Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

É possĂ­vel amar muito alguĂ©m, ele pensou. Mas o tamanho do seu amor por uma pessoa nunca vai ser pĂĄreo para o tamanho da saudade que vocĂȘ vai sentir dela.

(O Teorema Katherine)

O amor pode nĂŁo ter ciĂșme. A dor pode ser disfarçada.

Por tanto amor, por tanta emoção a vida me fez assim doce ou atroz, manso ou feroz, eu caçador de mim...

Devemos desconfiar do amor que nasce antes de criar raĂ­zes: o fogo incipiente apaga-se com pouca ĂĄgua.

Liberdade na vida Ă© ter um amor pra se prender. A gente reclama muito da dependĂȘncia, mas como Ă© maravilhosa a dependĂȘncia! Confiar no outro. Confiar no outro a ponto de nĂŁo somente repartir a memĂłria, mas repartir as fantasias. Confiar no outro a ponto de esquecer quem se foi, sem que o outro esteja junto. É talvez chegar em casa e contar seu dia e sĂł sentir que teve um dia quando a gente conta como foi. É como se o ouvido da outra pessoa fosse nossos olhos. Amar Ă© uma confissĂŁo. Amar Ă© justamente quando o sussurro funciona muito melhor do que um grito...

CONFRONTO

Bateu Amor Ă  porta da Loucura.
"Deixa-me entrar – pediu. Sou teu irmão.
SĂł tu me limparĂĄs da lama escura
a que me conduziu minha paixĂŁo."

A Loucura desdenha recebĂȘ-lo,
sabendo quanto Amor vive de engano,
mas estarrece de surpresa ao vĂȘ-lo,
de humano que era, assim tĂŁo inumano.

E exclama: "Entra correndo, o pouso Ă© teu.
Mais que ninguém mereces habitar
minha casa infernal, feita de breu,

enquanto me retiro, sem destino,
pois nĂŁo sei de mais triste desatino
que este mal sem perdĂŁo, o mal de amar."

VocĂȘ me faz acreditar que nada existe sem amor, que vocĂȘ veio pra mostrar o meu caminho. VocĂȘ me traz uma paixĂŁo que eu nunca pude descobrir. Mostrou que um coração nĂŁo vive sem carinho.

A sorte do amor que teve

Um dia vocĂȘ conhece alguĂ©m e se dedica imensamente a essa pessoa...
VocĂȘ entrega-se Ă  ela com toda alma e coração.
Na verdade, desde entĂŁo nĂŁo existe um Ășnico pensamento seu em que esta pessoa nĂŁo apareça.
VocĂȘ Ă  ama sobremaneira, e chega mesmo a esquecer de si, para cuidar unicamente dela,
atĂ© que um belo dia teu mundo desaba e vocĂȘ percebe
cruelmente
que o sentimento que vocĂȘ nutria era sĂł seu,
que não havia nada além daquele teu imenso amor por ela.
Neste dia, não te desaponte, não entristeça.
Olhe para os céus e agradeça por ter conhecido a sublime dådiva do amor,
mesmo que apenas vocĂȘ tenha realmente amado.
E por ter sido real e verdadeiro o teu amor
inspire-se, e cante para sempre os momentos felizes
da sorte do amor que teve...

A imaginação de uma senhora é muito råpida; pula da admiração para o amor, e do amor para o matrimÎnio em um segundo.

O amor Ă© a Ășnica flor que cresce e floresce sem a ajuda das estaçÔes.

Khalil Gibran
Kahlil Gibran: Masterpieces (2005).

Isso Ă© o que corresponde ao verdadeiro amor: deixar uma pessoa ser o que ela realmente Ă©.

Jim Morrison
Lizze James, Creem Magazine, 1981

Nota: Em entrevista Ă  revista Cream, 1981

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NĂŁo se mate

Carlos, sossegue, o amor
Ă© isso que vocĂȘ estĂĄ vendo:
hoje beija, amanhĂŁ nĂŁo beija,
depois de amanhĂŁ Ă© domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que serĂĄ.

InĂștil vocĂȘ resistir
ou mesmo suicidar-se.
NĂŁo se mate, oh nĂŁo se mate,
Reserve-se todo para
as bodas que ninguém sabe
quando virĂŁo,
se Ă© que virĂŁo.

O amor, Carlos, vocĂȘ telĂșrico,
a noite passou em vocĂȘ,
e os recalques se sublimando,
lĂĄ dentro um barulho inefĂĄvel,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam,
anĂșncios do melhor sabĂŁo,
barulho que ninguém sabe
de quĂȘ, praquĂȘ.

Entretanto vocĂȘ caminha
melancĂłlico e vertical.
VocĂȘ Ă© a palmeira, vocĂȘ Ă© o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor no escuro, nĂŁo, no claro,
Ă© sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém,
ninguém sabe nem saberå.
NĂŁo se mate

Carlos Drummond de Andrade
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002.

Ah, meu amor, nĂŁo tenhas medo da carĂȘncia: ela Ă© o nosso destino maior. O amor Ă© tĂŁo mais fatal do que eu havia pensado, o amor Ă© tĂŁo inerente quanto a prĂłpria carĂȘncia, e nĂłs somos garantidos por uma necessidade que se renovarĂĄ continuamente. O amor jĂĄ estĂĄ, estĂĄ sempre. Falta apenas o golpe da graça - que se chama paixĂŁo.

Clarice Lispector
A paixĂŁo segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

O amor Ă© paciente
Ă© bondoso
o amor nĂŁo arde em ciĂșmes
o amor tudo sofre
tudo crĂȘ
tudo espera
tudo suporta
o amor nunca acaba.

Paulo de Tarso
BĂ­blia, CorĂ­ntios, 13

A princĂ­pio, bastaria ter saĂșde, dinheiro e amor, o que jĂĄ Ă© um pacote louvĂĄvel, mas nossos desejos sĂŁo ainda mais complexos.
NĂŁo basta que a gente esteja sem febre: queremos, alĂ©m de saĂșde, ser magĂ©rrimos, sarados, irresistĂ­veis. Dinheiro? NĂŁo basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olĂ­mpica, a bolsa Louis Vuitton e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... nĂŁo basta termos alguĂ©m com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso Ă© pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiĂșsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declaraçÔes e presentes inesperados, queremos jantar Ă  luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diĂĄrio, queremos ser felizes assim e nĂŁo de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Montanha-Russa. Porto Alegre: L&PM Editores, 2003.

Nota: Trecho da crĂŽnica "Felicidade Realista" de Martha Medeiros.

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Qualquer amor jĂĄ Ă© um pouquinho de saĂșde, um descanso na loucura.

Todo tratamento psicanalĂ­tico Ă© uma tentativa para libertar o amor recalcado.

Eu acho que o amor pode superar qualquer barreira, não interessa o quanto difícil seja de ultrapasså-la. Penso que faria qualquer coisa para ficar com a pessoa que amo, largaria tudo se pudesse, arriscaria qualquer coisa porque se eu amo realmente alguém eu não tenho que ficar com receio e sim fazer de tudo por um amor.

O amor Ă© irracional, eu lembrei pra mim mesma. Quanto mais vocĂȘ ama alguĂ©m, menos sentido as coisas fazem.

O conforto possui formas. O amor cores. Uma saia é feita para se cruzar as pernas e uma manga para se cruzar os braços.

Coco Chanel
Charles-Roux, E., Le Temps Chanel,Editions Grasset, 1980

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