Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

O amor e o Ăłdio sĂŁo irmĂŁos. Mas o Ăłdio Ă© um irmĂŁo bastardo.

VergĂ­lio Ferreira
FERREIRA, V., Escrever, Bertrand, 2001

NĂŁo existe Ăłdio implacĂĄvel a nĂŁo ser no amor.

O amor cede diante dos negĂłcios. Se queres sair / do amor, entra nos negĂłcios: estarĂĄs seguro.

OvĂ­dio
OVÍDIO, Os RemĂ©dios do Amor

Assim como o amor de Deus Ă© raiz de todas as virtudes, assim o amor-prĂłprio Ă© a de todos os vĂ­cios.

Nunca um amante, por eloquente que seja, crĂȘ ter dito o bastante no interesse do seu amor.

O amor veemente, o amor apaixonado, por mais perfeito que o queiram pintar, tem sempre intercadĂȘncias de desalento e de tĂ©dio que assassinam a felicidade.

No amor, mais vale a caça do que a presa.

O amor nĂŁo passa de um prazer. A honra Ă© um dever.

O verdadeiro amor sĂł conhece a igualdade.

Pode ferir-se o amor-prĂłprio; matĂĄ-lo, nunca.

Depois do céu, quem mais pasmosos milagres faz é o amor.

Ao bom e sincero amor estĂĄ sempre junto o temor.

As mulheres pedem ao homem o mĂĄximo e o mĂ­nimo. Amor.

O amor Ă© o Ășnico jogo no qual dois podem jogar e ambos ganharem.

O amor Ă© a Ășnica paixĂŁo que se paga com uma moeda que ela mesmo fabrica.

De que pode servir ter lido trĂȘs mil livros,/Quando jĂĄ velho se Ă© indigno do amor do povo?

HĂĄ mulheres com quem fazemos amor, outras com quem falamos.

O amor é o romance do coração: a sua história é o prazer.

O nosso amor-prĂłprio Ă© muitas vezes contrĂĄrio aos nossos interesses.

Um verdadeiro amor Ă© segunda inocĂȘncia.

Camilo Castelo Branco
BRANCO, C., Coração, Cabeça e EstÎmago, 1862