinito.

Um mistério de força e de surpresa!
Estala o coração da terra, aflito;
rasgĂĄ-se em luz fecunda a esfera acesa,
e de todos os astros rompe um grito.

Deus transmite o seu hĂĄlito aos amantes;
cada beijo é a sanção dos Sete Dias,
e a GĂȘnese fulgura em cada abraço;

porque, entre as duas bocas soluçantes,
rola todo o Universo, em harmonias
e em glorificaçÔes, enchendo o espaço!

Eu sou sozinha no mundo e não acredito em ninguém; todos mentem, às vezes até na hora do amor, eu não acho que um ser fale com o outro, a verdade só me vem quando estou sozinha.

Clarice Lispector
A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Eu acredito no amor. Eu creio que pode existir alguma chance e eu sempre acho que pode ser diferente. Talvez essa seja a explicação de todas decepçÔes.

Amo como o amor ama.
NĂŁo sei razĂŁo pra amar-te mais que amar-te.
Que queres que te diga mais que te amo,
Se o que quero dizer-te Ă© que te amo?
Não procures no meu coração...

NĂŁo me dou pela metade, nĂŁo sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. NĂŁo suporto meios-termos. Sou boba, mas nĂŁo sou burra. IngĂȘnua, mas nĂŁo santa. Sou pessoa de riso fĂĄcil... e choro tambĂ©m!

ThaĂ­sa Lima
Encontros e desencontros de uma adolescente. SĂŁo Paulo: Biblioteca 24 horas, 2008.

Nota: Trecho adaptado do livro "Encontros e desencontros de uma adolescente". Costuma ser erroneamente atribuĂ­do a Tati Bernardi e Clarice Lispector.

...Mais

Seu amor lhe dĂĄ um abraço de urso, faz estalar sua terceira e quarta vĂ©rtebras e fala: "Que bom que vocĂȘ nĂŁo vai embora, entĂŁo que tal um cinema pra comemorar?" Ao se olhar no espelho vocĂȘ se depara com uma mulher seis anos mais velha e 750ml de lĂĄgrimas mais inchada, mas antes que comece a chorar de novo, ele diz: "TĂĄ linda. Vamos nessa".

Ando no escuro para tocar onde não devo. Amor é tocar onde não se deve. E curar sem entender a doença.

Toda a minha saudade e o amor de sempre.

O amor...
Ah, o amor...
O amor quebra barreiras, une facçÔes,
destrĂłi preconceitos,
cura doenças...
NĂŁo hĂĄ vida decente sem amor!
E Ă© certo, quem ama, Ă© muito amado.
E vive a vida mais alegremente...

O amor não se ver com os olhos, mais sim com o corção

Urgentemente

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.
Ă© urgente destruir certas palavras.
odio, solidĂŁo e crueldade,
alguns lamentos
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
Ă© urgente descobrir rosas e rios
e manhĂŁs claras

Cai o silĂȘncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, Ă© urgente
permanecer.

Eugénio de Andrade
ANDRADE, E., Até Amanhã, 1956

NĂŁo se afobe, nĂŁo
Que nada Ă© pra jĂĄ
O amor nĂŁo tem pressa
Ele pode esperar em silĂȘncio
Num fundo de armĂĄrio
Na posta-restante
MilĂȘnios, milĂȘnios
No ar

O amor acrescenta uma preciosa visĂŁo aos olhos