Ideia de Estado
Relacionamento
Hoje muitas pessoas se relacionam, são amigas(os) por: estado civil: quando casam-se, só saem com casais; status social: se é popular,bonito, influente, diplomado...;status bancário/bens de consumo: se tem uma conta bancária repleta de euros, bens materiais valiosos; crença, prática religiosa...
Tudo ficou resumido em ter algo e oque antes era bom, legal, encontros,conversas, hoje por não entrar nos moldes, esta de lado...[Triste!] Mas o ser humano precisa se enquadrar, pior, muitas vezes enquadrar, rotular os outros por não ser capaz de aceitar e lidar com o diferente, buscando constantemente a segurança no mundo externo [prisões sociais],colocando-se, prendendo-se em uma cela, com cama de segurança, travesseiro de ilusões, lençóis de "alegria", janela de mentiras, chão forrado de medo, grades de ignorância e fechadura de preconceitos!
A CHAVE?
Ah, A CHAVE, será outra nota!
PARALELO ENTRE O POLÍTICO E O HOMEM DE ESTADO
O político tem a voluptuosidade do poder. O Homem de Estado, a fascinação de um ideal.
O político tem a magia da transigência e é única a sua finalidade: durar no poder. O homem de Estado tem o fetichismo da intolerância de seus princípios, e nada o afasta da diretriz a que se traçou.
Um é plástico. O outro, irredutível.
Um segue a curva das conveniências. O outro, o fio a prumo do seu destino.
O primeiro pode sofrer todas as influências do meio e acomodar-se às cores, às ideias e à temperatura do ambiente. O segundo é insensível às reações contrárias e é inamolgável.
O político tem em vida as cortesias da popularidade, mas, quando morre, a multidão se diverte em espetar-lhe a língua com estiletes. O Homem de Estado possui fidelidade e pureza de ideais. Não é em vida, vitoriado em carros de triunfos. Mas, à sua morte, o povo o eleva à glorificação dos altares.
É com a matéria prima dos homens de Estado que os regimes plasmam a sua glória.
O político faz-se como o gramático. O homem de Estado nasce, como o poeta.
Um é a conquista do próprio homem, obtida pelo estudo ou pelo interesse. O outro é uma criação que surge de séculos a séculos; é um presente da natureza, uma dádiva do destino.
Um é a glória de uma ambição. O outro é uma apoteose de uma vocação.
O político vive do presente. O homem de Estado do futuro.
Um vive para os seus contemporâneos. O outro se projeta na prosperidade.
Um fala o idioma comum dos homens. O outro, a linguagem mística dos tempos, e, por isso, nem sempre o Homem de Estado pode ser compreendido em vida.
O político surge na vida pública sob os únicos estímulos do seu interesse. O Homem de Estado traz para o poder uma idéia que deve ser posta em marcha.
O político orienta-se pelo interesse privado. O Homem de Estado, pelo interesse público.
Para um, a política é o trapézio, onde as vitórias do cinismo têm as galas de habilidades acrobáticas. Para o Homem de Estado, a ação de governo é um sacerdócio e, em vez de trapézios, deve construir arcos de triunfo.
O renome do político dilata-se facilmente em superfície e atinge muitas vezes ampla popularidade. A fama do Homem de Estado cresce em profundidade, lentamente, mas mergulha suas raízes nas sombras da História e a posteridade aprenderá o seu nome de cor.
Um tem a escassa limpidez do vidro. O outro, a fulguração eterna do diamante.
Os anjos olham pra outro lado, pois entendem o meu estado. A dor me feriu pra me fazer escravo; já que somos como poeira no vento, sejamos bravos.
Quando o dia termina ela recolhe seus desmazelos e os coloca em estado de dormência para que não se repitam no dia seguinte.
Em seguida, se embebeda com todas as ternuras que vivenciou no dia, para se renovar e poder descansar com a melodia dos anjos...
mel - ((*_*))
Há dias em que volto ao meu estado fetal: quero apenas ficar encolhidinha no escuro tranqüilo desse útero acolhedor e protetor.
O tempo e o espaço, cúmpliciam em contemplação ao estado em que se encontra o universo interior, a bela decoração do averso... Fonte inesgotável de aprimoramento e refazimento evolutivo. É, onde a paz decora todo ambiente e o vento canta uma suave e doce melodia, orientando no chamado a responsabilidade para com nos e os demais, importante oferecer ao mundo apenas flores, ao invés de ervas daninhas, e devemos por obrigação construir um belo jardim onde todos desfrutem a paz e o amor onde apenas sementes de felicidade serão compartilhadas.
Não há verdadeiramente democracia num Estado capitalista já que esse representa exclusivamente o interesse das grandes economias.
A ultrapassagem do medo nos traz a felicidade em seu estado puro.
A conquista de desejos nos traz prazer.
Um interiorano amável, calados nas bolas farmacêuticas se coloca em estado fetal, nas estreitas vidas, espreitadas nos versos das bulas, um poema, ditado teorema fatal...
Para mim, primavera não é apenas uma das estações do ano.
Ela é a minha alma em estado de florescência...
mel - ((*_*))
Penso que Jesus foi bem claro ao afirmar que a política deveria permanecer em estado laico, o fato, é que muitos lideres religiosos estão seguindo na contra mão entrando no mundo político, cabe a eles a responsabilidade de compreender que a estrada que estão construindo para terem acesso a ordem das coisas políticas, é a mesma que a política poderá usar para ter acesso a coisas da ordem religiosa.
Muito me absurda quando falam em Estado de Direito, quando todos os direitos do povo foram sucumbidos pelo poder e pela corrupção desenfreada por quem tinha a obrigação de conte-la e não beneficiarem-se dela.
(Sócrates Di Lima)
O CONCEITO DE DEUS EM BARUCH SPINOZA
No “Livro I da Ética e no Tratado sobre a Religião e o Estado”, o filósofo holandês Baruch Spinoza delineia a sua concepção de um Deus despersonalizado e geométrico, contrária a todas as formas de se conceber Deus como uma espécie de entidade, oculta e transcendente, que age conforme os seus desígnios e a sua vontade suprema. De uma teoria que não compartilha da ideia de um Deus autocrático, que controla a tudo e a todos, e que se refugia em algum ponto distante da abóbada celeste — segundo a crença comumente aceita e bastante difundida, sobretudo entre os povos e as civilizações de origem indo-europeia. Motivo pelo qual, o filósofo Spinoza expôs, assim, em sua obra, a sua definição — considerada por ele a mais adequada —, de Deus, em contraposição a todas as doutrinas e dogmas religiosos até então existentes. E é Spinoza quem diz que as massas “supõem, mesmo, que Deus esteja inativo desde que a natureza aja em sua ordem costumeira; e vice-versa, que o poder da natureza, e as causas naturais, ficam inativas desde que Deus esteja agindo; assim, elas imaginam dois poderes distintos um do outro, o poder de Deus e o poder da natureza”. Spinoza ainda nos faz o alerta para o fato de que: “Deus fez todas as coisas em consideração do homem, e que criou o homem para que este lhe prestasse culto. (…) [Isto acontece porque toda] gente nasce ignorante das causas das coisas e que todos desejam alcançar o que lhes é útil e de que são cônscios”. Com efeito, a crença de Spinoza era em um Deus baseado no seguinte princípio: Deus e Natureza são a mesma coisa — Deus sive Natura (Deus ou Natureza).
No pensamento de Spinoza há, ainda, três conceitos considerados básicos e fundamentais, que representam o cerne de suas ideias referentes a Deus, quais sejam: os de substância, de atributo e de modo. Por modo podemos facilmente definir como sendo tudo aquilo que existe ou que pode e venha a existir, e que assume uma forma característica qualquer; ou melhor, que tenha um formato mesmo que transitório da realidade. É o caso, por exemplo, de inúmeros fenômenos e de situações as mais variadas, presentes em nosso cotidiano; de cada um de nós como indivíduos, e do grupo ou da espécie ao qual pertencemos; de nossos corpos e pensamentos; e etc. Em suma, de todas aquelas coisas que se manifestam e se apresentam de diferentes maneiras; de tudo aquilo que denota uma infinidade de aspectos e de particularidades desse nosso mundo.
No que tange à substância, para o referido filósofo, ela é o eixo e o esteio por onde a vida se espraia; é o que estrutura a existência de todos os eventos e acontecimentos. Em poucas palavras, é o que constitui a essência mesma do real.
E, para completar, o que se chama aqui de atributo nada mais é do que aquilo que se traduz como qualidade essencial que compõe o ser da substância. Por esse ângulo, entende-se que pensamento e extensão são manifestações e atributos provenientes da substância divina, da mesma forma que extensão refere-se à essência da materialidade e o pensamento relaciona-se à essência da inteligibilidade.
Na conceituação de Spinoza, a substância (essência e natureza que é Deus) somente pode ser entendida no tocante a dois aspectos: “natura naturans”, que significa o status criativo da natureza, funcionando como um élan vital, que produz a vida e é extremamente ativa nesse processo, enquanto força fundacional que instaura e regula a dinâmica da natureza. De outra feita, está o que ele denomina de “natura naturata”, que é apenas o resultado dessa criação, o lado passivo dessa mecânica, que é o que já foi criado e construído em termos de natureza: formas externas variadas como montanhas, vales, vegetações, ventos, águas, florestas, entre outras. Nessa perspectiva, pode-se dizer que a “natura naturans”, e não a natureza material e compassiva (“natura naturata”, o mundo strito sensu), é idêntica a Deus e se confunde à Sua essência e substância.
Portanto, Spinoza, em sua explanação, entende Deus como sendo a base de sustentação e a condição subjacente da realidade como um todo. Um Deus imbuído da mais clara evidência e certeza racional, que se auto-constitui como sendo a causa de si e de todas as coisas; que se move em função de uma necessidade que lhe é intrínseca e gerada de sua própria essência, a rigor: por meio de processos mecânico-causais e de leis invariáveis, responsáveis pelo total funcionamento e ordenamento do mundo.
Assim, como nos indica o próprio Baruch Spinoza: “Tenho uma concepção de Deus e da natureza totalmente diferente da que costumam ter os cristãos mais recentes, pois afirmo que Deus é a causa imanente, e não externa, de todas as coisas. Eu digo: Tudo está em Deus; tudo vive e se movimenta em Deus”. E acrescenta, dizendo: “Por ajuda de Deus, entendo a fixa e imutável ordem da natureza, ou a cadeia de eventos naturais. (…) A partir da infinita natureza de Deus, todas as coisas (…) decorrem dessa mesma necessidade, e da mesma maneira, que decorre da natureza de um triângulo, de eternidade a eternidade, que seus três ângulos são iguais a dois ângulos retos”.
“Uma sociedade não se constitui de um Estado, Lei ou País, mas sim: apenas do estado de consciência dos seus indivíduos.”
O meu estado interno não depende de nenhuma situação externa, ao contrário, as situações externas são determinadas pelo meu estado interno que nada mais é que minha forma de interpreta las...
